Entrevista: Dirty White Boyz

Tony Mitchell (Kiss Of The Gypsy e Kingdom Of Deadmen) começou a escrever o seu quinto álbum. Eventualmente, a Escape Music ouviu e sugeriu que Tony começasse a trabalhar com alguns músicos associados à editora. Havia pois que arranjar um novo nome e surgiu Dirty White Boyz, que já tinha sido uma anterior banda de Mitchell. O resultado final é o que se pode ouvir em Down And Dirty complementado pelas explicações do vocalista e guitarrista.

Olá Tony, como está? Como surge este teu novo projeto Dirty White Boyz?
Em 2016, decidi voltar às minhas raízes do rock melódico escrevendo e gravando um novo álbum solo. Quando o tinha quase terminado, em vez de o lançar, como habitualmente, pela minha própria empresa XGYPSY Music, enviei-o para algumas editoras. Tudo o que queria era lança-lo mas Khalil Turk da Escape Music sugeriu-me que eu regravasse as músicas com músicos estabelecidos que ele conhecia e com quem já trabalhava há muitos anos. Concordei e em vez de ser um álbum de Mitchell, tornou-se um projeto de banda.

Porque a escolha deste nome, particularmente com o z no final de Boyz?
Sugeriu-se que o gravássemos como um projeto Kiss Of The Gypsy mas eu não queria essa associação. Khalil pediu algumas ideias de nomes para a banda, pelo que lhe mandei alguns. Um desses foi Dirty White Boyz, já que em 1984 assinei o meu primeiro contrato de gravação com a Spirit Records com uma banda chamada No Hard Feelings, embora nos chamássemos até essa altura Dirty White Boyz, altura em que mudamos. O nome é uma espécie de ressuscitar a minha banda de 1984.

De que forma este álbum se aproxima ou distancia dos teus trabalhos anteriores?
Antes de Kiss Of The Gypsy estive numa banda chamada Fantazia que era uma banda de AOR/rock melódico e quando tentávamos fazer um contrato de gravação, a maioria das companhias dizia que éramos muito melódicos e não suficientemente pesados para eles. Como resultado disso, Kiss Of The Gypsy nasceu com uma abordagem mais rock clássico. Desde então, fiquei na cena do rock clássico uma vez que os álbuns de Mitchell, até formar os Kingdon Of Deadmen, eram muito mais pesados de que qualquer coisa que tenha feito antes, tendo lançado dois álbuns conceptuais dos quais me orgulho muito.

Foi a primeira vez que trabalhaste com estes músicos? Aparentemente, e olhando para a qualidade do material apresentado, a química entre vocês esteve bem presente…
Sim, a química esteve lá desde o primeiro momento. Eu não conhecia estes músicos, mas conhecia o seu trabalho e a grande reputação que têm na comunidade rock.

Em termos de composição foi um trabalho de equipa ou esteve apenas centrado em ti?
Como o álbum já estava escrito no momento em que Khalil me apresentou aos outros elementos, foi difícil envolvê-los no processo criativo, pois tínhamos um prazo para nos conhecermos. No entanto, individualmente, todos eles colocaram a sua marca inconfundível neste álbum e ele assumiu uma nova vida.

Durante quanto trabalhaste neste disco?
On & off, este álbum levou cerca de um ano para escrever, gravar e produzir, já que também estive envolvido na escrita e gravação de outros projetos ao mesmo tempo e tinha que fazer tudo ao mesmo tempo.

Podes contar-nos um pouco da forma como decorreram as sessões de gravação?
Quando gravei as demos, fiz tudo a partir dos estúdios XGypsy e quando Escape quis lançar o disco, Paul, Neil, Nigel & Neil entraram, houve muita troca de ficheiros, para que cada membro pudesse estabelecer as suas faixas e quando estava tudo bem, Paul juntou tudo.

Estão a preparar alguma coisa para levar Down And Dirty para palco?
Felizmente, já fizemos alguns espetáculos. Um em janeiro no festival Just Say Yes onde obtivemos uma grande resposta. Também tivemos o nosso espetáculo de lançamento do álbum a 8 de abril. Estamos a tentar alguns festivais no Reino Unido ou fora. Nenhuma tour está planeada para já.

Este é um projeto para ficar ou apenas para um álbum só?
Sempre disse que, se houver interesse em nós e o álbum for bem recebido, então vamos ficar a bordo deste comboio de Rock n Roll durante o tempo que pudermos. Com todos nós envolvidos em tantos projetos em andamento, é difícil encaixar tudo, mas até agora, estamos todos a escrever e gravar novo material para um novo álbum, portanto esperamos que acha um sucessor deste álbum.

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