Dawn Of
Aquarius (Arrayan Path)
(2017, Pitch Black Records)
[5.8/6]
Há sempre grandes
expetativas quando os Arrayan Path
lançam um álbum, ou não fossem os cipriotas uma das duas únicas bandas que já
foram galardoados com o título de Álbum do Ano Via Nocturna por duas
vezes (a outra foram os… Dream Theater!)
com IV: Stigmata e Chronicles Of Light. Desta feita, a
estranheza surgiu pela celeridade deste lançamento: cerca de um ano após o seu
último trabalho, uma rapidez nada habitual na banda de Nicholas Leptos. Dawn Of Aquarius é um conjunto longo de
13 temas em torno da mitologia Hindu e de Kali e musicalmente anda próximo dos
seus habituais trabalhos – um power metal
de fortes contornos épicos engalanado com melodias grandiosas e exóticas sempre
com o metal dos anos 80 como pano de
fundo e o sabor oriental a marcar presença. Mas desta vez parece surgir um novo
nome nas referências do coletivo: Therion.
Há diversos momentos em que, quer os coros, quer os riffs nos trazem à memória os trabalhos desenvolvidos pelos suecos.
Se bem que, na maioria do trabalho, isso não ocorra e, embora com uma faceta
mais dark, a matriz tão típica dos Arrayan Path está bem presente e bem
elaborada. Como referimos, este é um disco longo e esse acaba por ser, também,
o seu principal problema. É que é dificil conseguir manter 13 temas ao nível
excecional dos primeiros seis/sete e isso acaba por se refletir num par de
temas (colocados na segunda metade do disco) que poderiam perfeitamente ter
ficado como bónus ou qualquer outra estratégia. Bem, não nos interpretem mal: Dawn Of Aquarius volta a ser um disco de
enorme classe e de enorme brilhantismo. Isso é inegável. Como inegável é a
forma como Nicholas Leptos se assume como um dos melhores vocalistas e um dos
melhores compositores da atualidade e como inegável é que os Arrayan Path de hoje são um dos
coletivos que mais espetacularidade consegue criar nos seus discos. E é isso
que é importante reter: que Dawn Of
Aquarius, com as suas (muitas) virtudes e os seus (pequenos) defeitos é mais
um disco intemporal na carreira dos cipriotas.
Tracklist:
2. The Flower Born Of Itself
3. Dark Daughter Of The Snake
4. The Hundred Names Of Kali Ma
5. So It Shall Be Written
6. She Who Is Primordial Wisdom
7. Dawn Of Aquarius
8. Cremation Grounds
9. Empress (Reality Of All The Threes)
10. Lotus Eyes
11. The Eleventh Mantra
12. Guardian Angel
13. Garland Of Skulls
Line-up:
Nicholas Leptos – vocais
Socrates Leptos – guitarras
Christoforos Gavriel – guitarras
Miguel Trapezaris – baixo
Stefan Dittrich – bateria
Kikis Apostolou – guitarras (sessão)
Huseyin Kirmizi – teclados (sessão)
Internet:
Edição: Pitch Black Records
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