Entrevista: The Widowbirds


Os australianos The Widowbirds já vão no seu terceiro trabalho e Black Into The Blue fica marcado por algumas alterações de line up como a inclusão definitiva do teclista Robbie Woolf e o regresso do baterista Shane O’Neill. Voltamos a conversar com a banda, desta feita com o muito bem disposto guitarrista Tony Kvesic.

Olá Tony! Como vão os The Widowbirds desde a última vez que falamos? Para já estão prontos para lançar um novo álbum. O que nos podes dizer sobre isso?
Sim é verdade e estamos muito animados com isso. O álbum foi escrito durante um período de nove meses e, em seguida, mais seis semanas de gravação. Tem 10 faixas e podes receber o teu dinheiro depois das duas primeiras músicas... o resto é gratuito. As músicas surgiram naturalmente e tivemos uma boa vibe sobre todo o processo desde o início. Simon começou a fumar novamente, o que me fez muito feliz... e também fez com que as músicas soassem muito melhor. Foi gravado, misturado e masterizado de tal forma que quanto mais alto tocares este CD maior será o teu sorriso... Experimenta, é alguma coisa de facto!

Se Hearts Needle mostrou o lado ao vivo da banda em estúdio, que lado da banda é mais mostrado agora?
Eu acho que é uma combinação dos dois discos anteriores. Definitivamente gostamos de rockar mas também gostamos de luz e sombras. Pensamos que isso se nota no álbum. Além disso, a experiência de gravação foi muito mais descontraída e agradável desta vez. Não precisamos de nos preocupar em correr contra o tempo em estúdio. Espero que mostre o nosso amor à música rock e soul que todos nós gostamos muito.

Na tua opinião, Black Into The Blue está mais perto de Shenandoah ou de Hearts Needle?
Oh sodomita! Acho que respondi a esta questão na minha resposta anterior. Bem, mas gostaria de acrescentar que o coração de Black Into The Blue está mais perto de Shenandoah, enquanto o corpo está mais perto de Hearts Needle. Se isso não faz sentido para ti, por favor, não me peças para clarificar porque também não tenho nenhuma ideia do que isso significa.

Mas tens ideia do que possa significar o título Black Into The Blue?
Quando começar a curar contusões, eles mudam as cores. Agora tu e os leitores podem imaginar o resto.

São notórias algumas mudanças de line-up. Em primeiro lugar, pela primeira vez têm um teclista. Quando sentiram essa necessidade?
Sim, tivemos algumas mudanças de formação, mas somos todos amigos e às vezes algumas pessoas têm outras coisas para fazer na sua vida. Eu não sei o que, mas tenho a certeza que eles, pelo menos, estão a tentar. A razão pela qual nós temos um teclista desta vez é porque o Sr. Rob Woolfe tem uma irmã atraente. Quero dizer muito atraente.

Onde descobriram Robbie Woolf?
Ele estava na praia de Bondi, onde ele e Simon ambos vivem agora (separadamente)... Eu estava a jogar futebol na praia e a bola foi para onde Robby estava gentilmente a dourar o seu cabelo flexível, peito folheado, pele ainda viril. Um pouco de areia ficou presa no seu protetor solar (bom menino). Ofereci-me para o ajudar a limpar... De qualquer maneira começamos a conversar e verificamos que tínhamos o mesmo cabeleireiro. E ele tem uma irmã com interesses comuns.

Significativo é também o regresso de Shane O'Neill, após 12 meses afastado da banda. Como reagiram a este regresso?
A bateria de Shane é o alicerce desta banda. Perdemos a sua sensação enquanto esteve ausente e estamos super felizes de voltarmos a tocar com ele novamente. Não nos sentimos assim com toga a gente. Há uma certa química entre Simon, Shane e eu que não pode ser duplicada. Agora, com estes novos gajos na banda ficamos com um certo ar de rock n roll de romance.

E também a estreia de um novo baixista... Como foi a sua integração na banda?
Bobby foi-nos enviado por Deus. O seu estilo de tocar convém-nos perfeitamente e ele fez um trabalho incrível na mistura deste registo. Simon já tinha tocado com ele noutros projetos pelo que já nos conhecíamos muito bem antes de ele ter decidido vir a bordo. Além disso, ele é fácil de detetar no meio da multidão por causa do seu ar nórdico... portanto não temos medo de o perder na estrada.

A respeito de todo o processo de criação e gravação, como foram feitas as coisas desta vez? Alguma diferença significativa em relação aos vossos trabalhos anteriores?
Desta vez gravamos na cave da casa do pai de Simon numa cidade operária no Ocidente e gostamos de não ter tido todas aquelas restrições de gravação num estúdio. A loja das bebidas também era muito próxima e acessível. Fomos com um sentimento live e as minhas guitarras e as de Shane foram gravadas na mesma sala o que foi muito divertido.

E os vossos vizinhos portugueses? Já não ficam nervosos com o vosso som?
O tempo passa e o Simon mudou-se para a casa do seu pai. Daí a cave ter vindo a calhar em vez de vizinhos Portugueses chatos e irritantes. Foi divertido em casa do pai maltês de Simon e os seus dois cães a ladrar na porta. Se aumentares o som registro, não só irá soar a mamute, como poderás ouvir os latidos.

Muito obrigado Tony. Tudo de bom para vocês! Queres acrescentar mais alguma coisa?
Por favor, quero dizer uma olá e dar um grande abraço a todas as tuas leitoras do sexo feminino. Um aperto de mão para todos os teus leitores do sexo masculino. Esperamos em breve ir a Portugal e obrigado por todo o apoio. Apreciamos muito.

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