Entrevista: Night Viper

Os Night Viper são apontados como uma das bandas que é obrigatório ver ao vivo. E se atendermos à qualidade presente em Exterminator, segundo trabalho dos suecos, percebe-se bem a razão dessa afirmação. Agora numa editora maior, a Listenable, o som da banda de Gotemburgo está a chegar a mais gente – gente espalhada pela Europa que os poderá ver quando a nova tour começar em novembro.

Viva, Sofie, como estás? Dois álbuns em dois anos, tours bem-sucedidas... Não sentem que está tudo a acontecer muito rápido?
Estou bem, obrigado! O álbum acabou de ser lançado, finalmente temos o vinil, a vida não poderia estar melhor! De forma alguma está a ser muito rápido! Até gostaríamos de ter feito mais (risos)!

Se pudermos, voltemos ao início, quando tudo começou. O que vos motivou a erguer este projeto?
Para Tom, Gothenburg foi a motivação! Eu só queria tentar cantar numa banda. Não tínhamos o estilo de música em agenda, isto foi o que surgiu naturalmente. Quando finalmente encontramos todos os membros da banda, acho que todos tiveram pontos de vista diferentes sobre até onde poderíamos chegar. Todos, além de mim, estavam noutras bandas, não deixando tanto tempo para Night Viper. Emil, o nosso antigo guitarrista, deixou a banda por esse motivo. Queríamos estar disponíveis para tocar mais vezes e ele estava bastante ligado à sua própria banda, Ill Wicker. Como não tinha nenhuma outra banda, estive sempre à espera nos Night Viper, mas também ciente de que este é um atraso esperado por envolver tantos músicos excelentes numa banda.

Então, já quase todos tinham tido outras experiências anteriores? Dentro deste estilo ou noutros?
Eu não tinha estado noutras bandas antes. Tom e Ruben são provavelmente os mais experientes de nós. Tom tocou guitarra nos lendários Church Of Misery, Horisont, Firebird e ainda toca na sua banda de doom The Order of Israfel. Ruben costumava tocar em bandas de metal e punk como Miasmal, Swordwielder e Radiation. A antiga banda de Jonna, Mud Walk, era uma banda progressiva de stoner rock e Johan veio diretamente para nós depois de ter estado nos grandes metaleiros Lethal Steel.

Os Night Viper são apresentados como uma banda imperdível para todos os metalheads. O que trazem de tão especial?
100% de felicidade heavy metal! Estamos num ótimo momento em palco e acho que é um pouco contagioso.

Exterminator é, claramente, um passo em frente quando comparado a vossa estreia. Onde se concentraram em melhorar?
Acho que um dos aspectos principais é o som. Fizemos algumas gravações, mas tivemos dificuldade em atingir o nosso som certo. Desta vez, estávamos muito bem preparados e gravamos o single Summon The Dead como uma tentativa com Ola, o nosso produtor. No que diz respeito à composição, penso que o primeiro álbum tem músicas muito boas, mas desta vez, estamos mais experientes.

E com um som extremamente orgânico. Como fazem isso?
Acho que o som seco da bateria e as guitarras cheias mas claras são a chave. Com recomendação de Ola, utilizamos Seasons In The Abyss como modelo para este álbum e funcionou muito bem. Podes por muito alto, mas tudo é bem audível. Tom e Ola trabalharam muito para obter o som perfeito da guitarra e conseguiram.

Porque é que este álbum foi gravado em Madrid?
Conhecemos Ola há algum tempo e falamos com ele para gravar o nosso segundo álbum. Quando chegou essa altura, ele mudou-se para Madrid e começou o seu próprio estúdio. Discutimos diferentes opções, como alugar um estúdio na Suécia ou na Noruega e ter Ola lá, mas acabou por ser mais simples ir a Madrid. Como banda, esta foi uma das melhores decisões que tomamos. Foi fantástico estar noutro lugar, sem os amigos e familiares é certo, mas na boa companhia e no cuidado das grandes pessoas de Holy Cuervo, para nos concentrarmos completamente na gravação. Isto sem mencionar que Madrid é uma cidade incrível, o clima estava perfeito (em comparação com a Suécia onde estava a nevar), e há muitas coisas inspiradoras para fazer. Simplesmente tivemos o nosso melhor momento.

Na altura em que estamos a fazer esta entrevista, o álbum ainda não saiu. Assim, que expetativas têm para este lançamento?
Estamos entusiasmados por ter um álbum que talvez nos represente com um melhor som que o primeiro - é mais como um murro na cara do que uma festinha no ombro. Como a Listenable é uma editora maior, ficamos felizes por ver a distribuição mais ampla e podermos receber mais imprensa.

Quando assinaram pela Listenable, já tinham o álbum completamente pronto?
Tínhamos cerca de metade pronto. Não enviamos as masters muito tempo antes, talvez algumas demos. Eles ouviram o single Summon The Dead e contactaram-nos até antes do lançamento do primeiro álbum, portanto, acho que eles estavam bastante confiantes quando assinaram connosco. Eles estão muito felizes pelo álbum, e nós também!

A partir de novembro iniciarão uma nova tournée. Por onde andarão e que mensagem querem deixar para os vossos fãs sobre essa mesma tour?
Faremos apenas dois espectáculos na Suécia, depois continuaremos principalmente na Alemanha, mas também na República Checa, Áustria, Hungria e Países Baixos. Não percam esta tournée! Estamos mais felizes, mais quentes e riffalicious do que nunca!

Obrigado! Queres acrescentar mais alguma coisa?
Obrigado pela entrevista e obrigado por a lerem! Espero vê-vos na estrada!

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