Entrevista: Erika

Erika é um nome incontornável da cena de peso sueca e para nós é uma verdadeira honra conduzir esta entrevista com tal diva. Depois de alguns anos afastada das lides mais heavy rock, a sueca mostra que está em grande forma com Deaf, Dumb & Blonde. A loura mostrou-se também muito animada com este regresso onde se apresenta em cenários bem diferentes do habitual.

Olá Erika! Obrigado por este momento! É um prazer poder fazer esta entrevista contigo. Como te sentes de regresso aos discos, depois de teres estado muito ativa entre 1990 e 2000 com cinco álbuns de originais. Depois… desapareceste. O que aconteceu?
Tenho gravado continuamente desde que criei uma companhia de produção (demos para outros artistas, vocais para outros géneros, etc.), mas é bom fazer algum trabalho a solo novamente.

Mas nunca estiveste inativa, seguramente. Estiveste envolvida em que outros projetos?
Naqueles que referi anteriormente. Para além disso, tive três filhos e queria ser uma mãe presente. A solo nada, além de vocalista convidada no álbum Return To L.A. do projeto AOR de Frederic Slama. Maioritariamente tenho coescrito todos os tipos de música desde música de dança ao metal até vencedores suecos do Eurofestival.

E finalmente o regresso com a tua assinatura. O que te motivou a dares este passo?
Já me tinham pedido várias vezes para fazer outro álbum a solo. O que me incentivou foi a minha colaboração com Jesper Strömblad (Hammerfall, In Flames, etc). Acho que ele é um génio e deu-se um click. De repente, senti "sim, isto pode ser divertido!"

Como descreverias Deaf, Dumb & Blond, especialmente, em comparação com os teus maiores álbuns do passado?
É um pouco mais áspero na produção, precisamente como queria. Não é tão AOR polido, que a mim me parece mais década de 1990... As guitarras estão afinadas mais baixo. Mais hard rock clássico e menos AOR, acho eu.

De facto, este disco expande os teus limites e poderá, também, expandir a tua popularidade a outras audiências. Sentes isso?
Espero que sim! Ainda conto com os melhores compositores e ainda estou focada em criar refrães cativantes e riffs memoráveis.

Como surgiu a ideia de usares palmas?
Usei-as em algumas demos e desafiei o meu coprodutor Alex Angleflod a fazê-lo nas gravações também. Finalmente ele cedeu (risos)

Neste álbum trabalhaste com um grande número de instrumentistas e cantores. Como foi esse trabalho?
Mic Michaeli é um querido, é o tipo de pessoas com queres sair de modo que foi tudo bom e fácil. Jesper Strömblad é um amigo próximo, em que podemos ir diretos sem ter planear com muita antecedência. Leif Edling é muito genuíno e focado. Disse-me: "os teus fãs vão irritar-se quando ouvirem isto; tens a certeza de que podemos fazer isto?" quando escreveu Warhoney especialmente para mim. A vibração do trabalho foi sempre muito boa. Sabes como é, apenas pedi a alguns amigos para me ajudar neste trabalho, assim como qualquer um faria sem importar qual é o trabalho.

Gravaste nos Red Door Studios. Como foi essa experiência?
Os Red Door Studios é um pequeno estúdio num velho depósito de carvão acolhedor no centro de Estocolmo. São salas muito básicas mas Alex Angleflod (o meu coprodutor) tem a mais fixe coleção de microfones vintage. Além disso, Alex e os meus diagnósticos são compatíveis (risos). Agora a sério, nós trabalhamos bem juntos, somos ambos super-focados. Misturamos Deaf, Dumb & Dlonde com Willem Bleeker no lendário estúdio 1 nos X-Level Studios em Estocolmo, onde, literalmente todos, desde Abba até Korn e Lady Gaga têm trabalhado.

O que tens planeado para promover este álbum nos próximos tempos?
Deixo os planos de promoção para o management (Blue Lemon) e para a editora (Escape Music). Até agora, tem havido muitas entrevistas e boas críticas e até estou surpreendida por toda a resposta positiva. Já recusei uma tournée este verão, porque, infelizmente, não tenho tempo para isso agora... Talvez mais tarde.

Muito obrigado Erika! Queres acrescentar mais alguma coisa?
Só quero dizer obrigado do fundo do meu coração a todos os meus fãs. Este álbum é dedicado a vocês – como, aliás, podem ver na lista de agradecimentos especiais na capa. Espero que gostem de Deaf, Dumb & Blonde! E lembrem-se das coisas chatas – o dinheiro ainda é importante para as editoras, não importa o que vocês pensam sobre isso, porque não é possível gravar um álbum de graça... Portanto, apoiem as vossas bandas favoritas através da compra ou download legal das suas músicas.

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