Só o simples
facto de Graham Bonnet cantar num tema destes desconhecidos Wishing Well já era
motivo suficiente para causar curiosidade para os ouvir. Mas, Chasing Rainbows (assim se chama o álbum
de estreia dos finlandeses) tem muito mais para oferecer que a simples
participação de um notável vocalista. E é, para nós, uma das grandes surpresas
deste primeira metade do ano. O mentor da banda, guitarrista e também baixista
no álbum, Anssi Korkiakoski respondeu às questões de Via Nocturna.
Olá Anssi, como estás? Quem são os Wishing Well?
Podes apresentar a banda para os rockers e metaleiros portugueses e podes contar-nos um pouco da vossa história até agora?
Os Wishing Well sou eu na guitarra,
Rip Radioactive na bateria, Rick Becker no baixo e Peter James Goodman nos
vocais. No entanto, por questões pessoais Pete decidiu não tocar ao vivo connosco,
pelo que não tenho a certeza se ele vai ou não continuar connosco. Atualmente
temos Pekka Montin nos vocais, ele tem um som impressionante e é muito versátil.
Pode gritar e rosnar o que dá as nossas músicas, no mínimo, um valor extra. Tem
a sua própria banda que são os Judas Avenger e são ótimos. Comecei esta banda
como um projeto há muitos anos. Tenho tanto material escrito que a minha outra
banda, os Hittegods, simplesmente não conseguiam lidar com ele já que são muito
mais rock simples do que hard rock ou metal. Depois encontrei Rip e Pete na web num site de procura
de músicos e juntaram-se à banda. Rick é um velho amigo meu com quem fiz muitas
músicas juntos. Escrevi todas as músicas, ensaiamo-las com Rip e fomos para o
estúdio onde Pete se juntou a nós.
Falando da tua estreia, Chasing Rainbows, é um
álbum muito diverso que vai do hard rock
ao power metal. De onde vem toda essa
inspiração?
Quando se trata de escrever música
vem tudo do meu passado. Sempre fui um grande fã do hard rock e metal dos
anos 70 e 80 e não consigo evitar isso, está no meu DNA. No entanto, tenho
outras influências como guitarra clássica, The Beatles, um pouco de prog rock e assim por diante. As letras
são muito importantes para mim e escrevo principalmente sobre a minha própria
vida, que é o que me agrada mais. Podes ouvir, por exemplo, na faixa-título, Sands Of Time ou Fire In My Soul. Está tudo lá.
Quais são as vossas principais influências?
É óbvio que se notam, mas não quero
dizer nenhum nome, porque quero que o ouvinte as consiga ouvir. A coisa é metal clássico e hard rock, nada de nu metal
nem black metal nem metal extremo. Eu gosto de melodias
fortes e vocalistas masculinos. Fora do hard
rock e do metal gostaria de mencionar
JJ Cale e Neil Young. São os meus maiores heróis. São os mensageiros, os velhos
homens sábios.
Graham Bonnet colaborou convosco neste álbum. Como se
proporcionou esse contacto? Foi fácil convencê-lo a cantar convosco?
Entrei em contato com a organização
de Graham depois termos escrito Hippie
Heart e percebi o quanto essa canção foi inspirada por Desert Song de MSG. Escrevi as letras tendo Graham em mente. Entramos
em contato com ele através do seu agente alemão e depois de estabelecido um
contato foi tudo muito profissional e fácil. Ele gostou da canção e disse que o
iria fazer. É claro que eu sabia que, no passado, ele tinha colaborado com
muitos compositores e bandas, e foi por isso que lhe perguntei. E também porque
sou um grande fã deu. Se eu tivesse que escolher o melhor vocalista de hard rock de sempre, seria o Sr. Graham
Bonnet. Simplesmente adoro a sua voz.
Estas canções foram escritas ao longo de uma alargado
período de tempo. Pergunto-te se isso influenciou a referida diversidade. Isto
é, estas canções são representativas dos atuais Wishing Well?
Não acho que tenha sido essa razão,
uma vez que tenho bastantes ideias e influências. Essas canções representam a
minha forma de compor e representam muito bem os Wishing Well. Diria que este é
o nosso estilo e que o iremos manter. É possível que o som e arranjos sejam um
pouco diferentes no futuro, dependendo produtor e vocalista, mas o principal
permanecerá o mesmo.
Como foi a vossa experiência em estúdio?
Vivemos um grande momento em estúdio!
Sabia que Henrik Sirelä, o engenheiro, era uma pessoa impecável. Não é um homem
do metal mas um engenheiro muito
experiente e com uma mente positiva e aberta. Além disso, a sua experiência noutros
estilos de música ajudou-nos em alguns casos. Gostei muito de ter trabalhado
com ele. Quando o álbum começou a ganhar forma foi maravilhoso ouvir que ia
parecer grande. Às vezes, o trabalho de estúdio pode ser muito stressante, mas independentemente disso,
é uma das coisas que mais gosto de fazer.
E agora? Com um grande álbum como este em mãos,
quais serão os vossos próximos passos?
Promover a banda é um trabalho a meio
tempo mas muito duro. Precisamos de novos parceiros, precisamos agendar
concertos, manter a discussão na comunicação social, ter um próximo vídeo e
assim por diante. Além disso, vamos começar a ensaiar novo material em breve. Também
precisamos resolver o problema do vocalista para podermos ir em frente. Vamos dia-a-dia
com a cabeça nas nuvens mas os pés bem assentes na terra.
Muito obrigado Anssi! Queres acrescentar mais
alguma coisa?
Sei que há muitos fãs de metal e hard rock em Portugal. Sendo eu também um grande fã de metal respeito todos e espero que possam
utilizar algum do vosso tempo para ouvir algumas das nossas músicas no YouTube ou Spotify. E se gostarem delas, podem comprar o álbum. Está cheio de
melodias fortes e não se vão dececionar. Vão até à nossa página de Facebook, façam likes e mantenham-se atualizados sobre a banda. Se tiveres ideias onde
poderemos tocar em Portugal ou que estação de rádio ou web sites gostam de nós, informa-nos. Desejo-te tudo do melhor… rock on!
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