Passando
de um trio para um quarteto, também a música de Alex Lopez se tornou menos crua
e mais elaborada e polida. Pelo menos é assim que o compositor americano
analisa para Via Nocturna o seu mais recente trabalho intitulado Slow Down. Embora estejam longe de abrandar, músico e
banda que o acompanha, os Xpress, acabam por assinar o seu melhor registo.
Olá
Alex, como estás? Obrigado pela tua disponibilidade. Podemos começar por
apresentar os Xpress aos rockers portugueses?
Antes de
mais, deixa-me dizer-te obrigado pela oportunidade de conhecer os amantes portugueses
de música portuguesa. Os Xpress são a minha banda de tournée com quem gravei o álbum. São Gary Dowell nos teclados, Steve
Pagano no baixo e Michael Maxim na bateria. Cada um deles é um músico incrível que
traz experiência e injeta a sua personalidade na música.
Como
foi o teu trajeto musical antes de Slow Down?
O meu trajeto
é um pouco diferente. Comecei como a maioria dos jovens músicos a tocar em
clubes locais tentando estabelecer um nome. Mas, depois, fiz uma pausa para a faculdade
e para cuidar da família, apesar de nunca ter perdido a minha paixão pela
música. Demorou este tempo para escrever este conjunto de músicas, mas
regressei mais forte do que nunca. Nos últimos anos consegui lançar um par de
álbuns, tocar regularmente e, finalmente, construir a Xpress como a minha
banda.
Foquemo-nos
em Slow
Down. Quando começaste a trabalhar neste
disco?
Eu escrevo
música constantemente, mas comecei a conceber este novo álbum no outono de 2016.
Foi quando comecei a juntar as músicas num pacote coeso.
Uma
vez que Slow
Down é já o teu terceiro álbum, de que
forma se aproxima ou afasta, em termos
musicais, dos teus trabalhos anteriores?
Os meus dois
primeiros álbuns foram propositadamente escritos e produzidos para uma banda de
três elementos, que foi como comecei. Nesses primeiros álbuns, também adotei
uma abordagem muito live e crua para a produção. Queria que eles soassem como
um grande álbum e com um autêntico som bluesrock
dos princípios. Com Slow Down,
escrevi música que incluiu teclados e tive uma abordagem muito mais polida e
sofisticada na gravação.
Como
foi o processo de composição? Foi trabalho de equipa ou maioritariamente
centrado em ti?
Normalmente
escrevo apenas eu. Trago demos
gravadas no meu estúdio caseiro e mostro à banda para que acrescentem a sua
interpretação da música. Quando já trago as músicas prontas, eles adicionaram a
sua personalidade que as faz tornarem-se grandes!
Trata-se
de um álbum conceptual? O que é o tema principal?
O álbum
tornou-se um álbum conceptual bastante orgânico. É uma história de luta e
redenção de uma pessoa contra o vício, embora possa relacionar-se com qualquer
tipo de luta. Penso no álbum como uma viagem desde o ponto mais baixo até à salvação.
A
respeito das sessões de gravação, como foi a experiência de estúdio? Correu
tudo como planeado?
Eu adoro
trabalhar em estúdio. É um ambiente onde me sinto bastante confortável. Honestamente
tudo correu tão bem no estúdio que acho que fomos afortunados. A surpresa que
tive foram as grandes performances
que aconteceram.
O
álbum tem duas faixas bónus. Que temas são e com que objetivos foram incluídos
no CD?
Quando estávamos
a ensaiar o álbum com a banda, tocámos essas músicas. E o meu teclista disse:
"Essas músicas são demasiado boas para deixar de fora. Uma delas poderia
ser incluída”. Porém elas não se encaixavam no conceito, portanto, tive a ideia
de as incluir como faixas bónus. O conceito termina com a reprise de Slow Down e as
outras duas canções devem ser vistas como unidades individuais. Esperemos que
os fãs as vejam como algo positivo.
Existem
planos para levar Slow Down para a estrada?
Absolutamente,
e estou esperançado de também poder visitar a Europa. Talvez nos vejamos em Portugal...
Obrigado,
Alex! Queres acrescentar mais alguma coisa?
Mais uma vez
obrigado e espero que a minha música se conecte de forma positiva com todos em
Portugal.
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