Os
Jailcat são um coletivo grego que tem abalado as fundações do hard rock no seu país ao longo da última
década, tendo atingido os seus pontos mais altos ao abrirem para nomes como
WASP e Faster Pussycat. Apesar disso, em dez anos apenas havia o lançamento de
um EP. 2015 veio colocar alguma justiça neste campo com o lançamento do longa
duração Men Or Mice. O vocalista do
quinteto, Kelly Blake, fala-nos de todas estas experiências, entre outras
coisas.
Viva Kelly, como vais? Para
começar, podemos falar um pouco da história dos Jailcat?
Os Jailcat são uma banda de hard
rock moderno de Salónica, Grécia. Desde os primeiros passos como banda até agora,
já tocamos em muitos espetáculos e festivais. Os nossos momentos mais notáveis
ao vivo foram as aberturas para WASP e Faster Pussycat e como headliners no PolineROOOCK Festival de 2015, em Plovdiv, Bulgária. A banda já lançou
dois trabalhos de estúdio, um EP auto-intitulado em 2010 e o longa-duração Men Or Mice em 2015, pela Steel Gallery
Records.
Quais são as vossas principais
influências?
Não há dúvida que algumas das grandes bandas das décadas passadas,
com as quais nós crescemos a ouvir e que guiaram o caminho da nossa escrita e
pensamento. Ainda assim, a evolução do Hard
Rock parece realmente interessante e inevitavelmente influenciou o som da
banda. Se gostas de nomes, cito-te o cruzamento entre Guns N 'Roses, Metallica,
Mötley Crüe e Alice in Chains, Avenged Sevenfold, Foo Fighters e Alter Bridge.
Men
Or Mice é o vosso longa duração de estreia, como referiste. Como
foi a experiência de criar e gravar este álbum?
Trabalhamos muito duro para este álbum. No entanto, tivemos muitas
experiências interessantes também! Primeiramente, passamos muito tempo juntos a
escrever canções e a reinventar o som da banda antes de iniciarmos o processo
de gravação. Isso permitiu aproximarmo-nos como indivíduos. Nesse ponto,
pensando na forma como poderíamos obter um resultado único, decidimos trabalhar
com o lendário produtor nomeado para um Grammy
Chris Tsangarides (Judas Priest, Thin Lizzy, Gary Moore, Ozzy Osbourne). Fomos
a Inglaterra e ficamos por lá quase um mês. Esta foi uma experiência de uma
vida e realmente estamos felizes com o que conseguimos. Entre todos, podemos
dizer com certeza que estabilizamos a nossa maneira de pensar, gravar e
produzir.
Não considerando o vosso EP, por
que só agora o primeiro longa duração, após quase uma década de atividade?
Vamos dizer que todos os inícios são difíceis, por isso concordamos
contigo. Felizmente, as coisas irão correr mais rápido a partir de agora.
E esta coleção é composta por
músicas totalmente novas ou têm algumas músicas antigas?
Men Or Mice inclui
10 músicas inéditas. Acreditamos que o que está feito está feito. Gostamos de
apresentar material novo a cada vez e não voltar a produzir o antigo.
Falando deste novo álbum, Men Or Mice, como o definirias?
É um álbum para todos os fãs de hard rock! Ouvindo o álbum, podem encontrar-se riffs poderosos, seções maciças de ritmo, algumas músicas mais
sentimentais... até mesmo algumas influências do punk! Portanto, diríamos que é um álbum sem limites!
E é também usual o recurso a
elementos acústicos. Inclusive deram um concerto acústico no Bristol Pub em novembro, certo? Como
decorreu?
Sim, gostamos muito do uso de temas em guitarra acústica nas
nossas canções, onde esse elemento se mostrar necessário. Por isso, também
incluímos duas baladas no álbum. Essa é a razão por que podemos tocar muitas
das nossas músicas numa versão acústica. Fazemos espetáculos acústicos com
bastante frequência. Gostamos muito desta forma de nos apresentarmos e da
ligação que se está a criar entre a banda e pessoas que não vão com o material
mais pesado, mas gostam da banda quando toca acusticamente. Isso é muito
importante para nós. Bristol Pub,
como referiste, foi uma explosão! Casa cheia, excelente ambiente, pessoas
adoráveis… Tivemos um grande momento!
O que querem dizer com um título
como este?
O mundo enlouqueceu. Os tempos são difíceis e as condições de vida
para a maioria das pessoas são quase desumanas. O título é uma pergunta
retórica e representa a escolha que todos têm que fazer atualmente... De que
lado estás?
Sendo uma banda que está no meio do
caminho entre o hard rock e o metal alternativo, onde se sentem mais
confortáveis, se é possível dizer?
As ideias das músicas dos dois primeiros trabalhos de Jailcat,
definitivamente mostram uma abordagem mais hardrockeira.
O Hard Rock tem 50 anos, é mais velho
do que eu! (risos). Conhecemos o género, amamo-lo e servimo-lo há mais de uma
década. O metal alternativo não é
nada, a não ser mais uma criança do Hard
Rock e do Metal, portanto, basicamente
sentimo-nos confortáveis em ambos os géneros.
Muito obrigado Kelly! Queres acrescentar
mais alguma coisa?
Stay Rabid! O
melhor ainda está por vir!
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