Entrevistas: Vicolo Inferno




Afetados por uma drástica mudança de formação os Vicolo Inferno até conseguiram um processo de gravação menos doloroso para o seu segundo trabalho de originais – Stray Ideals. Um muito bem humorado Igor Piattesi, acompanhado pelos novos recrutas, Michele Gollini e Wallace, falaram com Via Nocturna.

Novo álbum para os Vicolo Inferno... três anos após Hourglass! Como se sentem e o que fizeram durante esse período?
Igor Piattesi (IP): Muitas coisas aconteceram: tivemos duas mudanças de line-up, continuamos com a promoção do nosso álbum de estreia na Itália e Reino Unido e, claro, escrevemos o novo material para Stray Ideals. Agora sentimo-nos fortes e cheios de energia para pisar tantos palcos quanto possível como forma de suporte deste nosso novo álbum.

Pegando, precisamente pelas mudanças de formação, de que forma isso afetou o processo de composição desta nova coleção de músicas?
IP: Para além da inevitável perda de tempo, uma vez que este novo line-up entrou em andamento, o processo de escrita foi bastante rápido. Claro que para os novos membros isso significou que algumas das ideias por trás de algumas canções partiram de ideias de outras pessoas, mas há sempre tempo para se reorganizarem e adaptarem. No entanto, podemos dizer que mais de metade do disco foi composta com Gollo e Wallace, enquanto nas outras canções só tiveram, que aceitar o que já estava feito... pagamos-lhe generosamente para aceitarem isso (risos).

Desta forma, como foi a adaptação dos novos membros?
IP: Os novos membros são sempre "torturados" por mim e pelo Marco (estou a brincar)... mas o melhor é eu deixá-los dizer se realmente se queriam adaptar ou se foram forçados a se adaptar… (risos)
Michele Gollini (MG): Demorei algum tempo para perceber as ideias por trás de um processo de escrita onde não estive, especialmente tentando entender o que os outros procuravam, a forma como se aproximaram criando novas ideias, adaptando o meu próprio estilo às novas músicas e, quando possível, adaptando as novas músicas ao meu estilo, mas acima de tudo procurando uma forma de entrar nos pensamentos de Marco (a propósito, entrar nos pensamentos de Marco é uma viagem de ida).
Wallace (W): Juntar-se a uma banda já "comprovada" nunca é muito fácil, mas geralmente é a música que torna tudo mais fácil. Uma vez que tinha método de trabalho e processo criativo o resto veio por si mesmo, e os diferentes backgrounds musicais de cada um de nós criou a atmosfera que tornou ainda mais natural. Agora, depois de vários espetáculos, depois de toda a fase de composição do novo álbum e do período passado no estúdio para gravá-lo, parece-me que eu sempre brinquei com esses três desleixados...

Podes descrever um pouco de todo o processo que vos levou até Stray Ideals?
IP: O processo de escrita foi sempre muito natural. As faixas nasceram por volta do final do período de promoção do primeiro álbum, sempre na sala de ensaio simplesmente a partir de um riff de guitarra ou de uma linha vocal. Infelizmente (apenas porque às vezes é mais rápido), nunca seguimos "tendências modernas" como gravar ideias separadamente para trazer para a sala de ensaio uma música quase terminada... nós fazemos tudo juntos. Portanto, uma espinha dorsal da música forte é moldada em algo menos cru, terminando, então, nas pré-produções, e às vezes diretamente no estúdio onde inevitavelmente há sempre algo que muda. Uma canção dos Vicolo Inferno nunca é considerada acabada até terminarmos o mastering (risos).

De que forma este trabalho é diferente quando comparado com o vosso anterior?
IP: Crescemos, aprendemos com as experiências positivas e negativas do primeiro álbum e tentamos colocar um pouco mais de cuidado em todos os aspetos da composição do novo material. Foi crucial levar três meses para as pré-produções porque nos ajudaram muito durante o processo de gravação real.

E como foi a experiência de gravação?
IP: Definitivamente muito suave em comparação com o trabalho anterior, cuja gravação e produção se espalhou durante mais de um ano por razões não relacionadas connosco. Desta vez tudo foi feito num mês, encontrando em Riccardo "PASO" Pasini dos Recording Studio 73 em Ravenna um verdadeiro profissional com atributos, bem como o perfeito "parceiro" para trazer o melhor som possível para o nosso novo disco.

Podes contar-nos essa história que liga Vicolo Inferno ao Forum Cornelii, há 500 anos?
IP: Um evento histórico com tanto de cruel como de fascinante, tanto que abalou a população na época. Depois de uma sangrenta batalha numa rua (Vicolo Inferno), a maior parte da nossa cidade sentiu como era viver o inferno na terra - interesses políticos, rivalidades entre chefes de família. O mais romântico, relatou que havia uma disputa por uma linda senhora... tu percebes, quando acontece tal pandemónio, há sempre uma mulher por trás.

Que mais está previsto para promover este novo álbum nos próximos tempos?
IP: Como sempre, estamos a tentar tocar ao vivo o máximo possível para o fazer chegar a tantas orelhas novas quanto possível e planeamos fazer o nosso primeiro vídeo nos próximos meses. (Se Deus quiser)

Obrigado Igor e Vicolo Inferno! Desejam acrescentar mais alguma coisa?
Muito obrigado! Venha visitar-nos nas nossas páginas de facebook, twitter e loja de Bigcartel... se estiverem interessados em merchandise saboroso.

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