Info-reviews Maio

Hell’s Crows (Hell’s Crows)
(2017, Valery Records)
Depois de dois trabalhos autoproduzidos (uma demo em 2008 e um EP em 2010) os italianos Hell’s Crows chegam ao seu primeiro longa-duração. Um trabalho homónimo composto por onze temas de heavy/power metal com influências progressivas que dificilmente pode ser descrito numa palavra apenas. O destaque vai para a capacidade criativa, com solos de belo recorte técnico e alguns malabarismos que o colocam próximo do que faziam uns Crimson Glory, por exemplo. Por outro lado, a aproximação, por vezes, a um metal moderno/nu metal complica a equação, tornando o disco menos apetecível. (4.8/6)


I Am The Way, The Truth And The Life (Choirs Of Veritas)
(2017, Underground Symphony)
Encontrar um álbum conceptual de metal cristão não é muito vulgar mas é essa a grande aposta dos Choirs Of Veritas, sendo que I Am The Way, The Truth And The Life é um disco de metal sinfónico e progressivo com alguma complexidade e algumas estruturas bem conseguidas. Destaque, essencialmente para o bom trabalho nos solos, essencialmente ao nível dos teclados (pianos, órgãos e até órgãos de igreja) a funcionar muito bem e nos jogos vocais, com o excelente desempenho da mezzosoprano Eliana Sanna. (4.9/6)


Nothing To Do With Hell (Roctum)
(2017, Inverse Records/Secret Entertainment)
Roctum não é apenas uma banda – é uma experiência holística. O coletivo finlandês é composto cinco super-heróis que quer levar os seus fãs para o seu mundo explosivo de hard rock teatral. E assim, a banda é conhecida por colocar os espetadores dos seus concertos a viverem situações e aventuras perigosas. Um hard rock teatral que também se vislumbra nos seus registos em estúdio, como este EP de apenas três temas verdadeiramente explosivos. (5.1/6)


Heart’s Desire (The Loft Club)
(2017, Lightyear Entertainment)
Os The Loft Club são um quinteto britânico de indie rock que busca influências em nomes como Buffalo Springfield, Fleetwood Mac, The Byrds, Ryan Adams ou Noel Gallagher. Heart’s Desire foi um EP composto por quatro temas originalmente lançado em 2016 e que agora é alvo de uma nova edição com a inclusão de uma remix do tema título, remix essa efetuada por Niklas Ibach. (4.4/6)


Regressus (Mystic Prophecy)
(2017, Massacre Records)
Depois da reedição em janeiro deste ano de Vengeance, primeiro álbum dos Mystic Prophecy, a Massare Records aproveita a embalagem e faz o mesmo com o segundo disco dos germânicos, Regressus. Regressus foi, originalmente, lançado em 2003 e marcava a posição dos Mystic Prophecy no cenário do power metal europeu pelo seu poder e pelas dinâmicas introduzidas. Claramente mais equilibrado que o seu antecessor, Regressus é um marco importante ca carreira desta banda, uma das mais consistentes do metal atual. Esta nova edição traz duas faixas bónus – os temas Lords Of Pain e Eternal Flame registados ao vivo no Wacken Festival em 2004. (4.9/6)


Seeds Of Chaos And Serenity (Ruins Of Elysium)
(2107, Independente)
Depois do EP Daphne ter criado bastante burburinho no cenário symphonic metal, o projeto italo-brasileiro Ruins Of Elysium regressa com o seu mais ambicioso trabalho, o longa duração Seeds Of Chaos And Serenity. São 75 minutos de temas épicos, guitarras agressivas e baterias rápidas, tudo envolvido nesse elemento que deve ser único no metal: os vocais operáticos do tenor de Drake Chrisdensen. Contendo abordagens a temáticas tão díspares como astrologia, bruxaria, assuntos sociais ou a cultura grega, Seeds Of Chaos And Serenity é um verdadeiro desafio para os amantes do symphonic metal. (5.0/6)


Last Stand (Chasing The Serpent)
(2017, Independente)
A curiosidade em torno desta jovem banda alemã é que não nasceu na Alemanha… mas no Peru, por ação Ivan Carranza que depois se mudou para a Europa. Este primeiro EP do coletivo tem três temas que deixam uma impressão muito boa. A voz de Janina Ruopp tem um timbre especial que, por exemplo, num tema como The Calling respira algum blues. Quanto à música dos Chasing The Serpent, esta situa-se entre um hard rock melódico e um heavy metal melódico, que por vezes irrompe por algo próximo do modern metal. O sentido de melodia está bastante apurado, a criatividade na composição é evidente e as três composições são bastante apelativas. Aguardamos por algo mais substancial. (5.6/6)


Home Is Where The Heart Is (Jive Mother Mary)
(2017, Independente)
O novo EP dos Jive Mother Mary é a prova do contínuo crescimento em termos de composição dos americanos. O seu rock sulista tem as melodias e as harmonias vocais que sempre caraterizaram nomes como Eagles ou Crosby, Still, Nash & Young adicionado com uma cobertura rock ‘n’ roll da Califórnia. O resultado é uma agradável mistura de southern, blues, rock ‘n’ roll e country, a perfeita inclusão de todas as raízes da música americana de índole rural. (5.8/6)

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