Entrevista: Noah Pine

 
Teclista dos Stonerider, Noah Pine é um teclista soberbo que vai mantendo a sua carreira paralela em nome individual procurando e conseguindo de forma brilhante explorar outras sonoridades. Close To The Ground é o nome do seu mais recente EP. Um rock cheio de soul, funk, country e… sem guitarras.

Olá Noah! Obrigado pelo teu tempo. És conhecido, essencialmente, como teclista dos Stonerider, mas também tens uma carreira paralela a solo. Quando começaste esta aventura? E é a primeira vez que fazes um álbum sem guitarras?
Sempre fui eu quem fez as minhas coisas e desenvolvi o meu ofício como escritor de música e performer desde a adolescência. O meu primeiro álbum foi com uma banda minha chamada The Marsh. Lembro-me de gravar esse álbum quando tinha 20 anos em Atenas, Geórgia com o engenheiro de gravação Kyle Spence que agora toca bateria com Kurt Vile. Éramos um trio com teclas, baixo e bateria, sem guitarra. Amo guitarras embora sempre tenha sido atraído por trios de piano. Adoro Medneski Martin & Wood, e os atuais grandes trios de piano de jazz. Gosto da simplicidade e do groove. Gravei estas músicas no verão passado, depois de as ter mantido durante cerca de um ano.

Portanto, neste sentido, este EP é substancialmente diferente dos teus trabalhos anteriores…
Este EP mostra, definitivamente, a minha evolução através da música e da vida. Uma combinação de todas as minhas influências. Amo soul, country, funky, som clássico. Adoro os sons crocantes do órgão! E quero continuar a crescer e a pesquisar.

Falando dos músicos que te acompanham, já eram todos teus conhecidos ou não?
O meu bom amigo Strauss toca bateria no EP. Tocamos juntos há 10 anos. Um dos meus bateristas favoritos. Guy é músico a tempo inteiro das Geórgia e está constantemente a tocar. Michael Lamond conheci através do Guy e é um baixista funky e um ser humano impressionante. E Matt, dos Stonerider, fez alguns backing vocals. Ele é o meu irmão do soul. Temos uma comunidade de música realmente especial em Atlanta, Geórgia. Adoro os músicos da Geórgia!

Importas-te de falar um pouco sobre o processo de gravação? Gravaram ao vivo?
Gravamos ao vivo num estúdio fixe de Atlanta chamado Itchy Brain Recording. Gravei ao vivo com o Wurlitzer eléctrico e posteriormente fiz overdubs com o moog. Esta é uma gravação analógica que significa que gravamos diretamente para fita, o que foi uma grande experiência para mim. Craig Carlson é um bom engenheiro de som e tudo correu bem sem problemas. Adam McYntyre, antigo baixista e produtor dos Stonerider e engenheiro que misturou o álbum Hologram também produziu e misturou o EP. Pesquisem pela sua banda, The Pinx! Tenho que tocar no seu novo disco. Oh!, e Cris Griffin masterizou o EP. Ele é um ótimo engenheiro e também faz som para os clássicos Drivin N Cryin, outra surpreendente banda da Geórgia.

No mesmo ano inscreves o teu nome em dois grandes trabalhos – o álbum dos Stonerider e o teu próprio EP. Hipóteses para tocar ao vivo com qualquer um deles?
Adoro estar nos Stonerider, escrever, executar e fazer groovy rock n roll. Também adoro fazer as minhas próprias coisas e espero fazer muitos espectáculos. Acho que é fixe ter um bom equilíbrio. Eu vejo o meu material e os Stonerider como uma forma de ajuda total uns aos outros. Música é amor.

Próximos projectos para serem realizados?
Os Stonerider começaram a escrever novas músicas desde que voltamos da Europa. Esperamos gravar em breve e continuar a fazer vibrações que nos inspiram a nós e aos outros e estaremos de volta aos Países Baixos em julho de 2017. Também estamos a ajudar uma artista muito talentosa chamada Brooklynn a fornecer a algumas das suas canções, um rock ‘n’ roll cushy, saboroso e quente para seus vocais voarem como uma águia.

Muito obrigado Noah! Queres acrescentar mais alguma coisa?
Quero agradecer-te por teres analisado o meu EP. Aprecio o teu entusiasmo e devoção ao que fazes. Espero que eu e/ou Stonerider nos apresentemos em breve em Portugal. Gostaríamos de passar algum tempo no teu país e chegar a conhecer-te. Muito amor e paz.

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