Sexto álbum da carreira dos cipriotas Arrayan Path
e o primeiro de uma sequência de dois novos trabalhos onde se inclui Archegoni que sairá no
inicio do próximo ano. Nicholas Leptos explica as diferenças entre ambos –
mesmo considerando que não queira levantar muito o véu a respeito do segundo –
e fala do que mudou em relação, principalmente, aos últimos dois lançamentos (IV:
Stigmata e Chronicles Of Light) neste Dawn Of Aquarius.
Olá Nicholas, como estás? Desta vez os Arrayan Path
foram muito rápidos entre álbuns. O que aconteceu? Estão a viver uma fase
altamente criativa?
Olá! Os Arrayan Path nunca param de compor, por isso, sempre
que temos músicas disponíveis estamos prontos para seguir em frente com o
próximo registo. O maior dilema é que músicas lançar em cada uma das vezes. Quando
sentimos que temos 10 a 14 dinamites,
começamos as nossas gravações.
Por sinal, não um, mas dois álbuns, porque no
início de 2018, têm previsto o lançamento de um álbum com o título em grego.
Será cantado em grego?
Não, será cantado em inglês como todos os nossos
álbuns. Podemos ter algumas passagens em grego, mas nada substancial. Acho que não
consigo cantar bem em grego (risos)!
O que nos podes adiantar em relação a Archegoni?
Como anunciamos anteriormente, será bem diferente de Dawn Of Aquarius. É mais cinematográfico,
mais orquestral e mais épico. Haverá menos power
metal, mas terá suficientes partes poderosas. Também haverá mais coros. Terás
que esperar e ver!
Foquemo-nos, então, em Dawn Of Aquarius. Desta
vez, existe um conceito que une todas as treze músicas. Qual é?
Desta vez, lidamos com a mitologia hindu e,
especificamente, com Kali. Acho que é muito interessante e atraente. Isso
também torna as músicas mais pesadas e mais sombrias. Provavelmente voltaremos
a lidar com este assunto no futuro.
Curiosamente, desta vez não trabalharam com Vagelis
Maranis. O que tentaram alcançar com a mudança?
Estamos gratos a Vagelis por tudo o que ele fez por
nós, mas, desta vez, queríamos tentar algo diferente. Produzimos o álbum com
George Eracleous em Nicosia e a mistura e masterização foi feita por Simone
Mularoni em San Marino. Estamos extremamente felizes em ter trabalhado com
eles. São muito abertos a ideias e estão sempre dispostos a tentar coisas novas.
Então, o método de trabalho desta vez foi um pouco
diferente dos dois últimos álbuns ou não?
Neste álbum houve mais contribuição para as músicas
por parte dos nossos guitarristas. O nosso baixista anterior deixou a banda e,
como ele era o compositor da banda, tivemos que adicionar alguns novos
elementos e seguir novos caminhos. Mas continua a parecer Arrayan Path, penso
eu.
Parece-me que Dawn Of
Aquarius é um álbum que junta o vosso som
atual com algo que fizeram no início da vossa carreira. Concordas? Como
conseguiram esse equilíbrio?
Não sei bem como alcançamos isso, pois não temos um
plano específico para cada álbum. Sabíamos que, desta vez, queríamos adicionar
mais melodias do Médio Oriente e organizamos a ordem das músicas de tal forma
que os tempos mudassem sucessivamente. Uma vez que tem muitas canções, tivemos
que mantê-lo interessante. Mas sim, estás correto, de que existe algo de todos
os nossos discos neste novo álbum. É muito diversificado. Uma boa combinação de
Ira Imperium e IV: Stigmata, acho eu.
Embora, curiosamente, notemos uma nova influência -
Therion. Foi casual?
Na realidade, adoro os Therion, mas não era isso que
tínhamos em mente quando fizemos as novas músicas. Eu diria que vai mais numa
direção de Rhapsody e Blind Guardian principalmente.
Mais uma vez, tens alguns convidados que ajudam a
melhorar o som final. Queres falar a respeito deles e da sua contribuição para
as músicas?
No último álbum (Chronicles
Of Light), todos os guturais foram feitos por mim. Desta vez trouxe dois grunhadores profissionais (risos)!
Especificamente, Andreas Paraschos dos Blynd e George Eracleous dos Oneirism. Também
tivemos um ótimo tocador de ud e tambur, o Christodoros Mnasonos.
Por falar nesses instrumentos tradicionais, o resultado
final está de acordo com as tuas expetativas?
Como mencionado anteriormente, todos os instrumentos
"exóticos" foram interpretados por Christodoros Mnasonos e, com
certeza que o resultado está além das nossas expetativas.
Falando de músicos, este disco foi gravado por um
quinteto base, embora tenham tido mais alguns músicos de sessão. Quem está
atualmente nos Arrayan Path?
Neste álbum houve uma grande contribuição do meu amigo
Kikis Apostolou que coescreveu bastantes músicas comigo e fez alguns solos. Já trabalho
com Kikis há muitos anos, é um bom amigo e, se não estou enganado, temos pelo
menos uma música em trabalhamos juntos em cada um dos nossos álbuns desde Ira Imperium. Ele é como o sétimo e não oficial
membro da banda. Os teclados deste álbum foram interpretados por Huseyin
Kirmizi, outro bom amigo. Além disso, o nosso guitarrista da sessão ao vivo,
Christoforos Gavriel fez alguns solos pela primeira vez. Finalmente, o nosso
novo baixista, Miguel Trapezaris, também trouxe uma música (So It Shall Be Written) e deu o seu
próprio som pessoal às músicas. O resto somos os mesmos dos álbuns anteriores.
E serão esses nomes que irão para a estrada, mesmo
considerando que os Arrayan Path não são uma banda para fazer muitos concertos?
Espero que a maioria dos músicos que tocaram no álbum estejam,
também, em palco.
Bem, Nicholas, mais uma vez, obrigado. Certamente
voltaremos a falar a respeito do lançamento de Archegoni, mas por
enquanto dou-te a oportunidade de dizer mais algumas palavras ...
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