Flying High (ADELLAIDE)
(2017, Lions Pride Music)
Os Adellaide
lançam pela Lions Pride Music o seu
segundo álbum. Um disco do mais puro AOR,
assente nas regras estabelecidas por nomes como Journey ou Survivor
embora modernizado para um som próximo do que fazem atualmente os Houston. Muitas camadas melódicas, uma
voz agradável, embora nem sempre capaz de atingir o mais exigível registo e
carregadas de teclados fazem deste Flying
High um disco minimamente interessante, dentro de um género onde não é
fácil inovar nem ser distintivo. Mas mesmo sendo uma tarefa difícil,
esperava-se mais destes brasileiros. [4.9/6]
The Salentino Cuts (UFO)
(2017, Cleopatra Records)
Os UFO são
um dos coletivos lendários do hard rock
britânico com uma carreira cheio de grandes álbuns e muitos sucesso. Mas
faltava, ainda, um disco na sua longa discografia. Um disco de versões. Pois
bem, ele aí está. Chama-se The Salentino
Cuts e serve como forma de homenagem aos seus grupos favoritos. Desde
alguns nomes mais ou menos óbvios (The
Yardbirds, ZZ Top ou The Doors), até outros de todo
inesperados (Mad Season, John Mellencamp ou Bill Withers), os UFO,
liderados pela guitarra de Vinnie Moore,
relembram e gravam alguns dos temas que, durante anos a fio, tocaram nos seus set-lists. [5.3/6]
Anomaly – Deluxe (ACE FREHLEY)
(2017, Steamhammer/SPV)
Na sequência da reunião dos KISS com mais de 400 datas entre 1996 e 2001, Ace Frehley começou a preparar o seu trabalho a solo Anomaly que foi lançado em 2009, naquele
que foi o seu maior sucesso desde a sua estreia homónima em 1978. Descatalogado
desde 2010, a Steamhammer/SPV
procedeu à sua reedição atualizando o nome para Anomaly -Deluxe, naquela que é uma versão remasterizada e que inclui
três temas novos, Hard To Me, Pain In The Neck e The Return Of Space Bear, os dois primeiros nunca antes lançados e
o terceiro a surgir pela primeira vez em CD. Fica assim colmatado o maior hiato
no catálogo de Ace Frehley. [4.9/6]
Deluge (EDGE OF HAZE)
(2017, Independente)
Aí está o sucessor do aclamado Illumine de 2014, para os Edge
Of Haze. A banda finlandesa começa em Deluge
onde havia terminado Illumine, no seu
heavy metal de cariz melódico e
melancólico, numa referência quase gótica. É é da junção entre estruturas
progressivas, melodias contemplativas e atmosferas profundas que se cria Deluge, um disco adequado a quem procura
viver experiências sensoriais marcantes. As guitarras são musculadas mas
melódicas e os vocais são marcantes num disco que incorpora, ainda, arranjos
orquestrais, sintetizadores analógicos e até saxofone. [4.4/6]
White Boy And The Average Rat Band (WHITE
BOY AND THE AVERAGE RAT BAND)
(2017, Heaven And Hell Records)
Trinta e sete anos depois do lançamento de White Boy And The Average Rat Band, Mike Matney está de regresso. O álbum
homónimo foi lançado em 1980 e teve estatuto de álbum de culto, como se prova
por uma cópia deste disco que foi vendida no eBay por… 466€. A banda, entretanto voltou ao ativo com alguns
concertos e recentemente assinou pela Heaven
And Hell Records que promoveu o relançamento do único álbum da banda,
adicionado de cinco novos temas que, na altura, não faziam parte do
alinhamento. Esperem um típico disco de heavy
metal da altura, com riffs electrizantes,
solos longos e bateria exuberante. [5.4/6]
First Trip (WHITENAILS)
(2017, Bilocation Records/Kozmik
Artifactz)
Rock ‘n’ roll distorcido, como se os Kuyss, Black Sabbath e Jimmy
Hendrix se tivessem cruzado, é o que nos propõem os canadianos Whitenails. First Trip é uma viagem pelo campo de um iminente stoner nebuloso e psicadélico. Uma viagem que começa lenta, acelera
em alguns momentos, para voltar a ser lenta no seu final. Uma viagem onde o som
grave das guitarras cria uma densa e hipnótica parede sonora. [4.3/6]
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