Viva,
Alexandre tudo bem? Quarto disco da carreira. Qual é o sentimento no seio da
banda?
Missão cumprida. Está toda a gente muito contente
com o resultado.
Como foi o
processo de criação deste álbum? Quanto tempo trabalharam nele?
Foi talvez comparando com os anteriores o mais fluido. Demorou cerca de dois anos. Cerca de um ano a compor, e outro a preparar as demos. Gravar foi mais rápido, demorou
cerca de duas semanas.
Eyeglasses For The Masses acaba por transportar uma mensagem forte em
termos sociais. Quais são as vossas principais mensagens que querem transmitir?
Cabe aos ouvintes interpretar da forma que entenderem
a mensagem. Penso que de uma forma geral, é um convite às pessoas para
conseguirem ver além do óbvio, e de tudo aquilo que nos tentam impingir nas
nossas vidas.
Daí surgir o
concerto para macacos? Querem explicar esse conceito? É daí que surge o título Eyeglasses For The Masses?
Está tudo interligado, embora não haja uma ligação
directa entre o concerto para macacos e o título do álbum. São coisas
independentes… no caso dos macacos, trata-se de um happening para despertar consciências, desafiar as pessoas a
reflectirem no papel que temos todos no que toca à responsabilidade de tornar
este planeta um sítio melhor.
Já agora uma
curiosidade: Calling All Monkeys é o primeiro single retirado do álbum, mas acaba por aparecer como bonus track. Se não inédito, pelo menos raro….
Sim, é algo que provavelmente nunca foi feito, mas
este disco também traz isso: o desafio de pensar out of the box. Nos anos 60 também era normal os singles não entrarem nos álbuns, e no
entanto isso agora é considerado estranho. Porque não pensar as coisas de um
modo diferente?
A banda que
hoje te acompanha é totalmente renovada. O que se passou e quem te acompanha
agora?
Não se passou nada de especial, apenas cruzei-me com
outros músicos, as circunstâncias próprias da vida assim o ditaram.
Acompanham-me o Alexandre Almeida na guitarra, O João Nuno Almeida na bateria,
o Nuno Melo no baixo, e o João Burmester nos teclados.
Cheguei a fazer algumas coisas interessantes, pela
Holanda, especialmente. Lancei lá o meu disco anterior, e as coisas correram
bem. Já lá estive duas vezes, conto voltar.
Em termos de
palco, como está a vossa agenda?
Por enquanto, temos os concertos de apresentação no
Porto, Passos Manuel no dia 21 de maio, e em Lisboa, no Sabotage no dia 23 de junho.
Temos também uma data em Riba d’Ave a 9 de julho.
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