Entrevista: Greasy Tree

Trio experiente, que sente o blues, que tem atitude e que apresenta um sensacional álbum de estreia. Dustin “Red” Dorton, dos Greasy Tree, fala-nos desta nova experiência e da sua sensacional estreia.

Olá, como estás? Quem são os Greasy Tree? Podes apresentar a banda aos rockers portugueses?
Olá, de momento estamos bem. Estamos com vontade de chegar à Europa. Somos o Cameron, Jacob e Red. E somos os Greasy Tree. Somos uma banda de Rock n Roll do canto nordeste do Arkansas, cerca de uma hora a noroeste de Memphis TN. A banda formou-se no final de 2014 após uma tournée europeia com os Starroy. Nós três decidimos entrar em estúdio e escrever algumas músicas e chamamos a isso de Greasy Tree! Obrigado pelo teu tempo, nós agradecemos.

Como surgiu a oportunidade de formar os Greasy Tree e como tem sido o vosso trajeto até agora?
Quando a banda começou, no inicio, tivemos que aprender a tocar como trio. Começamos a escrever músicas e a tocar em alguns shows locais. Com o dinheiro que fizemos nesses espetáculos, entramos em estúdio aproveitando todas as possibilidades que pudemos e lançamos nosso trabalho homónimo no início de 2017. No processo de tudo isso, sinto que nos tornamos uma boa banda. Todos nós tocamos os nossos instrumentos há anos e com a nova voz que encontramos em Cameron, adoramos esta banda. O trajeto tem sido divertido e aprendemos muito. Mas estamos apenas a começar. Os Greasy Tree têm muito mais para dar.

É possível verificar que já tiveram anteriores experiências musicais relevantes antes dos Greasy Tree…
Sim, todos nós já antes estivemos envolvidos em lançamentos de álbuns com outras bandas. E estivemos em tournée pela Europa em 2014. Foi isso realmente que nos fez falar sobre começar os Greasy Tree. Adoramos ter uma saída musical e realmente gostamos de compartilhar a nossa arte com outras pessoas. Não há melhor sensação do que saber que a música que vem de dentro de nós pode afetar alguém, mesmo que seja apenas uma canção. Isso é poderoso!

Sentes que este vosso trabalho homónimo recém-lançado tem um enorme potencial? São altas as vossas expetativas?
Na verdade, falamos sobre isso há dias. Gravamos este álbum com um baixo orçamento e estamos orgulhosos disso. O primeiro disco de uma banda é um bom ponto de partida. A maneira como escrevemos e tocamos juntos só pode melhorar a partir daqui. Os objetivos para este disco era lança-lo e, espero, fazer uma tournée para ganhar algum dinheiro para o próximo disco. Mas este álbum ficou muito bom. Espero que alguém que goste de uma banda bluesy rock n roll aproveite os Greasy Tree.

Sinto que o vosso álbum tem um som muito orgânico. Foi gravado ao vivo em estúdio?
Sim, gravamos ao vivo. Existem alguns pontos que têm overdubs, mas este é definitivamente um álbum de estúdio ao vivo. Pete Matthews sabe como capturar a sensação ao vivo da banda. Apenas estando em Memphis, podes sentir a sua rica história e a cultura que não tem paralelo.

Já agora, há muita improvisação?
Escrevemos as músicas apenas uma semana ou duas antes de as gravar, portanto, tínhamos algumas estruturas, mas improvisamos noutras. Com isso, sendo um trio e conhecendo-nos musicalmente, a improvisação é algo que fazemos com muita frequência, até mesmo ao vivo.

Puseram um post no vosso Facebook sobre a morte de Chris Cornell. De alguma forma ele foi uma influência ou inspiração para vocês?
Definitivamente, Chris Cornell foi uma influência para todos nós. Ele foi um excelente escritor de canções e uma das melhores vozes que já existiu. A sua morte foi tão trágica, que efetivamente nos faz agradecer pela saúde e pela boa sorte.

Como foi trabalhar com Pete Matthews, um nome com tanta experiência?
Eu e Pete já tínhamos trabalhado juntos no passado. Eu sabia que ele seria capaz de capturar o que procurávamos. Pete é um dos melhores. A High/Low Recordings deslocou-se recentemente para a única estrutura em Memphis originalmente criada para ser um estúdio. Iremos novamente para estúdio neste fim de semana e mal podemos esperar para trabalhar com Pete e Toby novamente.

Ele puxou-vos até ao limite por forma a fazer sobressair todo o vosso potencial…
Trabalhamos muito bem com Pete, e sim, ele sabe como fazer o melhor. Somos uma banda muito jovem, mas estar rodeado de verdadeiros profissionais é uma ajuda tremenda.

Descobri uma frase curiosa no vosso site: a infused blues trio with excess hair and even more attitude... Queres comentar (risos)...
Ha, definitivamente temos muito cabelo e tocamos com atitude. Na verdade, todos somos muito tranquilos e é fácil darmo-nos bem (risos).

No início do próximo ano virão até à Europa... e não será a primeira vez para nenhum de vocês. Que memórias têm do velho continente e quais as perspetivas para o regresso?
Adoramos a Europa e a cena musical europeia. Os fãs que encontrei em toda a Europa foram muito gentis e apreciativos do que fazemos. Espero que isso continue nesta tournée e nas que se seguirão.

E até janeiro/fevereiro, por onde andarão os Greasy Tree e a fazer o quê?
Neste verão, estaremos a tocar no sul central dos Estados Unidos e já estamos a começar a trabalhar num novo disco para 2018. E, claro, anteciparemos ansiosamente o nosso regresso ao Velho Continente. Saudações e muito obrigado pelo teu tempo. Obrigado também a quem está a ler isto. Saudações e esperamos vê-los a todos em breve!

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