Maio é o mês de lançamento
de In State Of Delusion do projeto
Silent Delusion. Trata-se do perpetuar as composições da banda com o mesmo nome
da qual Gonçalo Antunes, e os colaboradores Duarte Cruz e Daniel Pereira, foram
membros fundadores em 2004. Para isso, vocalistas femininas de reconhecido valor
da cena do metal em Portugal foram
convidadas para dar mais cor e reforçar o carater inovador e único deste
trabalho a nível nacional. Gonçalo Antunes explicou-nos todos os pormenores.
Olá Gonçalo, tudo bem? Podes explicar-nos em que
consiste este álbum In State Of Delusion?
Olá! Está tudo! Quero desde já agradecer o interesse
no álbum e consequentemente esta entrevista. O album In State of Delusion é como que o canto do cisne dos Silent
Delusion. Os Silent Delusion começaram a tocar juntos em 2004 e tiveram várias
mudanças de line-up ao longo dos
anos, com apenas três membros constantes: Eu, o Duarte Cruz e o Daniel Pereira.
A banda atuou principalmente na zona de Alenquer, onde os seus membros
habitavam. Devido a constrangimentos de ordem profissional e pessoal e à saída
de mais membros, a banda entrou num estado de inatividade em 2012. No Verão do
ano passado decidi por mãos à obra e gravar as nossas músicas, pois sempre
achei que as mesmas tinham qualidade, pelo que contactei o Duarte e o Daniel
para o efeito. Portanto, Silent Delusion deixou de ser uma banda e passou a ser
um projeto com o objetivo de divulgar as nossas composições.
São todas músicas que já tinhas criado
anteriormente. Alguma vez já tinham sido gravadas e lançadas?
Cinco músicas presentes no albúm já existiam e já
tinham sido interpretadas em concerto. A War
Within, a Hollow e a Delusion começaram a ser trabalhadas
ainda na fase banda, mas foram rearranjadas e concluídas já na fase projeto. Tínhamos
gravado duas delas anteriormente para uma maquete (Traveling in Time e a Equilibrium),
mas que nunca chegámos a lançar.
E como surgiu a ideia de convidar esse conjunto de
vocalistas femininas para vocalizar esses temas?
Os Silent Delusion sempre tiveram vocalistas
femininas. Somos particularmente fãs de vozes femininas no metal (deviam existir mais)! Assim que foi decidido gravar as
músicas e visto que já estavamos numa fase projeto, foi decidido convidar
vocalistas para cantar os temas. O processo de escolha envolveu fazer um
apanhado das artistas que encaixariam nos nossos temas e posteriormente
atribuir temas a vocalistas. Foram contactadas algumas vocalistas e chegamos às
quatro que integram este trabalho. Devo dizer que fiquei muito surpreendido com
o talento, simpatia e, acima de tudo, com a humildade da Célia, da Diana, da
Rute e da Sara. É uma honra poder contar com elas neste trabalho!
Para além de ti e das vocalistas quem mais está
contigo neste projeto?
O Duarte Cruz e o Daniel Pereira. Eu sou responsável
pelas guitarra, baixo, e pela programação dos teclados. O Duarte é guitarrista
tal como eu e o Daniel é o nosso baterista de longa data.
E em termos de arranjos, fizeste alguma alteração
nas estruturas dos temas?
Nos cinco temas mais antigos só melhorei alguns
detalhes. Nos outros três que referi acima (War
Within, Hollow, Delusion), houve efetivamente alterações
maiores na estrutura dos mesmos e nos arranjos feitos.
O disco apenas tem lançamento previsto para maio,
mas já há dois vídeos – Hollow e Equilibrium. Antes de mais, porque a escolha
destes dois temas?
Na verdade, serão lançados quatro singles até ao lançamento do disco, um por vocalista. A escolha dos
temas teve como objetivo aumentar o impacto junto dos ouvintes e fomentar o
interesse no disco, embora considere que todos os temas são excelentes!
Depois, esses vídeos podem servir de barómetro para
a aceitação do trabalho. Principalmente, os vossos fãs mais antigos, como
reagiram à notícia e à gravação do disco?
Visto que a banda já se encontrava inativa há vários
anos, a nossa fan base era
praticamente inexistente. Portanto, todo o trabalho de promoção teve de começar
do zero.
E quanto à conquista de novos fãs?
A aceitação tem sido muito boa, embora tenha de
confessar que é dificil furar e chegar ao público. É necessário um esforço
constante de produção de materiais de promoção (principalmente os videos) e de
fazer chegar a noticia aos meios da especialidade, o que nem sempre é fácil,
pois acredito que estejam muito ocupados com a quantidade imensa de música que
é lançada todos os dias.
Já agora, já há novos temas a serem trabalhados?
Não. Em princípio, este álbum será o fim da linha para
o projeto, pelo menos num futuro próximo. Quem sabe um dia se não reatamos o
projeto com estas e com outras vocalistas…
Projetos para os próximos tempos – o que tens em
mente? Vais para a estrada com este álbum e com estas vocalistas?
Neste momento, apenas promover e continuar a promoção
após o lançamento do album. Seria sempre muito complicado levar este projeto
para a estrada pois implicaria conjugar diversas agendas. O tempo não abunda
por estas bandas, pois fui pai há pouco tempo o que aumenta as exigências ao
nível da gestão do tempo! Além disso, o Duarte está fora do país, assim como a
Sara, pelo que não teriamos o elenco completo. Mas seria excelente conseguir
fazer um concerto com todos para encerrar o projeto com chave de ouro! Para
além deste projeto, estou a iniciar um novo projeto num registo algo diferente,
para o qual já tenho algumas composições. Digamos que será algo num estilo Neo-Folk com arranjos orquestrais e com
a utilização de alguns instrumentos mais tradicionais! Este projeto terá também
voz feminina e será anunciado a seu tempo.
Muito obrigado, Gonçalo. Queres acrescentar mais
alguma coisa?
Agradeço novamente a oportunidade e faço um apelo para
que continuem a apoiar as vocalistas que brilham neste trabalho e as suas respetivas
bandas. Elas são o exemplo do talento que existe neste país e que deveria ser
apoiado e acarinhado. Obrigado!
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