Entrevista: Les Crazy Coconuts

No campismo de Paredes de Coura dois amigos decidem que vão fazer uma banda. Ela faz sapateado, ele toca bateria. Não fazia grande sentido e faltava ali qualquer coisa. Convidam um terceiro que canta e toca guitarra e teclas. Nascem os Les Crazy Coconuts que rapidamente se estabelecem como um dos mais originais coletivos nacionais. Adriana Jaulino guiou-nos pelo interior do coletivo.

Olá, tudo bem? Para começarmos, como se deu o nascimento dos LCC e que objetivos pretendem atingir com esta banda?
Olá! Tudo a andar! Os Les Crazy Coconuts nasceram de uma epifania no meio do festival Paredes de Coura em 2012 quando alguém se lembrou de juntar sapateado com uma bateria. Os nossos objetivos são os de qualquer outra banda, trabalhar com afinco, evoluir e ver o nosso trabalho reconhecido.

Que nomes ou movimentos mais vos influenciaram a criar a banda ou mais vos influenciam atualmente?
Sinceramente nenhuns, ouvimos e gostamos de muita coisa e naturalmente somos influenciados por isso. Nunca predefinimos nenhum registo musical antes de começarmos a compor, é música e é disso que nós gostamos.

Já tinham tido outras experiências musicais anteriores ou não?
Eu (Adriana) não, mas o Gil e o Tiago sim.

E como surge este nome tão peculiar?
Foi numa brincadeira, foi o nome mais parvo que me veio à cabeça e acabou por ficar.

Como tem sido o vosso percurso até aqui?
Tem sido bastante interessante. Mal tínhamos começado a banda já nos estavam a convidar para ir tocar. A partir daí nunca mais parámos. Já fizemos um bocadinho de tudo, bares, teatros, concursos, festivais, etc...

Aparentemente serão um projeto com caraterísticas únicas em Portugal. Como se sentem nesse papel e como tem sido a aceitação dos media e dos ouvintes?
Temos noção disso, mas não nos achamos algo mais do que aquilo que somos. Somos mais uma banda que vai lutar para tentar vingar. A aceitação por parte da imprensa e dos ouvintes tem sido sempre bastante positiva, é sempre bom ver algo em que acreditamos a ganhar pernas para andar.

Pois, aparentemente boa, depois de serem considerados a melhor banda nacional do Festival Termómetro, de estarem na final do concurso Nacional de Bandas da Antena 3 e de terem rodado por palcos como o NOS ALIVE, Paredes de Coura. Como vivenciaram essas experiências?
Sempre com grande êxtase claro, é a comprovação e a realização de um sonho que todos tínhamos em comum. E sinceramente nem há palavras para descrever tudo isso. Estivemos lá e vivemos o momento, são coisas que nenhum de nós se vai esquecer e havemos de cá estar para contar aos nossos netos.

Atendendo a essa tipicidade musical, de que forma trabalham ao nível da criação dos temas?
Normalmente é sempre por jam session. É sempre tudo muito descontraído e quando vamos a ver encontramos material para criar um tema novo.

É assim que podem surgir temas de kuduro progressivo ou metal com ferrinhos?
Hahaha! Claramente!

Quanto ao vosso álbum homónimo, quanto tempo trabalharam nele?
Basicamente desde o início da formação da banda, durante uns 2 anos. Este nosso primeiro álbum reflete todo o nosso percurso até aqui.

Como experienciaram todo o trabalho de produção e gravação?
Foi como uma gravidez, os sintomas e as emoções foram parecidos. Tivemos aqueles meses de gestação e depois chegámos ao parto e foi amor à primeira vista e audição.

Em resumo, como definiriam ou descreveriam a vossa música para quem não vos conhece?
Então, muito resumidamente, somos uma banda de pop rock eletrónico com sapateado.

E para o futuro, que projetos estão previstos para os LCC?
Quem sabe? Para agora estamos ocupados com a apresentação e divulgação do nosso álbum, depois logo se vê o que nos espera.

Mais uma vez obrigado. Querem acrescentar mais alguma coisa?
Féta é féta ninguém drome! Obrigado nós por nos terem recebido!

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