Giordano Boncompagni pode ser um nome desconhecido
para muitos de vós, mas conseguiu a proeza de juntar num álbum seu – New Shred Generation,
primeiro trabalho a solo – nomes como Aquiles Priester, Tony MacAlpine e Frank
Hermanny. Ultrapassada a curiosidade inicial desta parada de estrelas a
colaborar com um guitarrista desconhecido, a justificação fica bem patente na
qualidade de execução e de composição deste disco. O guitarrista transalpino
conta como tudo aconteceu.
Olá Giordano, tudo bem? Podes apresentar-te aos metalheads portugueses?
Olá pessoal! Tudo bem e obrigado pelo teu interesse!
Sim, eu sou um novo guitarrista italiano e lancei o meu primeiro álbum a solo
com um baterista de classe mundial do Brasil - Aquiles Priester.
Como foi a tua carreira antes deste álbum a solo?
Sim, lancei seis álbuns com a minha banda anterior Lunocode.
Sugiro que pesquisem os dois últimos C'è Vita
Intelligente Nella Terra que é um álbum ao vivo e um álbum de estúdio em
formato acústico com voz feminina. Totalmente diferente deste meu último álbum.
Centrando-nos agora em New Shred Generation,
quando começaste a trabalhar nesta coleção de músicas?
Está bem! Algumas músicas de New Shred Generation são músicas que foram descartadas quando
comecei a compor música para os Lunocode há cerca de 10 anos atrás, enquanto outras
foram escritas nos últimos anos, quando Aquiles confirmou a sua participação
neste projeto.
Sendo um guitar hero com um álbum de guitarra, como pensas que New
Shred Generation se poderá diferenciar de
outros álbuns de guitarra?
Acho que a experiência com Lunocode foi fundamental.
Este álbum é muito complexo, mas incrivelmente melódico, tanto que poderia ser
cantado, sem uma guitarra solo principal. Também fiz este álbum para colocar o
foco em toda a minha bagagem técnica, e nas ideias pessoais que criei em todos
os anos intensos de estudo.
Absolutamente fantásticos são os nomes que tocam
contigo. Como conseguiste?
Tony Macalpine, Aquiles Priester e Franck Hermanny são
grandes nomes da música internacional. É a primeira vez que tocam juntos nesta
formação. E eu sou o primeiro músico italiano a trabalhar com eles. Tudo
começou, há cinco anos, com Aquiles, depois de ele ter visto o meu vídeo no Youtube. Falou comigo e disse-me que era
possível fazer um álbum. Depois disso, apresentou-me Tony Macalpine, como
teclista. A partir daqui, começou toda a cadeia com Hermanny, Machado etc.
Deve ser uma grande honra tê-los no teu álbum...
Sim, é um grande prazer ter esses artistas comigo no
meu projeto a solo e ouvi-los juntos pela primeira vez. A minha principal ideia
foi Hermanny (o meu baixista favorito) com Priester (o meu baterista favorito),
a mistura perfeita para um álbum explosivo.
Fala-me da 10ª canção do álbum que não aparece na
lista de faixas do CD... De que se trata?
Sim! A faixa 10, Eternit,
é uma faixa bónus, no caso de haver uma edição especial ou japonesa de New Shred Generation. Não representa o
nosso álbum, sendo basicamente um medley
acumulado de solos dos Lunocode, que queria tocar com os meus velhos amigos.
Quem são os teus guitarristas favoritos?
Certamente Yngwie Malmsteen para a minha primeira
aspiração. Paul Gilbert pelo seu exercício e som explosivo. E finalmente Kiko Loureiro
pela sua criatividade. Este último era o guitarrista que eu mais queria imitar
com este álbum, apresentando um ''estilo Angra'' da era Aquiles Priester de Rebirth para Aurora Consurgens.
A tua primeira banda foram os Anima, certo? Está
definitivamente morta, mas de que forma essa banda influenciou o músico que és
hoje em dia?
Sim, a minha primeira banda foi Anima e lançamos uma demo com esse nome. Depois disso,
mudamos o nome da banda para Lunocode e lançamos mais quatro álbuns, um EP e um
álbum ao vivo. A experiência Lunocode foi muito boa e fundamental para criar um
lado artístico musical pessoal. Este álbum é complexo e técnico, mas sem uma
experiência anterior não seria tão artístico e melódico como o vejo hoje. Com Lunocode
fizemos música que ia do ambient,
progressivo ao power metal. Foi
inevitável não cuidar de alguns detalhes refinados.
A respeito de Lunocode, ainda estão ativos e
existem ideias para um novo álbum em breve, ou não?
Não! Atualmente, e infelizmente, paramos com o projeto
Lunocode. Em dez anos com cinco álbuns publicados, pensamos que era melhor
fazer uma pausa e fazer outro projecto. Talvez no futuro voltemos a fazer outro
álbum.
Próximos projetos a serem realizados? Está planeada
alguma tour?
Sim, estou com novo projecto cantado com voz masculina
com alguns velhos amigos meus. Será um duplo álbum provavelmente para 2018\2019
com um grande cantor – fiquem atentos! Quanto ao meu álbum, infelizmente, dada
a extrema dificuldade em o executar, tenho necessidade de ter pessoas como
Aquiles, Malcalpine e Hermanny. É impossível com a minha posição, mas espero organizar
uma simples masterclass ou clinic para contar a história deste
projeto.
Muito obrigado Giordano! Queres acrescentar mais
alguma coisa?
Comentários
Enviar um comentário