Entrevista: Daniel's Dead Bird


Do Porto chega mais um trio de rock, comprovando o borbulhante cenário que a cidade (e arredores) tem apresentado nos últimos tempos. Com o curioso nome de Daniel’s Dead Bird, surgido a partir de uma private joke, assinam Into Another Dimension que claramente marca um passo em frente no crescimento e profissionalismo da banda. Contactamos o trio para apresentar o seu trabalho.

Olá, tudo bem? Quem são os Daniel’s Dead Bird? Podem apresentar o projeto a quem não vos conhece?
Boas! Antes de mais, queremos agradecer por esta oportunidade de falarmos um pouco sobre o nosso projeto. De uma forma resumida, somos um trio de Rock n’Roll:  Bruno na guitarra e na voz, Vasco no baixo e Diogo na bateria.

Qual o significado de Daniel’s Dead Bird e qual a razão da escolha deste nome?
Daniel’s Dead Bird provém de uma dirty joke que começa por apelar ao sentimento de uma forma carinhosa, culminando numa exposição chocante de partes púbicas. Um dos fatores que nos levaram a adotar este nome foi também o facto de o próprio nome soar bem (achamos nós) e de ter um lado intrigante e misterioso, de certa forma.

O que vos motivou a começar este projeto?
Em primeiro lugar, a cerveja grátis que normalmente oferecem às bandas nos concertos e que nós muito agradecemos. Em segundo lugar, o convívio. Em terceiro, talvez, a paixão pela música e a vontade de criar algo novo (quiçá).

Já tinham tido outras experiências anteriores? Qual é o vosso background?
Todos tivemos alguns projetos anteriores, mas nada que tenha sido tão levado “a sério” como este. Temos todos backgrounds variados que resultam numa miscelânea de géneros musicais, mas que se acabam por encontrar no Rock ‘n’Roll e no poder do Headbang. Almighty Headbang!

Que nomes ou movimentos mais vos influenciam ou inspiram?
Ao contrário do que parece, não ouvimos apenas rock. Vamos beber a outros estilos também. Há boa música em todos os géneros desde o Pop ao Grindcore (por exemplo). Podemos excluir aqui o Kizomba (por unanimidade). Como consumidores talvez tenhamos alguma tendência para o Hard Rock e para esta nova vaga do Stoner Rock.

Estão nesta altura a promover o vosso EP. Como tem sido a receção e a aceitação?
Para nós, que estamos agora a começar a divulgar material a sério, tem sido fantástico. O feedback tem sido sempre positivo, é sempre bom sentir que o público está a gostar do que fazemos. Mas para nós isto é ainda um começo e o objetivo é sempre o de fazer melhor e de nos superarmos a nós mesmos.

Como é feito o processo de composição nos DDB, principalmente para este EP?
Cada projeto possui o seu método único de composição, a sua “fórmula” só sua. No nosso caso, por norma, alguém traz uma ideia de base que acaba por ser explorada em conjunto. Por vezes algumas dessas ideias resultam das típicas jams que realizamos. Relativamente à composição das músicas para este EP, foram meses de insistência e de reflexão. Sempre estivemos muito abertos a opiniões exteriores à banda e atentos a alguns pormenores que iam surgindo em gravações de ensaios. O produto final é uma amálgama de toda a experiência que temos passado juntos, uma compilação das cinco músicas que mais orgulhosos nos deixam de as termos trazido ao mundo.

Gravaram n’O Silo. Como foi a experiência?
Foi fixe. O Hélder foi impecável e teve imensa paciência aqui com os rapazes. Foi ele quem nos ajudou bastante na produção das músicas. Apenas lamentamos o facto de não termos tido possibilidades financeiras para nos estendermos na gravação para além dos dois dias em que lá moramos (n’O Silo).

Este EP acaba por recuperar três temas da demo de 2017. Trazem nova roupagem? Porque sentiram a necessidade de as voltar a incluir numa gravação?
A demo de 2017 resultou de um ensaio. No entanto, sentimos que mereciam uma gravação mais profissional. E foi isso que fizemos. Não consideramos que tenham uma nova roupagem, mas sim uma maior solidez em si.

Sendo uma banda que está a começar, que objetivos se propõem atingir?
Quando começamos, o objetivo era apenas o de nos divertirmos a tocar juntos. Acreditamos que esse será um dos motivos que sempre fará sentido. Num futuro próximo queremos chegar a mais público. Num futuro que ainda desconhecemos queremos conseguir gravar um álbum (a sério) e ingressar numa tour europeia e em mais alguns festivais.

Obrigado. Querem acrescentar mais alguma coisa?
Para finalizar, gostaríamos de agradecer novamente por este momento de “fama” e fazer um apelo aos leitores para que ouçam o nosso EP e para que apareçam e se juntem a nós nos nossos concertos. Se curtirem de nós, façam like! Se não curtirem, façam like na mesma. A gente agradece.

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