Olá Avi! Cá estamos nós novamente! Depois de um
álbum de influência hard rock, lanças mais dois umligeiramente diferentes.
Importas-te de descrever Shine e Dance Of Life And Death?
Os álbuns de Hard
Rock são muito divertidos de fazer, mas também adoro escrever e gravar
álbuns de Classic Rock. Quer Shine quer Dance Of Life And Death são mais no estilo Rock clássico. Ambos têm uma abordagem muito melódica, misturando diferentes
estilos musicais com o rock e tem muitos
grandes músicos, como Dean Wuksta, Tommaso Monopoli e Anton Wannemakers que
tocam em algumas músicas, bem como muitos outros grandes talentos de todo o
mundo.
Apesar de lançados separadamente, consigo notar uma
continuação entre os dois. De alguma forma há uma ligação entre eles?
Sim, ambos os álbuns têm o núcleo principal no Rock Clássico, embora, claro, tenham caraterísticas
diferentes que os fazem aguentar-se por conta própria. Essas diferenças podem
ser em estilos diferentes que são incorporados na música, ou também porque parte
dos músicos é diferente proporcionando outros sabores à música. Ambos os álbuns
têm uma abordagem lírica mais pessoal e romântica em oposição aos álbuns de Hard Rock que têm letras fantásticas ao estilo
de Dio.
Mas, também algumas pequenas diferenças são
visíveis. Por exemplo, a riqueza instrumental é mais visível em Shine, acho eu.
Foi uma "divisão temática" consciente?
Os diferentes instrumentos na música têm um papel, às
vezes de voz de melodia, outras vezes para enfatizar um ritmo específico ou groove. Quanto mais instrumentos,
melhor. Não acho que tenha planeado dividir as músicas tematicamente.
Simplesmente tentei que encaixassem bem contando histórias sobre a vida.
Importante essa riqueza estilista. Como fazes para
misturar todos esses estilos? Os teus convidados têm alguma palavra a dizer nesse
aspeto?
O mundo é rico em música e as diferentes culturas do
mundo têm muito a oferecer musicalmente. Acho isso muito fixe e inspiro-me aí.
Geralmente gosto de os misturar na minha música que tem uma base principal, que
é o rock. Também tenho mente aberta para
ouvir outras ideias sugeridas pelos músicos no projeto. Houve algumas canções
no passado que mudaram todo o seu estilo e groove
depois do músico me ter enviado a sua ideia.Por exemplo, uma canção que supostamente
era para ser um folk lento acabou por
ter um estilo latino rápido.
Sempre com bases acústicas muito presentes em ambos
os álbuns...
A guitarra acústica é o meu principal instrumento para
escrever música. Até mesmo as músicas de Hard
Rock são inicialmente escritas e às vezes até gravadas com guitarra
acústica para a ideia inicial. Acho que o som acústico faz a música soar mais
íntima e pessoal, como se o ouvinte estivesse sentado na mesma sala com a
banda. Por exemplo, uma música como The
Bird Eats The Worm pode parecer fixe com aquela parede de guitarras
pesadas, mas acho que o estilo folk
acústico foi o som mais correto para ela.
De qualquer forma, ambos os álbuns foram gravados
há dois anos. Por que é que só agora foram lançados?
Porque há dois anos lancei álbuns que foram gravados
há quatro anos atrás! Faço isso passo a passo. Uma boa música será também boa
amanhã.
Penso que nunca deves parar de criar música. Qual
será o teu próximo lançamento?
Sim, estou a trabalhar em mais músicas tanto no estilo
Classic Rock quanto no estilo Hard Rock. Very Heepy Very Purple VI está em preparação. E posso dizer que o
próximo álbum de Rock Clássico terá
canções com novas influências musicais e aventuras, canções sobre amor e
guerra, um macaco mafioso, uma história sobre o bobo Joe e Crazy Jane e muitos
mais.
Em apenas um ano três lançamentos com diferenças
significativas. Onde te sentes mais confortável a trabalhar – na cena do hard rock ou do rock clássico?
É mais confortável no Rock Clássico, é mais difícil de gravar um álbum Hard Rock. Ambos têm os seus momentos especiais.
E mais uma vez trabalhas com músicos de todo o
mundo. Também colaboras com eles?
O processo de trabalho é o mesmo. É um álbum de
colaboração mundial. Cada músico grava no seu próprio estúdio. Eles gravam as suas
partes da forma que as sentem. Não nos sentamos juntos no mesmo estúdio como num
processo normal. Genericamente podemos falar sobre feeling e groove, mas deixo
os músicos expressar o seu talento. É isso que torna este processo divertido.
Desta vez cantas duas canções na tua língua nativa.
Acredito que não tenha sido a primeira vez que aconteceu... dá mais cor à tua
música, não concordas?
Concordo que acrescenta algo diferente ao álbum, mas nessas
canções específicas, ambas tiveram as letras primeiro, e depois foi escrita a
música. É assim que costumo fazer, mantive a ideia da música inicial e decidi
não traduzi-la. Acho que as ideias iniciais têm a direção certa para uma
música. A sensação correta.
Podes falar-nos um pouco das capas dos dois álbuns?
A capa de Shine
é uma foto real que foi tirada na área do Mar Morto em Israel. Foi tirada pelo
talentoso fotógrafo Haim Rosenfeld e foi feita em 262 frames, 30 segundos cada, costurados numa foto final. Imagem muito
fixe! O artwok para Dance Of Life And Death foi feito pelo
artista de fantasia Elsbro, que já fez algumas ótimas obras de arte fantásticas
para outros álbuns meus anteriores.
Bem, Avi, mais uma vez, muito obrigado! Queres
acrescentar mais alguma coisa?
Obrigado Pedro! Tenho certeza de que falaremos em
breve. Até lá, viva o Rock'n'Roll!
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