Novo álbum, novo line-up, nova editora, nova forma de
trabalhar, nova sonoridade. Em suma, são uns novos Soul Seller que assinam Matter Of Faith, segundo trabalho dos
transalpinos, sucessor de Back To Life.
Uma questão de fé, poder-se-ia dizer, mas nas palavras de Dave Zublena, é o
resultado de muito trabalho de equipa e bastante inspiração.
Olá
Dave! Podes apresentar os Soul Seller aos rockers portugueses?
A
banda nasceu em 1999 depois de vários anos a tocar em pubs do norte da Itália, dividida entre demos, gravações de álbuns autoproduzidos e a tocar covers. Demos o grande passo em 2011, quando
assinamos com a Avenue of Allies e o posterior lançamento do nosso primeiro
álbum Back To Life, produzido por
Alessandro Del Vecchio. Este ano, estamos finalmente de volta com Matter Of Faith, uma nova editora e um
novo line-up. Somos uma banda
clássica de hard rock, com
influências que abrangem os gloriosos anos 80, o AOR, mas também rock
moderno, metal e prog. A nossa missão é criar o nosso próprio som, mas, ao mesmo
tempo, ter todos os ingredientes necessários que fizeram grande este género de
música nos últimos 50 anos.
Precisamente
cinco anos depois, o regresso e como afirmaste com um novo line-up. Essa é a principal notícia… nada menos do que meia banda. O que
aconteceu?
Foram
separações amigáveis que aconteceram em diferentes épocas e maneiras para cada
membro que nos deixou. Para uns as razões prenderam-se com diferentes opiniões
sobre a organização da banda e sobre o novo caminho melódico que queríamos
tomar. Outros simplesmente preferiram concentrar-se na família e em outros
projetos. Estes foram 5 anos longos e muito difíceis e passamos por muita
agitação, mas mantivemo-nos porque não queríamos desperdiçar tudo o que
tínhamos construído e conseguido graças ao Back
to Life. Soul Seller tinha que continuar.
Os novos
membros tiveram oportunidade de colaborar ativamente neste novo álbum?
Sim,
absolutamente. Muitas canções já tinham sido escritas quando eles entraram na
banda, mas a sua chegada permitiu trazer novos arranjos e modificações que não
seriam possíveis antes, dando a este trabalho um novo e totalmente inesperado
sabor. Fomos finalmente capazes de tocar como Soul Seller e não uma cópia de qualquer
outra banda. A sua contribuição para o álbum foi essencial.
Para
além desta diferença mais notória para Back To Life, houve mais mudanças no vosso método usual de trabalho?
Do
ponto de vista da escrita, é tudo novo. Back
To Life tinha sido escrito quase inteiramente por mim, com algumas
contribuições posteriores durante as sessões de gravação, enquanto Matter Of Faith passou por um processo
mais amplo e mais detalhado. Compartilhei as minhas ideias com a banda numa
espécie de projeto embrionário que foi posteriormente editado e forjado por
cada membro de acordo com o seu estilo de tocar. Além disso, grande parte do
material foi escrito, também, pelo nosso guitarrista, Cristiano Audisio.
Portanto, podemos dizer que, desta vez, houve um ótimo trabalho de equipa.
Como decorreram
os processos de composição e gravação?
Como
referi, houve um ótimo trabalho de equipa. Quanto às sessões de gravação, também
houve muito trabalho de equipa, mas gerido pelo nosso "treinador"
Alessandro Del Vecchio. Ele é um grande produtor e gravou, misturou e masterizou
tudo. Sem esquecer a sua contribuição final para os arranjos. Confiamos
totalmente e envolvemo-nos numa atmosfera muito relaxada. De qualquer forma
Cristiano e eu quisemos envolver-nos em todos os momentos da gravação, porque
sentimos que este álbum seria o nosso bebé e queríamos "acariciá-lo"
em cada momento de seu crescimento. É por isso que somos creditados como
co-produtores.
Tide Is Down foi a primeira escolha para vídeo. Por quê? Há planos para mais algum em
breve?
Escolhemos
Tide Is Down talvez porque seja a
canção que mais representava o "corte com o passado" e a
"atmosfera brilhante" de Back
to Life. Queríamos que as pessoas compreendessem imediatamente que algo havia
mudado no som dos Soul Seller, que estava mais maduro. Um novo single e um novo vídeo estão em
preparação, daremos notícias em breve. Vamos gravá-lo no final deste ano e
estará fora em janeiro de 2017.
Falando
agora do futuro, quais são os vossos principais objetivos a alcançar?
Sermos
capazes de, finalmente, organizar uma tour
fora da Itália. Sei que há muitos fãs lá à espera de nos ver e estamos a trabalhar
para tentar alcançar o maior número de países possível. Também neste caso acho
que poderemos dar mais informações em janeiro.
Muito
obrigado, Dave! Queres acrescentar algo mais?
Gostaria
de agradecer o espaço que nos deste e agradecer a todos os fãs portugueses pelo
seu apoio. Continuem a seguir-nos porque não pretendemos parar. Esperamos tocar
no teu país o mais rapidamente possível. Obrigado a todos novamente!
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