Entrevista: Attila Talan

Attila Talan pode ser muito conhecido na sua Hungria natal, embora não o seja pelo hard rock, seguramente, pelo menos para já. Participante de programas de talento, Voz Masculina do Ano e apresentador de televisão, só faltava mesmo o passo certo na direção de um álbum de originais. Acontece com TLN e surpreende pelo destino escolhido. Um hard rock inspirado nos anos 80, mas ainda assim a soar fresco e refrescante. Quisemos saber mais sobre este multifacetado artista e o seu trabalho e falamos com o Attila Talan.

Olá, Attila, como estás? Para começar, podes explicar-nos como nasce este projeto e com que objetivos?
Olá! Obrigado, sinto-me maravilhoso! Posso dizer que este álbum é um sonho que finalmente se tornou realidade para mim! Estive em vários outros projetos musicais, mas as minhas raízes, de alguma forma, foram onde comecei a fazer música, com a minha primeira banda. Este som é o mais legítimo com a minha voz e fico feliz que tenhamos criado música com o meu ex-guitarrista Jim (Istvan Bartha) neste álbum TLN. Alguns marcos importantes foram os programas de talento na Hungria e na Alemanha que abriram novos caminhos para mim. Mas, precisas ter cuidado porque quando tens muitos caminhos podes perder-te. Estou a querer dizer que devemos manter o foco de acordo com os objetivos e o meu objetivo era fazer álbuns que pudessem extravasar as fronteiras da Hungria.

Sei que és uma pessoa muito mediática na Hungria. Como tem sido a aceitação deste teu trabalho?
Não me vejo como uma pessoa mediática, mas claro que essa é uma questão de aspeto. Estou a tentar focar-me a 100% na música porque me sinto muito melhor neste ambiente. Devo dizer que até agora conseguimos muitas respostas positivas, e é claro que isso motiva.

Um mediatismo que começa com o prémio para Voz Masculina do Ano. Queres comentar este prémio e a sua influência na tua carreira de rocker?
Ah, tenho que destacar esta questão porque acho que é realmente importante, pelo menos para mim. O mercado está tão cheio de barulho que, se quiseres ser reconhecido, tens que gritar. E isso representa obter o reconhecimento, a reputação e a publicidade corretos, e se pensas assim, é uma grande ajuda quando participas em espetáculos. Sem eles, não conseguiria fazer o que faço agora.

Por outro lado, também és um conhecido apresentador de televisão, certo? Qual é a temática dos teus programas? Música?
Como apresentador de televisão, estava num programa onde tive que viajar para grandes cidades, cidades pequenas e aldeias para mostrar os valores nacionais e tradicionais desses lugares e comunidades. Foi um ano divertido e estou feliz por ter tido a oportunidade de explorar o meu país.

Bem, centremo-nos em TLN, o teu álbum de estreia. Como o descreverias?
É um disco eclético! Tem músicas para um grande espectro de pessoas. Algumas gostarão dessa diversidade, outras não. Tem hard rock, bem como pop rock, ou como em Hideaway um aspeto totalmente diferente. Mas é isso que lhe dá um sabor único, acho eu.

Como decorreu o processo de criar este conjunto de músicas? Durante quanto tempo trabalhaste neste álbum?
As músicas foram coescritas principalmente por mim e Jim e outras com os membros mais velhos da banda. Temos duas músicas que foram escritas fora deste círculo – Unbreakable e No Turnig Back. O processo foi principalmente assim: primeiro apresentávamos os arranjos, letras e sentimentos. Depois o nosso produtor Arnold Vígh do estúdio SilverHill tomou as decisões finais. Isto foi definitivamente uma grande aprendizagem para o nosso próximo álbum. Quanto ao tempo, podemos dizer que, desde o início, foi um ano.

E a experiência de gravação? Como decorreu?
Basicamente, não foi novidade para nós, mas ainda assim, aprendemos muitas coisas porque estivemos envolvidos em todo o processo. Tenho que agradecer a Arnold pela sua paciência e profissionalismo. Deu-nos uma grande obra para a estrada.

Já têm alguma tour de apoio a TLN planeada?
Não posso dizer nada específico, mas estamos a trabalhar em conjunto com alguns grandes nomes na área da Alemanha. Com o tempo, por volta de março, espero poder dar-te boas notícias. Em fevereiro de 2018, teremos o nosso primeiro espetáculo ao vivo aqui na Hungria.

Que objetivos ou projetos ainda tencionam realizar proximamente?
Estamos a gravar sessões ao vivo, com versões plugged e unplugged. Temos trabalhado no nosso próximo videoclip e no nosso show ao vivo em fevereiro. E também a trabalhar numa tour sobre a qual não posso adiantar muito mais por agora. Portanto, temos algumas coisas para fazer…

Obrigado, Attila. Queres acrescentar mais alguma coisa?
Obrigado pelo teu tempo e saudações a Portugal! Se vieres à Hungria, temos que beber uma palinka!!

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