Depois de dois
álbuns para a Rocktopia, os Ten regressam à sua editora de (quase) sempre, a
Frontiers, para lançarem o álbum mais negro da sua história, Gothica. E a banda britânica, que já
leva mais de duas décadas de carreira, continua a mostrar-se em plena forma.
Desta vez, foi o guitarrista solo, Dann Rosingana, quem nos respondeu.
Olá
Dann, como estás? A última vez que entrevistamos o Gary, em 2015, estavam de
saída da Frontiers para a Rocktopia. Agora, dois anos passados, os Ten estão de
regresso à editora italiana. O regresso do filho pródigo?
Bem, Gary tem uma história tão longa com a Frontiers,
que acho que haveria sempre essa possibilidade de os Ten trabalharem novamente
com Frontiers.
Já tinham o álbum terminado quando assinaram pela
Frontiers?
Não. Só terminamos o álbum no final de 2016. Gary
deu-nos as demos em outubro e eu fiz
as minhas peças em dezembro.
O que mudou em Gothica em comparação com os vossos últimos trabalhos?
Gothica tem algumas músicas longas com
partes instrumentais. Mais do que em Albion
e em Isla de Muerta. Incluímos muitas
ideias e sons de teclados pelo que acho que trazemos algo novo com este disco.
Tudo isso também dá uma ideia de um registo um pouco
mais escuro. Concordas?
Sim, definitivamente é um registo mais escuro, mais do
que os dois últimos. Muitos dos meus amigos também já mencionaram isso.
Mas mantendo a mesma temática em termos históricos?
Sim. Os assuntos que Gary escreveu inclinam-se para um
som pesado som e perspetiva de se fazerem músicas mais longas, algo que eu
penso ser uma boa ideia.
Como decorreu o processo da composição de Gothica, podes fala-nos
disso?
O processo foi o mesmo que os nos dois últimos álbuns.
Gary vai até à fase onde tem as canções e eu costumo tê-las durante cerca de
duas semanas, ouvindo-as muito, no carro ou em casa. Quando estou a ouvir,
gosto de cantar a forma como deve ser o solo quando não tenho uma guitarra
comigo. Durante as duas semanas seguintes registo algumas ideias. As gravações
finais são feitas com Gary para que ele possa ouvir novamente na eventualidade
de fazermos pequenas mudanças.
Há uma tendência notória de fazer algo diferente do
que fizeram em Albion e Isla de Muerta. Foi
premeditado?
Bem, uma vez que Albion
e Isla de Muerta faziam parte de um
grande lote de músicas que se tornaram nos dois álbuns e que tinham
semelhanças, acho que sim. Quando ouvi a demo
com as faixas para Gothica, percebi
que desta vez Gary tinha enveredado por um som diferente.
Entre estes lançamentos e este novo, lançaram The Dragon And St. George,
um EP, algo que não acontecia desde 1999. Quais foram os objetivos?
Pensamos que o EP The
Dragon And St. George era uma boa ideia. Tínhamos algumas músicas que não
estavam nem em Albion nem em Isla de Muerta, de modo que era uma boa
maneira de os lançar. Também gostei muito da capa desse EP.
Há rumores para a edição de um DVD ao vivo. O que
há de específico sobre isso?
Esperamos fazer mais espetáculos no próximo ano e
fazer um DVD ao vivo foi falado, já que a banda comemorou recentemente o seu
20º aniversário. Espero que seja feito no ano que vem, depois de termos tido
uma série de espetáculos.
E quanto a uma tournée? Existe alguma coisa definida?
Conversamos com um promotor para alguns espetáculos na
Europa, que esperamos venham a acontecer no próximo ano. Ainda não há nada
finalizado, mas seria ótimo fazer alguns espetáculos porque a banda está a
tocar bem e para obter imagens para um dvd ao vivo. Porém, não é fácil, fazer viagens
com todo o tempo que é necessário, mas esperamos que isso possa acontecer.
Obrigado, Dann! Queres acrescentar mais alguma
coisa?
Obrigado a todos pelos comentários positivos sobre o
último álbum. Tenho tido dois anos fantásticos desde que me juntei aos Ten e
fiz muitos amigos novos. Espero ver-vos a todos no ano que vem!
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