É bom saber que os
Dygitals estão de regresso. A banda gaulesa que nos anos 80 se impôs como um
dos nomes mais fortes da cena do seu país, andou desaparecida, tentou algumas
reaparições nos anos nos anos 2000, mas parece ser agora o seu tempo com o
lançamento do explosivo Dynamite sucessor
de Avé. Sem problemas em assumir os
seus erros do passado e sempre com vontade de seguir em frente o membro
fundador e vocalista Hervé Traisnel falou com Via Nocturna.
Olá Hervé! Como estás?
Obrigado pela disponibilidade.
Olá, tudo bem, obrigado.
De
facto, 30 anos a rockar... e sempre a
andar. Sempre com a mesma força e motivação!
Na verdade, tivemos uma longa pausa.
Todos tocavam individualmente mas nada sério. Em 2009, no primeiro ensaio todos
juntos desde os 15 anos, foi como se nunca tivéssemos parado. Sentimos muita
energia e diversão. Então, decidimos avançar com a banda.
Como estão
a viver este momento, de regresso aos álbuns, três anos após Avé... e um montão de anos depois dos
vossos gloriosos dias dos anos 80? Como estão os vossos fãs antigos a reagir a
isso?
Simplesmente felicidade. Temos muitas
ideias, muitas músicas que queremos tocar. Parece que os fãs mais antigos gostam
do que estamos a fazer agora. Em termos de música, não é uma revolução, mas uma
evolução da nossa música.
E
poderemos dizer que desta vez vieram para ficar?
Nós esperamos que sim. Mas nunca se sabe
o que vai acontecer no futuro.
No final
da década de 80 vocês foram mais uma vítima do grunge ou não? O que aconteceu, ao certo, nessa altura?
Não posso dizer que tenhamos sido vítimas
de Grunge. Em primeiro lugar, fomos vítimas
de nós mesmos. Muita tensão e diferentes visões da música naquela altura.
Mas a
verdade é que eram muito populares e previa-se um grande futuro...
Tivemos muitas oportunidades que foram
completamente desperdiçadas. É uma pena tudo isso que perdemos.
E agora?
Ainda mantêm as mesmas ilusões dos velhos tempos?
Apenas fazemos as coisas como queremos.
Vamos ver o que vai acontecer. Espero que boas coisas.
Entretanto,
algumas reuniões foram tentadas em 2003 e 2005. O que faltou para não
resultarem?
Não foram reuniões reais. Eramos apenas
dois de nós a tentar reanimar os Dygitals, mas sem a alma da banda.
Mas
agora, estão bem. Um grande álbum apoiado por uma editora importante, uma boa
promoção e o hard rock em alta
novamente...
Sim, estamos com sorte. Encontramos uma
grande editora e a promoção é excelente. Agora estamos à procura de uma agência
de booking, porque queremos tocar
tanto quanto pudermos e em todos os lugares.
A
respeito de Dynamite - o que estão a
tentar dizer com um nome como este?
Na verdade, é um nome muito sonante,
não é? E esperamos que ele reflita o sentimento presente no álbum.
Suponho
que tenham tido umas sessões de gravação explosivas. Podes contar-nos como
decorreram?
Sim, foi divertido gravar isto. Quase
80% do álbum foi registado ao vivo. Trabalhamos muito antes das sessões de
gravação. E quando estás pronto basta contar 1, 2, 3, 4 e simplesmente tocar...
Didier Chesneau fez um trabalho muito bom e acentuou o lado live que temos neste disco.
Após 30
anos de rock e sempre com muita
ilusão e força onde pensam que ainda podem chegar?
Nunca se sabe. Esperamos poder tocar em
diferentes países em breve. Esperamos gravar um outro álbum, alcançar novos fãs
e o mais importante, divertirmo-nos enquanto tocamos música. E também transmitir
grandes emoções aos nossos fãs.
Muito
obrigado Hervé! Queres acrescentar mais alguma coisa aos nossos leitores ou aos
vossos fãs?
Esperamos ver pessoas em toda parte e,
claro, em Portugal. Agradecemos a tua receção calorosa.
Comentários
Enviar um comentário