Se querem um fantástico disco, não percam de vista Faces In The Sand Part One
dos britânicos Jupiter Falls. A banda já começou, entretanto, a trabalhar na
segunda parte que promete ser ainda mais excitante. Enquanto ela não chega
deliciamo-nos com um dos melhores discos do ano sendo que o vocalista James
Hart nos ajudou a perceber melhor não só este disco como toda a orgânica da
banda.
Olá James, obrigado pela tua disponibilidade. Em
primeiro lugar, parabéns pelo vosso excelente álbum. Devem estar muito felizes
com o produto conseguido, não?
Obrigado pelas tuas palavras amáveis.
Estamos todos muito orgulhosos do novo disco e é um enorme passo relativamente
ao nosso primeiro álbum (do qual também estávamos muito orgulhosos e que
recebeu excelentes críticas). No entanto, este é diferente, a música é mais
madura e o som geral mais grandioso. E a reação da imprensa foi espetacular, por
isso estamos todos muito satisfeitos.
Podes descrever como todo o processo que originou Faces In The Sand – Part One
se desenvolveu?
Na verdade, o álbum já tinha sido escrito
em demo antes do lançamento do Revolution (o nosso primeiro disco) que
levou muito tempo a sair devido à demora na mistura em L.A, por isso, mantivemo-nos
ocupados a escrever. O plano era ter Faces
In The Sand no final de 2016, mas tivemos uma mudança de formação com a
chegada de Luke para a bateria, de forma que nos fez recuar alguns meses, mas como
ele foi absolutamente fantástico em estúdio, a espera acabou por não ser tão
grande.
Portanto, durante quanto tempo trabalharam nestas músicas?
Foram escritas ao longo de alguns
meses em 2015. Somos escritores bastante prolíficos e assim quando começamos a
gravação de uma nova demo temos uma grande
coleção num curto espaço de tempo.
O que mais vos inspira no processo criativo?
Falando por mim, em termos líricos, penso
em experiências de vida que tive e quando tenho uma demo de Deano (que faz todas as músicas) às vezes ele pede um determinado
assunto. Se eu conseguir relacionar um momento da minha vida a esse assunto
então flui muito naturalmente.
E em termos musicais, que bandas ou artistas mais vos
influenciam, ou pelo menos, que vocês mais ouvem?
Pessoalmente, os artistas que ouço
variam de semana para semana, mas ao longo dos anos tenho ouvido principalmente
coisas como Guns N 'Roses, Avenged Sevenfold, Shinedown e Alter Bridge. Penso
que isso se reflete na nossa música, já que muitas reviews referem que notam as suas influências.
Como se proporcionou a participação de Chris Clancy
no tema This Is A War We Can Not
Win?
Todos nós somos grandes fãs de Wearing
Scars e Mutiny Within, pelo que já conhecíamos o Chris. E para ser honesto,
tudo o que fiz foi contactá-lo e perguntar-lhe se gostaria de ser convidado. Enviei-lhe
a pista em demo e aceitou. Tudo isso
foi feito muito rapidamente. Ele é uma pessoa impecável o que também ajudou. Também
iremos ter um enorme nome como convidado na parte 2 mas ainda não podemos
revelar mais nada.
Com um trabalho de qualidade superior como este
entre as mãos, até que ponto achas que os Jupiter Falls podem ir? Quais os
vossos objetivos mais próximos?
Mais uma vez obrigado por esse
comentário, que realmente significa muito para nós. Pessoalmente acho que com a
reação que recebemos para o novo álbum podemo-nos sentir bem. Desde que as
pessoas ouçam e apreciem a nossa música, fico feliz. Os próximo objetivos para
nós, seriam alguns dos principais festivais. Iremos tocar no Wildfire em junho
que é um grande festival, mas gostaríamos de ter mais como esse no calendário.
Com a expressão Part One no título, podemos esperar que haja mais
partes no futuro? Já estão a trabalhar ou já têm algumas ideias para a
continuação deste material?
Absolutamente, Faces In The Sand Part 2 já tem um número de faixas confirmadas
para o disco, incluindo a faixa-título que desta vez tem mais de 13 minutos. Na
minha opinião e na de algumas poucas pessoas que já o ouviram é mesmo melhor do
que a parte um. Nesta altura, temos algumas ideias novas em germinação para
algumas novas faixas a adicionar às confirmadas. Apenas preciso escrever
algumas letras. Em termos de execução técnica, a fasquia é mais elevada ainda. São
algumas novas faixas que até agora não teriam sido possíveis. Entre as duas
partes também haverá uma surpresa agradável para os nossos fãs e que já estamos
a planear há algum tempo. Tudo será revelado na devida altura.
A capa do álbum é realmente fantástica. Quem foi
o responsável? Consegui captar a totalidade da essência do disco?
Adoramos todo o trabalho artístico.
Foi feito por Pete Alander, que também já tinha feito a capa de Revolution e que também recebeu um prémio
pelo seu trabalho no álbum 13 dos
Black Sabbath. Ele é um artista tremendo que definitivamente apanhou o que procurávamos.
Já foi um pouco abordado atrás, mas agora mais
detalhadamente, que temáticas são mais focados nas tuas letras?
As letras são todas baseadas em
coisas que aconteceram na minha vida, mas com as quais todos os outros membros
se podem relacionar. Dito isso, a faixa-título é toda sobre uma altura da minha
vida que não estava bem devido a uma doença, mas fala como não de me deixei
abater por ela e como lutei todos os dias. Também abordamos temas como o amor,
a perda, a morte, o estado do mundo de hoje e a merda que vemos todos os dias. Por
isso, todos se podem relacionar com elas.
No que toca a vídeos, já existem dois, estou certo?
Porque escolheram esses temas?
Por agora só temos um lyric video de Nothing To Me e o áudio da faixa-título. Isso mostra os dois lados
totalmente diferentes do que fazemos. Num momento podemos ser muito sérios e,
logo a seguir, brincar. Nothing To Me
resulta muito bem ao vivo. Funciona como um verdadeiro rocker. Obrigado!
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