Entrevista: WorldView

WorldView é um novo projeto que junta elementos dos Sacred Warrior, Deliverance e Recon e que promete dar que falar com o seu trabalho de estreia The Chosen Few, misturado pelo mago Bill Metoyer (Fates Warning, Slayer, W. A. S. P.). Assumindo-se como cristãos, os WorldView trazem junto do seu power/prog metal uma forte mensagem de esperança num mundo melhor. George Rene Ochoa, um dos fundadores, apresentou a banda, o álbum, falou do futuro e ainda nos confidenciou alguns desejos.

Viva George! Obrigado por esta entrevista! Quem é essa nova entidade - WorldView?
WorldView a uma entidade composta por ex-membros de algumas bandas proeminentes do passado. Eu, que toquei ou estive envolvido em bandas como Deliverance, Recon, Vengeance Rising, Mortification. Rey Parra que foi durante muitos anos o vocalista/frontman dos Sacred Warrior. Johnny Gonzales tocou bateria nos Recon, Deliverance e, mais recentemente, nos Shades Of Crimson. Todd Libby começou como teclista em muitas bandas de metal na área de Minnesota e, depois, assumiu o baixo. Mudou-se para Los Angeles e comigo tocou teclados e baixo nos Recon durante algum tempo.

O que vos motivou a criar este novo projecto?
Rey Parra e eu juntamo-nos a partir de um amigo comum, Rick Macias (teclista de Sacred Warrior). Rick sempre quis começar um projeto com ele, Rey e eu. Nessa altura, Rey tinha saído dos Sacred Warrior. Pareceu ser o início de uma nova banda. Depois, subitamente, Rick faleceu. Rey e eu decidimos continuar e formar os WorldView como forma de honrar o nosso amigo Rick.

WorldView é um projeto paralelo, um projecto de um álbum só ou têm intenções de ir mais longe?
Ah, não, nos Worldview temos intenções de gravar tantos álbuns quanto possível e tocar no maior número de vezes possível. Se Deus quiser, estamos aqui para ficar.

E a respeito das vossas posições nas outras bandas? Vão manter os vossos lugares?
Rey já não está nos Sacred Warrior. Recon há muito que está parado. Mas irei fazer outro disco com os Deliverance em 2015. Novamente, se Deus quiser.

Podes explicar-nos as razões de um título como The Chosen Few? Algum significado em particular?
O nome deste disco é um título bem pensado. Basicamente significa que há pessoas que têm o desejo de conhecer e de ter um relacionamento com o seu Criador e há aqueles que não se importam ou são complacentes sobre isso. Nos WorldView somos todos muito apaixonados pelo nosso cristianismo, não a ponto de apontar o dedo a alguém, mas porque toda a gente neste planeta é pecadora. Simplesmente, alguns são salvos pela graça de Deus. Daí o título, The Chosen Few.

Podes falar um pouco deste álbum? Como o descreverias para quem não vos conhece?
Nós trabalhamos muito duro neste álbum. Foi um processo de dois anos. Rey Parra voou para fora da Flórida, para Los Angeles, várias vezes para escrever, gravar e filmar vídeos para este lançamento. Os restantes vivem em Los Angeles e juntamo-nos muitas vezes para trabalhar as músicas para o álbum. No que diz respeito a influências, diria que somos muito ecléticos. Há tantas bandas que gostamos. Para citar algumas influências chave, Iron Maiden, Deep Purple, velhos Queensryche, Rush, Pink Floyd, Metallica e várias bandas atuais de prog metal. Esforçamo-nos por utilizar as nossas influências da velha escola e dar-lhes um elemento moderno. Não quero nunca ser rotulado como "aquela banda soa apenas como __________". Quero que todos possam ouvir todas as nossas influências na nossa música. Como numa boa sopa, em que usas muitos ingredientes para a tornar com bom gosto. Acredito que temos uma grande receita neste álbum de estreia e que muitas pessoas vão gostar e relacionar-se, talvez até mostrando algo novo.

Como decorreu o processo de gravação? Tens alguma história engraçada ou estranha para contar?
Rey e eu começamos a conhecermo-nos melhor como pessoas e acabamos por nos tornar bons amigos durante a gravação deste álbum. Como produtor, tentei trabalhar a parte vocal de forma dura para conseguir obter o melhor desempenho. Quando começava a ficar um pouco stressado, Rey tinha uma ótima maneira de dizer ou fazer algo engraçado para tornar o processo outra vez divertido. Afinal, se não te estás a divertir, para que continuar? Muitas vezes tenho perguntado a mim mesmo se eu teria conseguido fazer este álbum. Acho que demorou tanto tempo porque eu queria que ele se soltasse e pusesse cá fora o seu melhor. Os Worldview têm grandes e experientes músicos o que tornou fácil criar e gravar. Rey é um cantor incrível como todos vocês já sabem. Todd Libby é um ótimo baixista, muito sólido, e também é um incrível teclista. Ele ajudou-me um pouco com algumas peças e sons. Johnny Gonzales e eu já tocamos juntos há tantos anos. Eu só trabalho com killer drummers e Johnny não me dececionou. Além disso, ele é um dos meus melhores amigos e um das pessoas mais impecáveis que conheço. Ronson Webster, em muitos aspetos foi o meu braço direito neste projeto. Fez um incrível trabalho nos teclados, vocais de apoio e ajudou-me a escrever a maior parte do álbum. Foi um grande contributo para este disco. Houve muitos momentos de diversão e houve alguns momentos de stress. No fim de contas, estou muito orgulhoso deste disco. Mais do que qualquer outro que tenha feito. Oh, mencionei que esteve um espírito connosco durante todo o tempo de gravação?...... O Espírito Santo!

E apresentam uma fantástica lista de convidados! Como conseguiram ter todos estes nomes envolvidos no álbum?
Liguei ou mandei um e-mail a todos, próxima pergunta... (risos)! A sério, foi um prazer trabalhar com todos os convidados no The Chosen Few. Larry Farkas é um amigo meu e um incrível guitarrista. Para mim, foi natural pedir-lhe para participar. Vou contar-te um pequeno segredo... Eu quero que Larry faça uma tournée connosco e que toque mais no nosso próximo disco. Já temos falado sobre isso. Les Carlesen - que posso eu dizer - Les é uma das pessoas mais fixes que podes encontrar. Também ama o Senhor. Ficamos amigos depois de eu e Jimmy Brown termos feito uma entrevista em sua casa. Inicialmente, Rey tinha pedido a Les para cantar no nosso disco e quando o conheci disse: "Vamos fazer isso". Les acrescentou um toque de classe na faixa-título do álbum. Oz Fox foi muito gracioso e levou o seu tempo para gravar um lead em Back In Time. Mas que grande lead ele fez! As pessoas vão reconhecer imediatamente que é ele que está a tocar. Ele tem um estilo muito mais chamativo do que o meu. Armand Melnbardis é um violinista e teclista incrível. Foi um privilégio poder tocar e gravar com ele. É profissional e veio para estúdio sempre preparado e pronto para gravar. Também espero vir a trabalhar mais com ele no futuro. Niki Bente foi um presente de Deus com seus vocais em The Chosen Few. Ela é uma daquelas cantoras realmente profissionais que acaba de chegar e faz as suas peças com pouco esforço. E que belo desempenho ela teve! Têm que a ouvir! Também tinha que ter o infame Jimmy Brown a fazer algo neste disco. Gravou alguns backing vocals no The Mirror. Gostaria que ele tivesse feito mais porque é um grande talento. Finalmente, o homem que ajudou a juntar todas estas performances, Bill Metoyer. Bill é um engenheiro e misturador talentoso. Ele tem um bom ouvido para o metal e sabe o que é suposto soar. Adorei trabalhar com ele no álbum dos Weapon no passado e adorei trabalhar com ele em WorldView. A última vez que trabalhámos juntos foi no agora famoso Weapons Of Our Warfare dos Deliverance. Só posso esperar que este disco tenha o mesmo sucesso.

Quais são as vossas expetativas para este lançamento?
Quero que este disco chegue ao maior número de mãos possível. A minha esperança é que as pessoas comprem The Chosen Few e não façam pirataria. Acredito que este álbum tem algo para todos. Até há algumas músicas que poderiam ser tocadas para a tua avó. No entanto, outras poderiam causar-lhe um ataque cardíaco. Mas os metaleiros vão adorar essas músicas. Este disco necessita estar no mainstream e não permanecer no mercado cristão. Quero encorajar os meus irmãos e irmãs na fé, mas mais importante ainda é querer atravessar para o mainstream e levar uma mensagem de esperança com uma música incrível. Há muitas letras neste álbum com que TODOS se relacionam. Fizemos isso de propósito. Esse é o meu desejo e expetativa para este lançamento.

Esta é a vossa estreia mas que também estreia um novo rótulo, 24 Music Group. Um nascimento paralelo ou apenas coincidência?
M24 Music Group é uma nova empresa de produção/editora. As editoras atuais estão a lutar para se manterem no negócio porque o velho modelo já não funciona. A M24 Music Group tem uma visão de ser uma verdadeira parceira com as bandas com quem trabalha. Somos artistas que queremos trabalhar com outros artistas. Os dias em que as editoras ficavam com a maior parte do dinheiro e davam as migalhas aos artistas já lá vão. Talvez seja ingénuo, mas acredito que há uma maneira melhor. Nós, na M24 Music Group estamos aqui para descobrir uma maneira de colocar a música no mundo e não para enroscar os artistas, mas ajudando-os a florescer. Atualmente, temos assegurado o lançamento do próximo disco dos Deliverance e o segundo álbum dos WorldView e estamos em negociações com outros artistas conhecidos. Os músicos da M24 Music Group consistem em mim mesmo, George Rene Ochoa, Jimmy P. Brown II, Ray Vidal e Todd Libby. Enviaremos um comunicado de imprensa oficial em breve juntamente com a nossa missão. Temos várias pessoas-chave na indústria que querem estar envolvidas na nossa visão. Há mais para vir.

Obrigado George por esta fantástica entrevista. Dou-te agora a oportunidade para acrescentares mais alguma coisa…
Se és um fã de bandas modernas de Prog/Power Metal como Kamelot, Nightwish, Lacuna Coil e tal, acredito que vais gostar dos WorldView. Se és fã de Iron Maiden, Queensryche, Judas Priest e similares, também vais gostar dos WorldView. Deem uma audição ao nosso disco e tenho quase a certeza que irão explorá-lo.
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