Do Sudoeste
Asiático são diversas as bandas de metal extremo
que têm sobressaído no mercado europeu e norte-americano. Menos vulgar é a
existência de bandas de qualidade num espectro do power/melodic/symphonic/progressive metal. Os Tailandeses Melodius
Deite estão apostados a contrariar essa tradição a atender pela qualidade
demonstrada em Episode II: Journey
Through The World Of Fantasy. A banda já se encontra a preparar, com um
novo vocalista – brasileiro – o seu terceiro trabalho, mas foi sobre a segunda
proposta que fomos conversar com Biggie P. Phanrath, o guitarrista.
Olá Biggie! Obrigada
pela disponibilidade! Podes apresentar os Melodius Deite para os metaleiros portugueses?
Olá! Somos uma banda de Symphonic Melodic Progressive Power Metal
da Tailândia. Mas a partir de agora vamos ter de nos considerar uma banda
tailandesa/brasileira porque temos um novo vocalista, Lean Van Ranna, do
Brasil.
Podes falar
um pouco da vossa história até agora?
Começamos a banda, quando tínhamos
cerca de 15 de idade. Juntei o meu irmão e amigos e começamos a fazer versões
de bandas famosas como Symphony X, Angra, Adagio, Rhapsody of Fire e outras. O
nosso primeiro álbum, Dream On foi
lançado no final de 2008. Depois de enfrentar alguns problemas, lançamos o
segundo álbum em 2014 chamado Episode II:
Voyage Through The World Of Fantasy.
Uma banda da Tailândia
não é muito habitual - normalmente da vossa área geográfica são mais conhecidas
bandas extremas, certo? O que vos motivou a criar uma banda de metal sinfónico?
Sim, no Sudoeste Asiático existem mais
bandas extremas do que do nosso tipo. Mas sempre fomos amantes de symphonic/melodic/progressive/power como
podes perceber pelas bandas que tocávamos quando éramos jovens. Além disso,
gosto de muitos tipos de música, como Clássica, Jazz, Latina, World Music,
etc. Gostamos de tocar o que gostamos de ouvir. Portanto, a nossa música saiu assim.
Como é a cena
no teu país? É fácil encontrar bons lugares para tocar ao vivo ou para gravar?
Posso dizer que a música metal na Tailândia está na cena underground. A música mais difícil de
ser popular aqui é o rock. Ainda
mais, a música metal mais popular na nossa
cena underground é a extrema. Raramente
temos oportunidades para tocar ao vivo por causa dessas razões. A respeito de
gravar, temos o nosso próprio estúdio na minha casa - Melodius Deite Studio para gravar as nossas obras.
Em Episode II temos canções que falam da
Atlântida, dos Aztecas, de Alexandre O Grande, das pirâmides do Egito. Existe
algum tipo de conceito ou questões históricas neste álbum?
Sim, todas as nossas obras são álbuns
conceptuais. Em Episode II, o
personagem principal – Novelist - tem uma viagem através de muitas
civilizações. Ouvindo o álbum inteiro, vai ser como velejar em volta do mundo.
Durante
quanto tempo trabalharam neste álbum?
Na verdade, as músicas do álbum são as
que eu compus há cerca de 10 anos atrás. Mas começamos a trabalhar nele em
2012, para ser lançado em 2014.
Podemos afirmar
que Episode II é semelhante ou
diferente da Dream On? Como?
As duas coisas, há semelhanças e
diferenças. A coisa semelhante é que são álbuns conceptuais. Episode II é a sequela de Dream On. Mas, no primeiro álbum foi mais
destacada a melodia cativante, linda e poderosa, enquanto no segundo as composições
são mais delicadas, há arranjos mais elegantes, a música e a história mais
complexas.
O álbum já está
fora há algum tempo. Como tem sido a sua receção?
Na verdade, o álbum foi lançado em
março de 2014. E temos tido muito bom feedback
por parte dos fãs e da imprensa.
E oportunidades
para promover o álbum ao vivo, tem havido?
Tivemos um show de abertura do segundo álbum em Bangkok, Tailândia. E estamos
à procura de poder ter concertos ao vivo ou shows
em outros países do mundo, incluindo Portugal!
Próximos
projetos para os Melodius Deite?
Estamos agora a trabalhar no terceiro
álbum. As partes instrumentais foram todas feitas. Lean (o novo vocalista)
está agora a gravar todos os vocais. E também temos alguns vocalistas
convidados neste novo álbum. Estamos também à procura de uma nova editora para
o nosso terceiro álbum.
Muito
obrigado. Queres acrescentar mais alguma coisa?
Muito obrigado por esta entrevista. E
obrigado pelo teu apoio. Podem esperar o melhor de nós no próximo álbum. Quem
gostar pode inscrever-se no nosso Facebook
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contato. Muito obrigado [em português!]
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