Motivação
não falta a estes Wind Rose, quinteto italiano de symphonic/power/folk metal. E Stonehymn, o seu terceiro trabalho (primeiro para a Inner Wound Recordings) vem
demonstrar a evolução que a banda tem evidenciado. Via Nocturna falou com
Francesco Cavalieri, o vocalista do ambicioso coletivo.
Olá,
vai tudo bem no reino dos Wind Rose?
Olá, aqui é o
Francesco! Tudo bem por aqui, melhor do que nunca!
Este
vosso terceiro álbum é o trabalho mais ambicioso e ousado até à data?
As nossas obras
são sempre ambiciosas, mas para um projeto sólido durar para sempre precisa de
tempo para ser ajustado.
Mudaram
alguma coisa na metodologia de trabalho em relação aos álbuns anteriores ou
não?
Da mesma
forma de sempre - Federico e Claudio com as ideias musicais. Depois reunimo-nos
para ajustar ou trocar algumas partes. Depois fazemos as linhas vocais... Se faltar
alguma coisa, fazemo-la em conjunto. É assim!
Os
elementos folk são agora mais evidentes. Foi
uma decisão consciente ou simplesmente saiu assim?
Desde o álbum
anterior que queríamos ser mais folk
e com The Breed Of Durin, percebemos
qual o caminho seguir.
Mais
precisamente, como foi trabalhar em termos de composição e gravação das partes
corais e orquestrais, que são verdadeiramente sumptuosas?
Compor e
gravar novas coisas é sempre a parte mais engraçada do nosso trabalho, com a
fantasia a rodear-nos nas noites passadas nosso estúdio. Os coros são, talvez,
uma das partes mais complicadas, porque os faço de ouvido, sem regras musicais
e por vezes não funcionam e tenho que passar algum tempo nisso. Mas acho que
sempre obtivemos bons resultados.
Por
que escolheram um título como Stonehymn? Tem
algum significado especial?
Foi um nome fixe
para o álbum. Lembra-nos o 'som' que escolhemos para as nossas músicas: mais breakdowns pesados e riffs fortes e apertados.
O
álbum também tem duas pequenas introduções. Que efeito pretendem alcançar com
esses temas substancialmente diferentes do resto do álbum?
Geralmente,
as intros são partes de músicas que foram
cortadas para ficarem mais curtas em termos do disco. Gostamos muito delas, por
isso escolhemos a mais efetiva como Intro
para o álbum e a outra que serve de introdução a um tema inspirado na natureza
e nos nativos americanos.
Em
termos históricos, sendo a Itália, a origem do Império Romano, como se vêm no
papel de bárbaros (risos)?
Boa pergunta
(risos)! Definitivamente podemos ver-nos como bárbaros! Mas não gostamos de ser
confinados a um estereótipo, especialmente se for chamado pelo poder de outra
pessoa. Somos espíritos livres.
Embora,
e curiosamente, alguns dos vossos temas nem sequer estejam relacionados com a
história dos povos bárbaros, pois não? Há temas como o velho oeste selvagem e a Terra-média…
Não, o nosso
álbum não está relacionado com os bárbaros. Escolhemos Natives e Dwarfes (The Hobbit) porque são duas pessoas que
lutaram pelas terras e nós apreciamos essa mistura entre História e fantasia e
encontramos um som porreiro que poderemos seguir no futuro. Podem esperar algumas
coisas novas neste sentido!
O
mestre da música italiana Ennio Morricone teve alguma influência no som dos
Wind Rose?
Sim, de facto.
Se pensares no velho oeste selvagem na música, pensas logo em Morricone com
certeza. Ele criou um som realmente muito fixe que, com certeza, irá inspirar
as gerações vindouras.
E
que outras influências ou inspirações apontam?
Somos
influenciados pelo metal do norte da
Europa, adoramos o folk metal, mas
encontramos a nossa maneira de o fazer sem copy/paste
das bandas de Viking metal.
Como
estamos no que concerne a tours ou festivais de verão? Têm alguma
coisa planeada?
O álbum foi
lançado há quase 2 meses, foi uma bomba, mas chegou tarde para fazer mais
festivais que estes. Tocamos no Masters
of Rock (CZ) e foi uma explosão, agora estamos à espera o Bloodstock Open Air em agosto, que será
um dos espetáculos mais importantes que já fizemos. Estejam lá!
Obrigado,
Francesco! Queres acrescentar mais alguma coisa?
Começamos numa
cidade pequena, sem contactos, mas com grande ambição e ainda não terminamos. Estamos
determinados a alcançar a cúpula com os mais importantes nomes internacionais do
metal, e juramos que faremos isso
mesmo que seja a última coisa que fazemos.
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