Entrevista: Culver Kingz


Michael Thompson e Billy Trudel já se conhecem desde 1983! Por diversas razões os seus caminhos acabaram por nunca se cruzar num projeto sólido e apenas agora, mais de 30 anos depois os dois conseguem criar e lançar um disco em conjunto. O projeto chama-se Culver Kingz e a o álbum, adequadamente… This Time. O vocalista Billy Trudel abre o livro das memórias, passa rapidamente em revista os seus últimos 30 anos de carreira e exulta por este disco finalmente estar cá fora.

Olá Billy! Podemos dizer "finalmente"? Finalmente tu e Michael terminaram o disco que queriam fazer?
Sim, finalmente! Michael e eu começamos a trabalhar juntos em 1983, com uma banda que chamamos Slang. Escrevemos muitas músicas juntos e tocamos em muitos espetáculos, mas nunca conseguimos obter o interesse das editoras. Depois, em 1985, a Geffen Records ofereceu um contrato a Michael, mas eu já me tinha envolvido com uma outra banda chamada The City, que assinou pela Chrysalis Records. Portanto, não pudemos terminar o projeto, pelo que Michael teve que encontrar outro vocalista para me substituir. Foi quando conheci Moon Calhoun e ele mudou o nome da banda para o Michael Thompson Band.

Como se voltam a conectar tantos anos após o vosso primeiro contato?
Ao longo dos anos, Michael e eu sempre mantivemos contato e sempre admirei o trabalho e o talento dos outros, mas nunca tive tempo para pensar a respeito de fazermos algo juntos. Até que no final de 2011, Michael ligou-me e convidou-me até à sua casa. Naquela noite fomos para estúdio e ele toucou algumas ideias de músicas que tinha. Fui para casa e escrevi a primeira canção para este projeto chamada Better Days. Fui lá no dia seguinte e gravamos o que seria o início de nossa nova aventura Culver Kingz!

De qualquer forma, em algum momento deste longo período, vocês chegaram a trabalhar juntos com fortes e eficazes ideias de uma reunião, como agora aconteceu?
Quando trabalhas muito não vês para além do momento em que estás e no que estás a fazer. Isto até olhares para trás e perceberes o quanto já criaste ao longo dos anos. Quando fazes uma pausa para relaxar, é quando esses momentos se juntam para fazer algo especial. Michael e eu respiramos para que pudéssemos reunir o nosso passado novamente.

Por que razão Culver Kingz? Este nome tem algum significado especial?
Naquela altura, Michael e eu vivíamos em Culver City, Califórnia. Michael ainda vive e tem estúdio lá, por isso o nome do projeto surgiu do ambiente estávamos a criar.

E é por isso que o disco, apropriadamente, se chama This Time? É desta vez e com certeza para continuar?
Sim, temos uma segunda oportunidade para fazer música juntos. This Time é sobre uma separação triste, mas também significa que desta vez é o que queremos fazer, o nosso caminho, a música que era especial para nós.

De regresso ao passado, o que aconteceu naquela altura que vos fez ir por caminhos separados?
Nada, apenas foi difícil manter a nossa banda junta. Quando fazes algo enquanto jovem, tens tanta paixão que tudo é sobre o amor à música. Mas à medida que envelheces, precisas ganhar a vida para sustentar a tua família e o teu estilo de vida. Desta vez, tivemos tempo para voltar a sentir a paixão pela música e tempo para o fazer.

O teu curriculum nos últimos 30 anos é verdadeiramente incrível! Se eu te perguntasse qual o trabalho que te deu mais prazer, o que responderias?
Sempre que se é convidado para fazer um projeto ou trabalhar com um determinado artista, é uma emoção. Adorei trabalhar com todas as pessoas talentosas que me permitiram trabalhar com eles. De cada um tenho a minha própria memória especial.

Nestes últimos 30 anos, quais foram os teus maiores momentos? Aqueles momentos verdadeiramente inesquecíveis?
Wow, tenho tantos! Acho que te ter tocado com Elton John no Estádio de Wembley foi um ponto alto, o Grammy, os Oscars e cantar no Madison Square Gardens. De qualquer maneira, demasiadas memórias para destacar apenas uma.

Esta coleção de músicas é completamente nova ou foram buscar algo ao passado?
Todas estas músicas são novas e atuais. Apenas soam como algo do passado. Queríamos escrever material onde nos sentíssemos bem, não perseguir um género ou tentar manter-se no que acontece agora.

Será que iremos ter a oportunidade de ver Culver Kingz ao vivo? Em caso afirmativo, quem vos acompanhará?
Andar em tour com este projeto seria incrível, portanto vamos fazer figas. Isso é com os ouvintes, se eles nos quiserem, nós estaremos lá.

Muito obrigado Billy! Queres acrescentar mais alguma coisa?
A música foi como o Universo foi criado. É o tom que faz com que os planetas se movem e girem. Sem música, não há vida. Assim, vamos mante-la viva, valorizando-a e ela irá continuar para sempre.

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