Cerca de um
ano após o sensacional LifeRider, eis
que os Crystal Ball regressam como o seu nono álbum, Déjà-Voodoo e assumem-se, cada vez mais, como um dos nomes mais
importantes do cenário metálico suíço
e até europeu. A estrear um novo guitarrista, a banda voltou a conversar com
Via Nocturna, através do guitarrista Scott Leach, poucos dias depois da derrota da selecção lusa de futebol em
Basileia.
Viva, naturalmente felizes pela vossa vitória
contra o campeão europeu, certo? (risos)
(risos) Bem, tive que perguntar porque não estava a
par do que estava a acontecer já que tenho andado muito ocupado com o
lançamento do disco. Mas gosto de estar ao lado dos underdogs, não importa de onde são!
E ainda mais felizes com o fato de, cerca de um ano
depois, regressarem com o vosso nono álbum. Muito ativos e muito inspirados?
Sim, de facto! Inicialmente, não pretendíamos que
fosse tão rápido, mas pensamos que era melhor lançar o álbum no início do outono
e por termos planeada a tournée com os
Shakra. Por isso fazia sentido acelerar um pouco. A química na banda é muito
boa, portanto, é possível ser criativo e trabalhar duro num ritmo rápido.
Como descreverias esta nova obra, em comparação com
os vossos trabalhos anteriores, especialmente LifeRider?
Acho que é o sucessor lógico do álbum anterior. Começa
onde LifeRider terminou e leva-o um
pouco mais à frente, sem sair do estilo Crystal Ball. O som é mais intenso, as
guitarras são mais in your face e o groove é mais direto. Sinto que
evoluímos como compositores e o foco é sempre na música em vez de coisas
técnicas.
Neste álbum assistimos à estreia de um novo
guitarrista, Tony Castell que substituiu Markus Flury. O que aconteceu com
Markus e como foi a adaptação de Tony na banda?
Markus estava muito ocupado com o seu trabalho como professor
de guitarra em escolas públicas. Tinha muitas obrigações e não tinha tempo
suficiente para os Crystal Ball. Lamentamos sua a sua decisão, mas tivemos que
seguir em frente. Demorou algum tempo até encontramos o substituto certo.
Quando finalmente me lembrei que Tony (que eu tinha conhecido há algum tempo)
era na verdade um guitarrista, embora tenha sido conhecido principalmente como baixista
dos Krokus e Fox. Pedi-lhe para se juntar aos Crystal Ball e depois de uma
reunião e ensaio tudo ficou claro. Encaixou perfeitamente.
Bem, Tony foi membro de grandes bandas suíças, pelo
que será um valor acrescentado para os Crystal Ball dada a sua experiência?
Absolutamente sim. É ótimo tê-lo a bordo. É muito
talentoso, é um bom cantor e compositor e por último mas não menos importante,
é uma grande pessoa.
Nos últimos tempos têm tido grandes experiências,
suponho. Conta-nos tudo sobre esses espetáculos com os Scorpions e Thunder.
Foi uma grande oportunidade para nós termos rockado em frente dos fãs dos Scorpons.
E estou muito feliz porque, em todos os espetáculos, tivemos reações fenomenais
da multidão. O nosso merchandising
quase esgotou e ficamos surpreendidos com a quantidade de pessoas que queriam autógrafos.
Ambas as bandas são ídolos da minha juventude, por isso foi ótimo vê-los de
perto e dividir o palco com eles.
E quanto à colaboração em palco com a orquestra
sinfónica de Wuppertal?
Tivemos a oportunidade de fazer um concerto
beneficiário em Wuppertal. E a orquestra que tocou nesse evento queria
colaborar com uma banda de rock. Como
o calendário foi muito curto, a colaboração foi limitada a um conjunto de
cordas de cinco peças, o que foi ótimo para nós, já que escolhemos tocar a
música acústica Eternal Flame. Por
isso, tivemos um rápido ensaio de iluminação no soundcheck e lá fomos nós. Foi uma grande experiência tocar com
esses músicos maravilhosos e eles gostaram muito. Portanto iremos repetir num
outro espectáculo nosso.
Falando em performances ao vivo, prontos para sair em tournée com os Shakra? Vão até onde?
Sim, já tivemos o nosso primeiro espectáculo juntos há
uma semana. Correu muito bem. Ambas as bandas foram abraçados pela multidão.
Isso foi como um show de pré-tour, por assim dizer. A tournée propriamente dita vai começar em
novembro. Vamos tocar por toda a Alemanha e na Suíça.
Ultimamente tem sido um hábito entrar nas tabelas
suíças. Aconteceu o mesmo com Déjà-Voodoo?
Sim, entramos para o lugar nº 31, o que é bastante
bom, considerando que basicamente apenas há airplay
e cobertura na imprensa suíça.
Mais uma vez, muito obrigado. Queres acrescentar
mais alguma coisa?
Por favor, verifiquem o nosso vídeo para a canção Déjà-Voodoo no Youtube e visitem-nos no Facebook,
Instagram etc.
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