Breakthru (AEREN)
(2018, Sliptrick Records)
Descrito como rock alternativo, Breakthru é o primeiro disco dos Aeren. Os italianos liderados por Silvia Galetta, vocalista que marca a diferença pelo seu cabelo cor
de rosa (onde é que já vimos isso?) andam próximo de nomes como Cranberries, Flyleaf, Paramore ou até
os seus compatriotas Lacuna Coil
quando aumentam a dose de distorção. No entanto, Breakthru vai mais vezes beber a um funky pop rock que a distorções, apesar de aqui e ali alguns riffs pop mais agressivo serem criados. [77%]
Another Day (CROSS & JACKSON)
(2018, Cherry Red Records)
David Cross foi membro dos King
Crimson. David Jackson dos Van der Graaf Generator. Posto isto, já
se pode perceber do que estamos a falar quando abordamos Another Day, disco que junta os dois. Em 12 temas de
(des)construção musical ficam evidentes as capacidades técnicas de cada um, bem
secundados por Mick Paul (baixo) e Craig Blundell (bateria). O violino de David Cross e o saxofone de David Jackson fundem-se de uma maneira
assustadoramente bela e estonteante num disco de cadências extravagantes e
profundamente avant-garde. E onde se
misturam temas de enorme musicalidade e outros onde predomina a experimentação.
[81%]
Innerverse (UNKH)
(2018, Freya Records)
Depois de Traveller, de 2014, Innerverse traz as novas composições dos Unkh, onde se aborda, em apenas cinco temas, a solidão existencial.
Cinco temas com paisagens sonoras diferentes, sempre envoltas pelo prog rock dos anos 60/70 – Yes, Genesis, ELP, King Crimson – mas com a marca
distintiva do som dos holandeses. O álbum abre e fecha com dois épicos, sendo
que Dreamcatcher, o último, tem quase
20 minutos de duração. O tempo suficiente para diferentes áreas do
subconsciente serem expressas musicalmente. [76%]
Spinning Numbers (SIXTURNSNINE)
(2018, Echozone)
A simbiose de diferentes
influências musicais resulta em Spinning
Numbers, EP de estreia do trio alemão SixTurnsNine.
Seis temas (dos quais um, Threat In The
Neck, apresenta uma remix a cargo
dos Spherical Disrupted), onde
coabitam o trip hop dançável,
elementos dub step, ambientes negros,
um massivo e hipnótico baixo e muita eletrónica. Por cima de tudo surge a voz
de Anja Trodler, num registo 90’s e
cheia de bluesy. Referências a This Mortal Coil ou a The Gathering, bem como a algumas
bandas 4AD dos anos 80. [66%]
Out To Sea (FERNANDO PERDOMO)
(2018, Forward Motion Records)
Guitarrista de Dave Kerzner, Fernando Perdomo aventura-se naquela que é a sua primeira
experiência a solo. Out To Sea é um
disco de rock progressivo e
instrumental onde quem fala mais alto é a sua, ou melhor, as suas guitarras. De
tal forma que na capa interior do CD é possível ficar a conhecer as nove
guitarras (acústicas e elétricas) e um baixo usados na gravação do disco. Out To Sea busca inspiração no art rock dos anos 70, como Peter Banks, Focus, Nektar, mas
também ao rock progressivo de John Wetton e Curved Air, a quem presta homenagem em diversos temas. Um disco
dedicado a amantes do prog rock e a
amantes das guitarras. Há aqui muitos solos que se apresentam diversificados,
conseguindo manter sempre a atenção em alta. [82%]
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