Review: Too Late To Hate (Lucifer's Friend)

Too Late To Hate (Lucifer’s Friend)
(2016, Cherry Red Records)
(5.9/6)

Depois de uma compilação (com um bónus a levantar um pouco do véu do que estaria para vir) e de um álbum ao vivo no seu regresso aos grandes eventos, só faltava mesmo um novo disco de originais para marcar de forma indelével um dos mais aguardados regressos dos últimos tempos. Falamos dos Lucifer’s Friend que regressam aos originais com Too Late To Hate, primeiro álbum de estúdio desde 1981. E é um regresso ao seu melhor nível com disco fantástico a começar no artwork e a terminar num conjunto de 12 temas que provam que os germânicos ainda estão aí para as curvas. Too Late To Hate é um disco de finos temas de hard rock com as guitarras bem puxadas e com um piscar de olhos a alguma modernidade na inclusão de alguns ruídos estranhos e sinistros criados pela eletrónica (Straight For The Heart ou Demolition Man). Os arranjos são de elevada classe e as linhas melódicas muito bem trabalhadas, por vezes cheias de sensualidade, sendo o melhor exemplo atingido em When Children Cry ou This Time, esta uma das mais brilhantes surpresas no seu registo blues. Outros temas que se destacam pela sua intensidade, melodia ou capacidade criativa ao nível da composição são Jokers And Fools, Tell Me Why (que piano mais delicioso!), I Will Be There e Brothers Without Name. Este belíssimo disco de um hard rock maduro, bem estruturado e elaborado, e de grande classe, termina com um momento de emoção que corresponde ao tema bónus, uma faixa de despedida gravada ao vivo no Japão. Assim, é caso para dizer apenas – ainda bem que voltaram, Lucifer’s Friend!

Tracklist:
1.      Demolition Man
2.      Jokers And Fools
3.      When Children Cry
4.      Straight For The Heart
5.      Tell Me Why
6.      Don’t Talk To Strangers
7.      I Will Be There
8.      This Time
9.      Tears
10.  Sea Of Promises
11.  Brothers Without Name
12.  When You’re Gone

Line-up:
John Lawton – vocais
Peter Hesslein – guitarras, teclados
Dieter Horns – baixo
Jogi Wichmann – teclados
Stephan Eggert – bateria

Convidado:
Pablo Escajola – congas em #4

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Edição: Cherry Red Records   

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