Inicialmente Dave
Harvey, ex-ASKA, tinha ideia de fazer um projeto de um álbum apenas. Mas a
receção foi tão boa que Dave resolveu avançar para uma banda real, recrutou
mais músicos, e Millennial Reign
teria continuidade com Carry The Fire,
segundo disco e estreia para a Ulterium Records. Quisemos conhecer e mostrar-vos
um pouco mais deste reino milenar e
para isso fomos falar com o próprio mentor Dave Harvey.
Olá Dave! Obrigada pela
disponibilidade. Como vais?
Estou muito bem, obrigado.
Millennial Reign nasceu como um
projeto a solo de ti próprio. O que te motivou a criar estas músicas?
Cerca de metade do primeiro álbum foram músicas que eu e o
baterista (Bryan Diffee), de uma banda anterior, decidimos gravar. Escrevi mais
algumas para encher o álbum e recrutei um vocalista (Trae Doss) para escrever
letras para as restantes canções e gravar os vocais.
E quando sentiste necessidade de
iniciar a pesquisa de um conjunto de músicos?
Já que tinha escrito músicas para o segundo álbum e os dois
primeiros rapazes não estavam disponíveis para gravar, decidi recrutar outro
cantor e baterista. Mas, à medida que gravávamos, a conversa levou-nos a poder
tornar isto numa banda ao vivo. Recrutamos outro guitarrista e um baixista e
como as coisas correram bem tinha toda a gente necessária antes da conclusão do
álbum.
Foi uma pesquisa difícil ou não?
Demorou cerca de um ano até encontrarmos todos os membros adequados.
Tivemos várias audições com baixistas e guitarristas. Demoramos o tempo
necessário para encontrar as pessoas certas para o trabalho e não tenho nenhuma
dúvida que estes são os elementos adequados.
Falando um pouco de ti próprio,
como foi o teu passado no metal?
Na minha juventude ouvia bandas como Kiss, Rush, Styx e Kansas.
Essas foram as primeiras bandas com que me familiarizei depois de as descobrir.
Foram a razão pela qual me interessei em aprender a tocar. Depois, quando veio a
cena do metal dos anos 80 já estava
completamente viciado. Tenho tocado em bandas desde então.
Como vês a vossa evolução desde Millennial Reign até Carry The Fire?
O álbum parece estar a ser muito bem recebido. Temos vindo a fazer
espetáculos desde setembro e agora estamos a começar a trabalhar em canções
para o próximo álbum.
E podemos supor que desta vez seja um
trabalho mais fácil de fazer, uma vez que estão a trabalhar como banda?
Muitas gravações foram feitas antes de ter toda a banda junta, o
que realmente não é muito diferente. Todas as canções foram completamente escritas
menos algumas letras, pelo que a aprendizagem por parte dos novos elementos foi
a parte principal.
Chegaste a ter alguns problemas com
algumas posições no line up. Importas-te
de explicar o que aconteceu?
Foi simplesmente a disponibilidade. Desde o primeiro álbum que o
baterista e vocalista não estavam disponíveis para trabalhar no segundo. Ambos
estão a fazer outras coisas e simplesmente não têm tempo.
Como descreverias Carry The Fire nas tuas próprias
palavras?
Acho que é um grande passo desde o primeiro álbum. A escrita é
melhor, a produção é melhor… simplesmente é um álbum muito melhor que o
primeiro no global. É um processo de aprendizagem. O próximo álbum será ainda
melhor com tudo o que eu aprendi com os dois primeiros.
Este é o teu primeiro lançamento pela
Ulterium Records. Como chegaram ao contacto com a editora sueca?
Na verdade, já tinha descoberto a Ulterium Records há vários anos
atrás. Eu ouvia bandas como Audiovision, Innerwish e Theocracy na altura. Procurei
pela editora deles e descubro que estavam todos na Ulterium e percebi que,
provavelmente, poderia submeter-lhes o meu trabalho. Depois James e eu
começamos a gravar o álbum e enviamo-lo a dez editoras diferentes que senti que
se encaixavam no género. Embora, a Ulterium fosse aquela em quem eu tinha os
olhos postos, porque senti serem melhores. Eles responderam e tem sido, de longe,
a melhor relação de trabalho que eu já tive com uma editora.
Nesta altura, onde pensas que podes
ir com a tua carreira?
Bem, nada é impossível, mas nunca me verei apenas a fazer música
em tempo integral. As coisas mudaram muito desde os anos 80 e das bandas de estádio.
Nós fazemo-lo simplesmente porque amamos faze-lo. Mas pretendo continuar a fazer
música enquanto for fisicamente capaz.
Muito obrigado, Dave! Queres
acrescentar mais alguma coisa?
Obrigado, realmente apreciei a entrevista e o teu interesse em Millennial
Reign. Esperemos que isto seja apenas o início.
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