Entrevista: The Band Of Heathens


Não é a primeira vez que os The Band Of Heathens atuam em estações de rádio. Mas neste caso houve duas novidades: primeiro, a Sirius XM tem um sinal via satélite que permite ser ouvida em todo o mundo; segundo, foi a primeira vez que um desses mini-concertos foi gravado para posterior venda. Ed Jurdi, cantor e guitarrista, fala-nos dessa experiência e até de alguma polémica que a envolveu.

Olá Ed, tudo bem? Duende foi um marco na vossa carreira, tendo sido considerado um dos melhores álbuns do ano pela Rolling Stone. De que forma vivenciaram toda essa situação?
Ficamos muito satisfeitos com a resposta ao álbum. Sentimos que foi quase como um renascimento da banda, na forma como isso nos abriu para um novo público.

Este EP agora lançado representa a vossa participação num programa de rádio. Queres explicar melhor em que consiste?
Fizemos muitas apresentações em rádios, mas o que é único na Sirius XM é o facto de ser uma rádio com sinal via satélite e que atinge ouvintes em todo o mundo.

Quando decidiram que esta apresentação deveria ser gravada em CD para os fãs e para a eternidade?
Foi algo que que já estava gravado pelos seus engenheiros em casa, mas sentimos que queríamos ter alguma documentação do som da banda, neste momento, tocando o novo material de Duende. Assim, trouxemos o nosso engenheiro para a remisturar e aproveitar ao máximo os sons que tínhamos.

Das cinco músicas, três já estavam incluídas no Duende, certo?
Sim.

E as outras duas são versões. Costumam tocar essas músicas ao vivo? Por que as escolheram?
Foram músicas que adicionamos para a nossa tournée de Duende e sentimos que elas se encaixam muito bem no nosso estilo e som.

Parece que a versão de Alabama teve uma dedicatória que ganhou alguns comentários menos positivos. O que aconteceu, efetivamente?
Basicamente, agora temos uma situação nos Estados Unidos onde há muito desconforto, tanto social quanto politicamente. Achamos que essa música de Neil Young, Alabama, fala diretamente sobre um dos pontos problemáticos. Toda a gente tem uma plataforma para expressar a sua opinião on-line. Algumas pessoas disseram-nos que não gostaram do que dissemos e não foram gentis. Para cada um deles, acho, mas é sempre um pouco perturbador quando as pessoas agem em tom de ameaça e ficam chateadas com alguém que expressa a sua opinião, especialmente através da música ou da arte. Desde sempre os cantores e compositores têm falado sobre assuntos como este, e espero que isso não pare.

Vocês costumam fazer esse tipo de mini-concertos em estações de rádio ou foi a primeira experiência? Se for este o caso, é para repetir?
Fazemos isso com bastante frequência, mas esta é a primeira vez que gravamos e disponibilizamos para venda.

Suponho que já estejam a trabalhar no sucessor de Duende. Qual é o ponto de situação?
Acabamos de gravar um projeto especial que anunciaremos em breve, mas enquanto isso estamos a escrever músicas e tentando agendar a gravação de um novo álbum de material original.

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