Entrevista: Edge Of The Blade

Os Edge of the Blade são uma excitante banda nova composta por Alan Kelly (Shy), John Francis (After Hours) e o talentoso guitarrista, teclista, produtor e engenheiro Andrew Chick. Juntos trabalharam para criar um disco poderoso mas sempre com melodia, apresentado por uma banda onde pontifica gente madura e profissional. O trio falou-nos deste projeto, do seu nascimento e do seu futuro. E já está prometida uma bem fresquinha para quando vierem a Portugal!

Olá pessoal! Podemos começar pelo início? Como começou este projeto?
Alan Kelly (AK): Olá Pedro! John perguntou-me se teria alguma música com qual gostasse de contribuir para um projeto no qual ele estava a trabalhar com Andrew Chick. Mandei-lhes logo catorze ou quinze canções que tinha livres e Andrew, em troca, enviou-me algumas músicas em que estava a trabalhar. Eles gostaram do que eu fiz e eu gostei do que eles fizeram e foi assim que nasceram os Edge Of The Blade.

Edge Of The Blade acaba por ser um pouco diferente do que costumavam fazer nas vossas bandas originais. Naturalmente, essa foi a vossa intenção desde o início, mas pergunto-vos de que forma atingiram esse objetivo?
John Francis (JF): A forma como as músicas se desenvolveram foi simplesmente perfeita! A combinação de nós os três foi inacreditável, a criatividade do Alan com os backing vocals e melodias juntamente com a abordagem musical mais pesada de Andrews foi fantástica.

Sim, principalmente essa influência do engenheiro de estúdio Andrew Chick no som presente em The Ghosts Of Humans
Andrew Chick (AC): Na altura estava a ouvir o álbum Blackbird dos Alter Bridge que tem uma grande produção sonora de rock em todo o CD e no nosso álbum existem faixas de guitarra em camadas e algumas afinações de queda que funcionam bem com esse tipo de produção.

Sendo um trio com grande experiência, não deve ter sido difícil criar algo não facilmente associado às vossas bandas anteriores…
AK: Definitivamente foi um trabalho de equipa. O input de cada um fez das canções aquilo que elas são. Teria sido fácil para mim e para o John escrever apenas AOR que é o que nós sabemos, mas este projeto é diferente e refrescante para nós. Ainda tem melodia, mas as músicas têm outro poder.
JF: Olha, eu e Alan estamos profundamente enraizados no AOR e tentar algo diferente era difícil de entender, mas tivemos tanta fé na visão das músicas de Andrew que fomos completamente arrastados para ela (risos). E pessoalmente acho que valeu a pena trabalhar com um génio (ele gosta de pensar que é um - risos).

Podem descrever a forma como decorreram os processos de criação e gravação?
AK: Trocamos ideias musicais e líricas entre cada um de nós, escolhemos as dez melhores faixas que tínhamos e colocamos todos os nossos esforços em fazer essas faixas tão fortes quanto possível.

Assim, como descreveriam a música em The Ghosts Of Humans?
JF: Uma combinação de compositores talentosos com uma paixão para criar algo diferente, que pode apelar às pessoas que querem algo um pouco pesado mas com um pouco de melodia.
AK: Fantástico, diria que seria uma descrição bastante justa.

No aspeto lírico, o que tentam dizer com The Ghosts Of Humans? Existe algum conceito neste disco?
AK: No geral, não existe nenhum conceito. Pessoalmente vou para onde me leva a inspiração do momento, com influências de todos os lados. Ao longo dos anos tenho tentado afastar a minha escrita dos clichés como gajas, cerveja e carros e tenho tentado introduzir alguma inteligência nas temáticas sem perder o gancho ou a melodia.

E quanto ao futuro o que nos podem dizer - este é um projeto apenas para um álbum ou há mais para vir?
JF: Já estamos a trabalhar no segundo álbum, porque gostamos muito de ter feito este. E como quer as pessoas quer os músicos querem tocar este disco ao vivo, talvez possamos trazer alguma coisa das nossas vidas passadas para a mistura (risos). Quem sabe?

E novidades a respeito dos vossos outros projetos ou bandas, há alguma coisa?
AK: Há sempre qualquer coisa na forja, mas, de momento, todos os esforços estão direcionados para tornar este álbum tão bem sucedido quanto pudermos.
JF: Há apenas um projeto de futuro para mim, meu amigo, o próximo álbum dos Edge Of The Blade.

Muito obrigado. Querem acrescentar mais alguma coisa?
AK: Vamos esperar que todos os nossos fãs em Portugal comprem o nosso álbum e depois, talvez possamos fazer alguns espetáculos aí!
JF: Sinceramente espero que os fãs de rock em Portugal ouçam este álbum porque acho que vão gostar do que vão ouvir. E espero que tenham algumas cervejas prontas porque nós gostaríamos de ir aí. Obrigado Pedro e uma geladinha está a tua espera quando formos aí e nos vieres ver. 

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