Os Hardholz
estão de volta… 17 anos depois! Uma das mais importantes bandas da ex-RDA, a
comemorar o seu trigésimo aniversário (mesmo considerando esse longo hiato como
Hardholz) ganharam uma vida nova, assinaram pela Massacre Records e lançam o
seu novo trabalho que mais não é que um recompilatório dos melhores momentos do
coletivo adicionado de alguns temas da nova fase. Via Nocturna saúda este
regresso.
Viva! Tudo bem? Obrigado pela disponibilidade. Novo
álbum... 17 anos depois! O que sentem neste momento?
Não nos sentimos como recém-nascidos,
mas estamos absolutamente bem. É muito bom voltar a fazer parte da comunidade metaleira outra vez!
Ao longo destes anos estiveram envolvidos em vários
outros projetos. Qual ou quais vos deram mais prazer fazer?
Somos músicos, por isso nunca iremos parar
de fazer música. Após a queda do Muro de Berlim, no início dos anos noventa, o
público diminuiu e havia pouquíssimas oportunidades para tocar ao vivo. O Heavy Metal internacional entrou em uma
crise, porque o Grunge e o Nu Metal eram os favoritos na altura.
Mesmo com produções próprias, como o álbum Jäger
und Gejagte, em 1995, não resultou. Portanto, tivemos que colocar os
Hardholz em banho-maria, em 1997.
Para continuar a fazer música começamos a trabalhar com outros projetos, alguns
juntos e outros com um line-up
completamente novo. Der Hölzer esteve com os Eisregen de 1998 a 2000, tendo produzido
os álbuns Leichenlager, Fleischfestival e Farbenfinsternis. Nessa altura, os Eisregen também estiveram em
festivais como o Wacken Open Air e o Partysan. Foi muito especial e
intensificaram a paixão pelo metal.
Mais tarde, um outro projeto de Franky, Ede e Hölzer foi Pyrox (Industrial).
Foi a banda do agora internacionalmente conhecido Hubertus "Masters of
Hellfire" Wawra. Franky foi, também, durante cerca de 14 anos, o baterista
da lendária banda de blues
Klappstuhl. Ele colocou o seu coração e a sua alma nesse projeto até o
vocalista e guitarrista Dieter Georgi (R.I.P.) falecer em 2014. Houve mais alguns
e bem diversos projetos e bandas de covers
com muitas constelações, das quais fizemos parte. Numa festa em 2013 decidimos,
finalmente, começar a reunião dos Hardholz. O concerto oficial da reunião foi
em 2014, com quatro elementos do line-up
onde também veio à tona o 30º aniversário da formação da banda.
Ainda estão envolvidos em alguns deles?
Ao longo dos anos, constelações muito
interessantes foram fundadas. Portanto, hoje, cada Hardhölzer é também uma parte de outras bandas como Daily Dirt
Reloaded, The Thors ou AudioXPerience.
O que é diferente nos Hardholz atualmente?
Os Hardholz têm um line-up diferente. Se na década de 1990
tínhamos 2 guitarras, agora temos apenas uma. Portanto algumas coisas na
composição e no som mudaram. Mas é para compensar com linhas de baixo adequadas
ou utilização de efeitos. Não importava para a produção de CD. Embora na
produção digital do álbum todos nós tenhamos permanecido fiéis ao nosso estilo.
Finalmente pudemos produzir as nossas músicas como quisemos sem quaisquer
restrições técnicas.
Esta coleção de músicas é completamente nova ou há
músicas que, eventualmente, tenham sido escritas antes?
Herzinfarkt é o nosso primeiro álbum regular com
editora e marketing adequado. Portanto,
decidimos lançar, com exceção do tema título, os nossos melhores temas dos
nossos 30 anos. Charon, Asphaltlady, Tannhäuser, Wieland der
Schmied e Praeludium Wielandia
são as nossas canções dos anos 80. O Praeludium
é quase desconhecido porque nunca foi lançado antes e, também, sofreu um
rearranjo para este disco. A canção mais nova é Herzinfarkt. É como Hartholz,
um produto do trabalho atual da banda. As canções restantes, já tinham sido
lançadas no nosso álbum de estreia, Jäger
und Gejagte, mas para o novo álbum também sofreram rearranjos e, claro, tiveram
uma produção muito melhor.
Para que não vos conhece, como descreveriam a vossa
música?
Hardholz toca a velha escola de Heavy Metal com Thrash e elementos épicos, emparelhado com letras em alemão,
abrangendo sagas e tempos medievais até aos problemas atuais.
A língua alemã continua a ser a principal forma de
se expressarem. É uma questão de conforto ou outro motivo?
Nos primórdios, na década de 1980 não
havia tanta gente com letras em inglês. Apenas um pouco antes da queda do Muro
de Berlim as letras em inglês começaram a tornar-se socialmente aceitáveis para
a radiodifusão sonora. Também as letras em alemão são mais apelativas, toda a
gente pode cantar mesmo sem conhecimentos de inglês e assim foi. Não era nada
de especial na RDA. Muitos grupos de metal
cantam em alemão.
E de facto, têm vivido bons momentos – comemoração
do 30º aniversário, assinar com a Massacre Records e agora um novo álbum.
Definitivamente, os Hardholz estão de volta para ficar e deixar a sua marca...
Absolutamente. Mais concertos e um ou
outro festival ainda estão em planificação e, claro, ainda estamos a trabalhar
em novos lançamentos.
E agora falando sobre o futuro - o que têm os Hardholz
ainda para oferecer ao metal e que objetivos ainda anseiam atingir?
Tocar em festivais como o Wacken ou Sommerbreeze, ter muitos concertos, tocar tanto quanto pudermos -
mas, infelizmente, isso não é fácil de alcançar.
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