Quatro anos
depois do revivalista 1986, os Suíços
The Order apresentam o seu estilo mais pugilista em Rock ‘n’ Rumble. Desta vez o coletivo experimentou um novo estúdio
e um novo produtor mas o seu hard rock
continua certinho como os relógios do seu país. Bruno Spring, o guitarrista do
quarteto, foi o nosso anfitrião.
Olá Bruno! Tudo bem desde a última vez que falamos?
Passaram-se quatro anos - o que fizeram durante este período?
Olá! Bem, após o lançamento de 1986, no verão de 2012 fizemos alguns espetáculos e festivais na
Suíça, Alemanha e França. No início de 2013 começamos a escrever novo material
para o próximo álbum e, claro, continuamos a fazer mais concertos,
principalmente, na Suíça. Na primavera de 2014, gravamos duas músicas (The Last In Line e I Could Have Been A Dreamer) para o álbum de tributo a Dio, que foi
lançado alguns meses mais tarde e continuamos a escrever e ensaiar novas
canções. Toda a composição levou cerca de dois anos e, no final do ano de 2014,
tínhamos cerca de 20 canções. A partir de 2015, entramos em estúdio e começamos
as gravações. O processo de gravação levou quase um ano: gravamos o básico
(bateria, baixo e guitarra) no nosso estúdio de longa data com o engenheiro
Sven, depois fizemos os overdubs na minha
própria casa/estúdio e finalmente Gianni colocou os seus vocais no estúdio de
Achim Köhler em Stuttgart (Alemanha). Depois de termos terminado as gravações,
Achim fez a mistura e masterização e entregou o álbum no início de março na
nossa editora.
A última vez que falamos foi a respeito de 1986. Agora regressam com
Rock 'n' Rumble. Mudou alguma coisa no
reino dos The Order?
Na verdade não. Nunca tivemos qualquer mudança de
formação desde que começamos a banda há 11 anos. Apenas fazemos o que sempre
fazemos: concertos, escrevemos canções e gravamo-las. Devido ao fato todos termos
famílias e empregos a tempo inteiro, precisamos de um pouco mais de tempo do
que as outras bandas para tudo.
Desta vez mudaram de estúdio. Porquê?
Bem, nós gravamos os primeiros quatro álbuns no mesmo
estúdio com o mesmo produtor (V.O. Pulver dos Gurd/Poltergeist) e descobrimos
que estava na altura de experimentar algo novo. Não que estivéssemos infelizes
com o trabalho de V.O, muito pelo contrário, mas depois de quatro álbuns queríamos
mudar um pouco o nosso som. A primeira vez que encontramos Achim (Köhler, o
produtor de Rock 'n' Rumble) foi há cerca
de seis anos atrás, quando fizemos um espetáculo na Alemanha, juntamente com os
Sinner; Achim foi o engenheiro do som no local e fez um trabalho incrível atrás
da mesa de mistura. E é claro que sabíamos que ele não é apenas um grande
engenheiro ao vivo, mas também um produtor bem conhecido. Depois do espetáculo
fomos falar com ele. Achim disse-nos que gostava muito da nossa música e que
gostaria de trabalhar connosco. Alguns anos mais tarde, gravamos duas músicas
para um tributo a Dio e pedimos-lhe para as misturar. Achamos que o resultado ficou
muito bom e por isso quisemos que ele fosse responsável pela mistura e
masterização do nosso próximo álbum, que foi Rock 'n' Rumble. Achim entendeu imediatamente que tipo de som
queríamos para o álbum. Logo as primeiras mixes
que ele enviou estavam quase perfeitas. Estamos muito felizes com o som do
álbum, foi definitivamente a decisão certa para uma nova colaboração.
Foi um trabalho tranquilo ou sentiram algum tipo de
pressão?
Foi absolutamente relaxado. Também não tínhamos a
pressão por parte da editora e tivemos todo o tempo necessário para oferecer o
melhor álbum possível. Como já foi mencionado, o que levou quase um ano desde o
início das gravações até à masterização, mas acho que valeu a pena. Estamos muito
felizes com o resultado.
Este é já o vosso quinto álbum, pelo que são já um nome
bem consolidado na cena suíça e europeia. Olhando para trás, sentem que têm alcançado
todos os vossos objetivos inicialmente traçados?
Para ser honesto, quando comecei a banda em 2005, só
queria tocar música por diversão. Estive em bandas com tournées grandes (Swam Terrorists, Gurd) e toquei em centenas de espetáculos
por todo o mundo, mas depois do nascimento da minha filha em 2003 decidi acalmar
um pouco. Desde o início ficou claro que os The Order nunca seriam uma banda
que fizesse 100 concertos por ano, porque não podemos colocar os ovos todos na cesta. Por outro lado, todos
nós temos trabalhos sofisticados e famílias e seria impossível viver apenas da
música. Considerado isto, estou muito orgulhoso do que alcançamos nos últimos
11 anos. Como disseste, acabamos de lançar o nosso quinto álbum, já atingimos,
por duas vezes, os tops Suíços de
álbuns e estamos em posição privilegiada para fazer o que queremos.
Assim sendo, como descreverias este novo álbum? Introduziram
algo diferente no vosso estilo ou processo de criação?
Não, foi como habitualmente. Eu escrevi a maioria das
músicas e gravei no meu estúdio caseiro. Depois disso, juntamo-nos para ouvir as
músicas na sala de ensaio e decidir que músicas se encaixam e as que não. Depois
começamos a ensaiar as músicas que consideramos as melhores e, finalmente,
Gianni começa a escrever as letras.
E de agora em diante... o que se segue para os The
Order?
Vamos tocar em alguns festivais aqui na Suíça e
estamos ocupados a agendar mais espetáculos para este outono/inverno. Uma vez
que todos nós temos empregos a tempo inteiro e família é muito difícil sair em tournée. É por isso que nos concentramos
em espetáculos únicos aqui na Suíça e na Alemanha. E já comecei a compor para o
próximo álbum. Entre o último e este álbum passaram quatro anos, o que é
definitivamente muito tempo. O objetivo deve ser o de lançar o próximo álbum em
2018.
Muito obrigado
Bruno, mais uma vez! Queres acrescentar mais alguma coisa?
Muito obrigado pelo teu apoio!
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