I Am Legion (WITCHERY)
(2017, Century Media)
Todos nós reconhecemos a importância que os Witchery tiveram na cena sueca e
europeia do black/thrash metal e
todos também reconhecemos que a banda originária de Linköping já conheceu
melhores momentos. Álbuns como Restless
& Dead e Dead, Hot & Ready,
são marcos no género, mas I Am Legion
(curiosamente agora sem o vocalista… Legion!), o seu sétimo trabalho é,
claramente, um dos seus mais desinspirados da carreira. Aqui a banda procura
cruzar as suas linhas caraterísticas dos anos 90 com algumas dinâmicas mais
variadas, onde se incluem riffs mais
simples e acordes black metal mais
diretos. O resultado é uma aproximação aos Slayer
dos anos 90 adicionado de uma dose de negritude nórdica capaz de criar
ambientes maléficos. [68%]
Live Darkness (NIGHT DEMON)
(2018, Steamhammer/SPV)
Desde o lançamento do EP homónimo em 2012 que os Night Demon têm vindo a receber elogios
de todos os quadrantes. Os álbuns Curse
Of The Damned (2015) e Darkness
Remains (2017) confirmaram o trio americano como uma das referências do old school heavy metal/NWOBHM da
atualidade, verificando-se, inclusivamente a comunhão de opiniões entre os fãs
e a crítica especializada. Depois de um ano cheio de atividade ao vivo, a 2 de
dezembro de 2017 a banda deu um espetáculo especial em Cleveland, Ohio, naquela
que é sua cidade de adoção. Aqui, os Night
Demon apresentaram um set-list
que cobriu a totalidade do mais recente disco e do EP de estreia e praticamente
a totalidade de Curse Of The Damned,
adicionando, ainda uma versão de Evil
Like A Knife, dos Midnight, com
a participação do próprio Athenar.
Esse concerto foi gravado e aqui está ele agora disponibilizado, na íntegra,
para os seus fãs e todos os fãs do bom metal
tradicional. [92%]
Phantasmal Trinunity (NACHASH)
(2018, Shadow Kingdom Records)
Serão blackened
death metal ou deathly black metal?
O certo é que os Nachash apresentam
credenciais com o seu primeiro álbum intitulado Phantasmal Trinunity. Depois de terem sido muito bem-recebidos com
o seu EP de estreia, Conjuring The Red
Death Eclipse, os noruegueses voltam a surpreender com um álbum composto
por seis diabolicamente épicas canções mas ainda com alguns pontos a acertar,
dois de cada lado. Do lado do black,
nota-se falta de ambiências e de blastbeats
e do lado do death os solos e as
malhas são as principais ausências. Ainda assim Phantasmal Trinunity, até pela introdução de algum doom metal, é um álbum bastante
competente. [78%]
Leaden (WOLFSHEAD)
(2017, Rockshot Records)
Depois de duas demos
e um EP (Caput Lupinum, de 2015, com
boa aceitação), Leaden é a estreia em
formato longo dos Wolfshead. A banda
vem da fria Finlândia, mas a sua sonoridade, a meio termo entre um heavy metal sujo e um doom, é
orgânica e quente. O quarteto assina um conjunto de oito temas com um baixo
muito cheio e monstruosos riffs
sempre numa afinação muito grave. Mas não esquece alguns solos de muito bom
efeito e linhas de surpreendente efeito melódico. Um disco que os fãs de Grand Magus, Black Sabbath ou COC
deverão conferir. [83%]
Clarity In Three (PARAGNOSIS)
(2018, Independente)
Os Paragnosis
apresentam uma nova versão de Clarity In
Three, EP já tinha sido anteriormente lançado, sendo que a versão deste ano
surge com uma nova imagem e ampliada da faixa Asthmatic, uma peça de mais de sete minutos a variar entre batidas
hipnóticas e um trabalho thrash. Isto
incluído num conjunto de temas prog rock/metal
instrumental, facto que acaba por confundir um pouco, pois a inexistência de
vocais associado à criação de paisagens sonoras, acaba por refletir uma ligeira
tendência para o post-rock. Acabam
por ser alguns solos bem metalizados,
a esclarecer um pouco a dúvida existente. Apesar de algumas boas ideias,
nota-se ainda alguma inexperiência, pelo que os Paragnosis têm muito trabalho à sua frente. [77%]
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