Com
inspiração nas planícies alagadas do delta do Mississippi, nas montanhas da
Macedónia e nos vales dos Himalaias, Cosmic Forces é
o trabalho de estreia do prog ensemble
PODD. Um álbum que nasce da introspeção e que conta histórias sem palavras, mas
apenas com as cores e impressões que os sons evocam. Peter Olsen, responsável pela criação do
coletivo, por metade do seu nome (PO) e pelas guitarras respondeu a Via
Nocturna.
Olá
Peter, obrigado pela tua disponibilidade. Como e quando surgiu este teu novo
projeto PODD?
PODD foi
devidamente concebido por volta de 2015, quando Dejan Dejkoski (baterista)
respondeu um anúncio on line. Metade
das músicas foram escritas para outro projeto, Advaita, no qual toquei durante oito
anos. Sempre quis ouvir o material dos Advaita num grupo de rock ocidental. A segunda metade é material
mais novo no qual estava a trabalhar e que se encaixa na direção desta banda.
Inicialmente
eras só tu e Dejan (daí o nome PODD). Quando surgiram os outros elementos?
O meu irmão,
Eric Olsen, foi sempre a primeira escolha para concretizar o material quando
este atingiu um certo ponto. Eric sugeriu Takashi Otsuka para o baixo. Takashi
encaixou-se perfeitamente devido à sua sensibilidade composicional e à sua técnica
finger-style.
Existe
algum ponto de contacto entre este projeto e o vosso caminho enquanto músicos?
Para mim,
PODD é a expressão final das minhas habilidades musicais. Os outros queriam
embarcar num veículo que expressasse algo diferente para eles.
Tendo
diferentes influências culturais, como essas se cruzam no processo de
composição nos PODD?
Sempre
apreciei a música da forma como ela se manifesta em diferentes culturas pelo mundo.
Há fortes influências da técnica e expressão indiana clássica, bem como influências
do Leste Europeu e Médio Oriente. Os melhores estilos americanos também estão
presentes: blues, funk e jazz. Apreciando estas músicas abre-se caminho para o seu ser e
para a música.
E
qual a influência das forças cósmicas que batizaram este álbum?
Acho que
encontrar Dejan Dejkoski (bateria) cristalizou a música. A sua sensação natural
para assinaturas ímpares tornou mais fácil apresentar a música no seu conjunto.
Porque
optaram por fazer apenas temas instrumentais?
Eu cresci com
a música clássica ocidental, jazz e bandas
sonoras, pelo que não vejo isso com estranheza. É difícil achar bons cantores e
letristas.
Como
descreverias a sonoridade deste disco?
Jazz, Rock,
Fusão.
Como
está a ser feito o trabalho de promoção deste álbum? O que tens projetado para
os próximos tempos?
A Glass Onyon
faz a promoção. Atualmente, estamos a gravar material para o álbum número dois
e estamos a fazer um vídeo ao vivo de uma das faixas de Cosmic Forces. Também estamos a preparar alguns espetáculos ao vivo.
Obrigado,
Peter. Queres acrescentar mais alguma coisa?
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