Entrevista: The Silent Comedy

Os irmãos Jeremiah e Joshua Zimmerman, mentores dos californianos The Silent Comedy entraram no rock por via de nomes como Rage Against The Machine ou At The Drive In, embora a sua adolescência tivessem tido contacto com o folk de Simon & Garfunkel ou Cat Stevens. Daí não estranhar que o seu projeto resulte num rock inspirado pelo folk e americana. A pouco tempo de visitarem pela primeira vez a Europa, Joshua Zimmermann falou connosco sobre o mais recente trabalho – o EP Friends Divide e sobre tudo o que está para acontecer em 2016.

Viva Joshua! Obrigado pela disponibilidade! Podes apresentar os The Silent Comedy aos rockers portugueses?
The Silent Comedy é uma banda de Rock/Americana da Califórnia. Tocamos música que incorpora uma variedade de géneros e é melhor experimentado num dos nossos concertos barulhentos.

É engraçado porque vocês eram fãs de nomes como Rage Against The Machine e At The Drive In. Quando e porque o Americana e folk entraram na vossa música?
Sim, na altura em que começamos este grupo, ouvia quase exclusivamente bandas como Rage Against The Machine e At The Drive In. Entretanto, fomos entrando em cenas de rock mais simples e artistas folk como Bob Dylan e James Taylor. Na minha adolescência estive profundamente envolvido na música de Simon e Garfunkel e Cat Stevens e na realidade queria escrever canções como essas. The Silent Comedy começaram com mais intenção folk e desde então tem crescido basicamente como sendo uma banda de rock.

Falando especificamente de Friends Divide, como explicas o significado do título? Não é suposto os amigos dividirem...
O título é um pouco um jogo de palavras e funciona em conjunto com o nome de nosso próximo álbum, Enemies Multiply. Estes nomes surgem em grande parte de experiências que tivemos com os ex-amigos que se viraram contra nós quando começamos a ter mais popularidade nos Estados Unidos. Temos, portanto, observado nas nossas próprias vidas e nas vidas de tantos outros, que as maiores dores e traições que se experimentam vêm de pessoas próximas. A capa tem muito simbolismo, mas as duas faces são supostamente representações aproximadas de Jesse James (o bandido americano) e Robert Ford (um amigo próximo que atirou e matou Jesse).

Este EP foi originalmente lançado nos EUA em 2013, mas só será lançado na Europa em Janeiro próximo. Por quê?
Ainda não tivemos a oportunidade de visitar o continente europeu e estamos muito animados para o fazer na primavera de 2016. O EP é uma ótima introdução para a banda, por isso iremos lançá-lo como forma de apresentação da banda ao público europeu. Também teremos disponível na tour uma Deluxe Edition em vinil do nosso álbum anterior, Common Faults.

E será uma versão exatamente igual à do lançamento original?
Será a mesma versão que a original. Também poderemos ter um EP exclusivo especial com canções inéditas só para o público europeu.

Portanto, uma vez que passaram três anos desde o primeiro lançamento, este ainda representa fielmente os atuais TSC?
Absolutamente! Este EP representa a primeira gravação da evolução do som da banda depois da tournée e, por isso, é a melhor representação dos The Silent Comedy.

É expectável um novo longa duração para breve? Já estão a trabalhar nisso?
Um novo longa duração já está concluído. Na verdade, apenas ainda não foi lançado. Mas iremos tocar algumas canções dele na próxima tour europeia!

Em breve, virão à Europa. Quais são as expetativas, sendo a vossa primeira vez aqui? O que conhecem do público europeu?
Estamos muito animados por ir em tournée pela Europa continental pela primeira vez! Alguns de nós já viajaram pela Europa no passado, e eu já andei em tournée com os The Killers várias vezes, mas esta será a primeira vez que os The Silent Comedy tocam nesses países. Nós gostamos de partilhar a nossa música a novas pessoas, por isso mal podemos esperar para a tour começar! Pelo que conheço, o público europeu está mais conectado na música e se preocupam mais com o que a banda diz com a sua arte. Isso é algo que eu realmente respeito nos fãs europeus e estamos ansiosos para o experimentar em primeira mão.

Muito obrigado Joshua. Queres acrescentar algo mais?
Não posso dizer o quão animados estamos pela tour europeia. Tenho um pressentimento que esses espetáculos vão ser ainda mais selvagens do que o normal porque a banda está muito enérgica por viajar para lugares novos!

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