Os Bohemian
Lifestyle são um coletivo sueco que tem vindo a desenvolver um percurso de
aprendizagem, primeiro, e de estabelecimento, posteriormente. Depois de dois EP’s,
veio a assinatura com a Attitude Recordings e o lançamento de uma compilação
para rádio. Mas o mais importante mesmo é o recente lançamento de Madame Libertánah, álbum de estreia que
irá abanar as fundações do hard rock.
Viajamos virtualmente até Estocolmo onde nos encontramos com o boémio quarteto.
Olá! Quem são
os Bohemian Lifestyle? Podes apresentar a banda para os rockers portugueses?
Bohemian Lifestyle
(BL): Olá! Nós somos
uma banda de rock sedeada em Estocolmo,
na Suécia, que consiste em quatro amigos Daniel B. Gustafsson (teclados/vocais),
Pontus Viberg (vocais/guitarra), Filip Conic (guitarra solo) e Richard
Lindström (bateria/percussão). Temos como base o action-rock que abrange de influências rock sulista e de funk-rock.
Acabamos de lançar o nosso álbum de estreia Madame
Libertánah através da editora sueca Attitude Recordings.
Como tem sido
o vosso percurso até aqui?
Pontus Viberg (PV): Começamos como quatro amigos que
queriam tocar música juntos. Isso foi em 2008 ou 2009 – tínhamos 15 16 anos. Na
altura nenhum de nós realmente tocava algum instrumento, para não dizer que não
havia nenhum talento, mas o objetivo era apenas o divertimento e tocar música.
Agora estamos aqui, passaram alguns anos, com muitos espetáculos nas costas e a
tocar muito melhor os nossos instrumentos (risos)! Ainda somos bons amigos que tocam
a música porque amamos o que fazemos. Acho que é algo que nos diferencia de
muitas bandas de hoje.
Quais são as vossas
principais influências?
Filip Conic (FC): Temos as nossas influências de
bandas como Backyard Babies e Hellacopters, mas também bandas de rock mais contemporâneas, como os sulistas
Black Stone Cherry. Com Madame Libertánah
alargamos o espectro ao rock mais
clássico, como Led Zeppelin.
Têm algum
lançamento anterior a Madame Libertánah?
Richard Lindström (RL): Lançamos dois EP’s antes deste e uma
compilação. O nosso primeiro lançamento é Riverlake,
que é uma espécie de homenagem ao lugar onde crescemos e começamos a tocar
música. O segundo EP chama-se Vagabond
Sessions e o nosso terceiro lançamento intitula-se Radio Edits, que é basicamente uma compilação com temas editados
para rádio que lançamos quando assinamos contrato com a editora Attitude
Recordings.
Durante quanto
tempo trabalharam neste álbum?
Daniel B. Gustafsson
(DBG): Bem, todo o
processo demorou cerca de 6 meses. O álbum foi gravado em Gotemburgo nos Music A
Matic Studios e que levou cerca de um mês. A escrita das canções foi a coisa
que demorou menos. No entanto, uma grande quantidade da produção foi feita no
estúdio à medida que gravávamos.
Podem
descrever o que os fãs podem ouvir em Madame
Libertánah?
PV: A palavra Libertánah não é, na realidade, uma palavra. É um nome, se tanto. Estivemos
à procura de uma expressão que pudesse definir todo o trabalho duro que tivemos
com este álbum. Algo que pudesse definir a liberdade musical que exploramos
juntos. Os temas das letras giram em torno da esperança, verdade, alegria,
tristeza e, também, a liberdade. Temos tudo, desde canções inspiradas no country como Wayward Hearts até canções de funk
rock como Third Longstreet Groove,
passando por canções de arena, como a faixa título Libertánah. Quisemos alargar o espectro do que define o rock de hoje e esperamos que o ouvinte ouça
isso na nossa música. Mas também algo mais, um pedido para que o ouvinte também
olhe em redor e ouça, porque a liberdade pode estar em qualquer lugar.
Trabalharam
com Chips Kiesbye, certo? Como foi trabalhar com ele? Que input deu ele à vossa música?
RL: Sim, é verdade! Foi uma experiência
incrível e espero que seja algo que vá acontecer de novo! Basicamente ele pegou
nas nossas ideias e tornou-as 100 vezes melhor, sem nos dizer o que fazer. É
uma coisa difícil de explicar, mas ele realmente fez-nos trabalhar para o nosso
potencial. Ele tem um bom ouvido para harmonias e arranjos - que foi algo sobre
o qual ele incidiu muito, certificando-se que a melodia da guitarra não colidia
com o vocal principal ou que o baixo estava ligado ao groove de bateria etc. Depois, também tivemos o cientista louco
Henryk Lipp que foi o nosso engenheiro. Ele foi o responsável por todos os
efeitos bem fixes que surgem em segundo plano, tais como o efeito swooshing Leslie que Daniel faz com o
órgão (podem ouvi-lo na outro de Libertánah) e os sons sci-fi em Woodlands.
As primeiras reviews têm sido realmente ótimas! Esperavam
esta receção?
FC: De modo nenhum! Estamos absolutamente
deslumbrados com todos os comentários positivos e o feedback que temos obtido com o álbum até agora. Sabes, lançar um
disco é uma coisa assustadora - e quando se trata do disco de estreia é algo aterrador,
mas nunca lançaríamos algo com o qual não estivéssemos felizes. Esperemos que
isso seja algo que possas ouvir no álbum; que escrevemos e gravamos estas
músicas a partir do fundo dos nossos corações e realmente gostamos de fazer
isso.
Falando de
futuro, agora que o vosso álbum está cá fora, quais são os vossos próximos
projetos?
DBG: Agora queremos sair, tocar o máximo
possível e mostrar ao mundo inteiro os Bohemian Lifestyle, com espetáculos ao
vivo. É difícil ir a alguns lugares sem dinheiro e agora estamos a contar com
as pessoas que leem entrevistas como esta e que queiram agendar-nos para um
espetáculo. Até o final do verão vamos começar a escrever músicas para o nosso
segundo álbum!
Muito
obrigado. Tudo de bom para vocês! Desejam acrescentar mais alguma coisa a esta
entrevista?
BL: Obrigado! Gostaríamos de agradecer a
Via Nocturna por esta oportunidade e também para as pessoas que estão a ler
isto! Esperemos que gostem da nossa música e provavelmente iremos ver-nos numa
cidade perto de vocês em breve! Quem quiser entrar em contato connosco, podem deixar
uma mensagem na nossa página de Facebook!
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