João Henriques é o nome por trás dos OddFella,
projeto de dark rock instrumental que se estreia com AM/FM. Mas
pelo que resulta desta conversa com o João, não será instrumental por muito
mais tempo, pois o próximo disco, que já se encontra em preparação, irá ter
vocais. Mas enquanto esse segundo registo não chega – prevê-se lá para janeiro
– fiquemos com as considerações do criador do projeto a respeito da sua
estreia.
Olá João, tudo bem? Explica-nos como nasce este
projeto OddFella e o que te motivou a iniciar esta aventura.
Tudo bem por aqui e desde já obrigado pela oportunidade.
Este projecto nasceu da necessidade de me expressar musicalmente e de pôr em
prática a minha criatividade, o que era algo que eu não estava a conseguir
fazer nas bandas das quais fiz parte e sempre como teclista. Já há alguns anos
que eu compunha e gravava sozinho mas apenas como escape até que fui
aperfeiçoando técnicas de produção à medida que também os temas evoluíam e
decidi tornar este "escape" num projeto mais sério.
Que nomes ou movimentos mais te influenciaram ou
influenciam?
Bem, eu tento não me deixar influenciar por outras
bandas ou por um movimento em particular mas isso acaba por ser inevitável.
Sempre gostei muito de Type O Negative, Devin Townsend e até mesmo H.I.M a
nível instrumental, mas oiço desde Stone Temple Pilots a Cannibal Corpse! (risos).
Gosto de manter o meu gosto musical diversificado.
Fala-nos da tua experiência musical antes de
OddFella?
Eu sempre toquei com outras bandas e projetos como
teclista, fui teclista fundador dos My Enchantment com os quais gravei uma demo e o primeiro álbum SinPhonic. Saí em meados de 2008 para
iniciar mais tarde um projeto chamado Donna, algo muito na onda de Type O
Negative/H.I.M, após isso tem sido uma montanha russa. Desde o metal ao pop, passando pelo blues/rock
& roll. Toquei com GOD, Fast Eddie & The Riverside Monkeys e fiz
parte de um tributo a Depeche Mode Depeche
Note.
Como surge e qual o significado de um nome como
OddFella?
Sempre me considerei um gajo estranho (risos).
Inicialmente a ideia era ser Odd Fellow mas um DJ qualquer lembrou-se disso
antes de mim, daí decidi usar uma espécie de calão OddFella e é basicamente
isso.
E porque a escolha de um título como AM/FM?
O título deste álbum é uma homenagem ao meu falecido
pai que era um entusiasta da rádio, daí o AM/FM.
Não posso dizer que haja um outro significado ligado aos temas do álbum. É
somente uma sentida homenagem.
Sendo que esta é uma experiência muito pessoal,
como te sentiste a compor, gravar, produzir…
Uma experiência muito pessoal sem dúvida. Foi um misto
de liberdade e muito trabalho, uma vez que tive de assumir os papéis de músico,
compositor, intérprete, produtor etc. Mas foi uma experiência muito positiva.
Basicamente foi como pintar um quadro. À medida que os temas foram tomando
forma e deles começou a nascer um álbum, foi uma sensação bastante
gratificante.
Uma vez que se trata de temas instrumentais, o que
percecionas na música por forma a intitular os temas?
Depende... Existem
temas neste álbum que são o resultado direto de uma experiência ou um episódio vivido
por mim, por exemplo, a Never Look Back
é um tema que me diz bastante (entre outros) porque sei de onde veio toda
aquela melancolia. Por outro lado tens a Steam
Driven Passion ou a D.D.B.R (Dusty
Dirty Bumpy Road) as quais intitulei pelo simples ritmo e andamento da
música em si.
Que projetos tens em mente vir a realizar nos
próximos tempos?
Já estou a meio das gravações do próximo álbum mas
desta vez será também cantado. Eu já cantava antes e achei que era altura de
dar a minha garganta ao manifesto. Posso já adiantar que do que já está pronto
e gravado, será um álbum bastante interessante e eu próprio sinto uma evolução
notória na minha forma de compor. Será um álbum homónimo e penso que agradará a
gregos e troianos. Tirarei as teimas lá para dezembro ou janeiro.
Obrigado. Queres acrescentar mais alguma coisa?
Quero apenas agradecer a vossa atenção e a
oportunidade de falar convosco e desejar-vos todo o sucesso.
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