Os DeVicious
agora estão bem e têm o seu excelente álbum, Never Say Never, no mercado. Mas nem sempre foi assim e este álbum até teve um
lançamento anterior que não teve qualquer promoção. Só depois surgiu a Pride
And Joy Music a ajudar o coletivo e a fazer um lançamento de acordo com a
qualidade do álbum. Entretanto, os fãs foram sendo brindados com diversos
vídeos. Esta é uma história que Alex Frey nos conta agora, numa entrevista onde
também se se promete muita mais música de um coletivo – e não um projeto,
realça o baixista - que veio para ficar.
Olá Alex, tudo bem? DeVicious é uma nova banda
de hard rock, por isso gostaria que fizesses a sua apresentação
para os rockers portugueses…
Olá a todos os rockers
portugueses, estamos bem e estamos muito entusiasmados por ter a oportunidade
de falar convosco e de levar a nossa música um pouco mais perto desse belo país
que é Portugal. DeVicious é uma banda de rock
melódico com influências do Hard Rock
dos anos 80 e do AOR intemporal. Tudo
se resume a groove e melodias.
Sendo uma banda internacional, como se ligaram para
construir esta banda?
Com exceção do nosso cantor Zoran e do teclista Denis,
todos nós crescemos juntos, frequentamos juntos clubes de rock desde a adolescência e até íamos aos mesmos concertos e
festivais quando éramos jovens. Basicamente estivemos sempre no mesmo caminho
durante toda a nossa vida, mas à medida que as pessoas crescem, casam e têm
filhos, as prioridades mudam e as pessoas mudam-se para outros países, mas isso
nunca nos impediu de manter o contato.
Assim, quem são os membros dos DeVicious?
Nos vocais temos Zoran Sandorov, da Sérvia. É um
cantor excecional com uma incrível variedade. Depois de ouvirmos mais de 200 demos, o nosso guitarrista Radivoj falou-nos
sobre o marido da sua prima e mostrou um clip
do YouTube e 20 minutos depois
estávamos ao telefone com ele. Uma semana depois enviou-nos uma demo de uma música nossa e percebemos que
ele era o homem perfeito para o trabalho.
Na guitarra solo, temos o Radivoj Petrovic. Ele é um
dos melhores guitarristas clássicos da Europa e a sua técnica de mão direita é,
provavelmente, uma das melhores do mundo. Ele tem muitos contratos de endorsement de guitarras, mas
aparentemente nunca desistiu de tocar numa banda de rock porque nunca cortou o cabelo e quando Alex o abordou para o
convidar para a banda, aceitou imediatamente.
Na guitarra ritmo temos Gisbert Royder. Ele é
responsável pelas guitarras mais pesadas e pelo bom espírito da banda, pois nunca
está de mau humor. Durante muitos anos trabalhou com Andi Deris e os seus
projetos na bela ilha de Tenerife. Ainda vive em Espanha, o que é ótimo, porque
sempre o poderemos visitar no inverno, quando o tempo fica algo gelado.
Nos teclados temos Denis Kunz, é o mais novo da banda
e é uma máquina no palco. Nenhum de nós alguma vez o ouviu tocar uma nota
errada. É incrível como é confiável, de tal forma que às vezes achamos que é
uma máquina enviada do futuro (risos).
Na bateria temos Lars Nippa, um baterista profissional
desde os 18 anos de idade e que já tocou numa quantidade impressionante de
bandas de top, incluindo Umbra et
Imago e Chryztyne e muitos outros. É ótimo tê-lo a bordo porque ele traz muita
experiência para a banda.
No baixo, estou eu, Alex Frey. Além de tocar baixo, sou
o principal compositor, produtor e tento tratar da parte negocial, o que seria
impossível sem a ajuda dos restantes elementos.
Sendo uma banda internacional, é fácil
trabalhar cara-a-cara? Como foram os processos criativo e de gravação?
Trabalhamos sempre cara-a-cara. É a única maneira de
trabalhar juntos. Não sou fã de projetos onde as pessoas nunca se encontram,
todos gravam num país diferente e depois, esses artistas ocupam o lugar numa
editora, que poderia ter sido preenchida por uma banda jovem e faminta. Lars,
Radivoj, Denis e eu ensaiamos todas as semanas e quando surge uma tour, os outros juntam-se a nós duas
semanas antes e ensaiamos com toda a formação. Como escrevo quase todas as
músicas, não precisamos estar juntos num único quarto. Eu crio a melodia, as
harmonias e o quadro básico de cada música e depois encontramo-nos no meu
pequeno estúdio e adicionamos a bateria, os breaks,
guitarras, etc ... Isso não acontece a distância, precisamos olhar nos olhos
uns dos outros, para que saibamos o que a outra pessoa sente sobre a música.
Focando-nos, agora, no álbum, Never Say Never, como
o descreverias, para quem não vos conhece?
Como eu disse antes, é groove e melodia. Nós não queremos mostrar o que podemos fazer com
os nossos instrumentos. Depois de 30 anos de experiência as pessoas
provavelmente sabem que não somos amadores e o que estamos a tentar fazer é
trazer de volta e dar às pessoas a sensação dos anos 80, com belas melodias,
trabalhos de guitarra apertados e longos solos, encimados por uma magnífica voz
de Zoran. Nas letras tentamos entregar esperança e um espírito positivo. O
segundo álbum será um pouco mais sério porque quando olhas para todas as guerras
e ódios que estão a acontecer ultimamente, sentimo-nos responsáveis por
lançar uma mensagem para que as pessoas se juntem como uma.
É engraçado porque o lançamento do álbum
aconteceu após o lançamento de seis vídeos. Foi uma forma de testar as reacções
dos fãs? Houve alguma consequência no acelerar do lançamento do álbum?
(risos) Acelerar o processo será, provavelmente, a
descrição mais errada na história de todas as entrevistas. Assinamos com uma
editora diferente antes da Pride & Joy nos ter encontrado, mas o lançamento
atrasou quase um ano por motivos que não tenho o direito de falar. Digamos que
foi um momento muito difícil porque estávamos prontos há um ano e não pudemos
fazer nada. Quando o CD finalmente saiu, pela primeira vez em março, a editora
não tinha distribuição ou promoção anexada ao CD, por isso decidimos rescindir de
uma forma amigável e assinamos com a Pride & Joy Music da única Birgitt
Schwanke. Desde então, as coisas correram melhor. Basicamente, ela faz parte da
banda por causa de seu espírito positivo e, além disso, é extremamente
trabalhadora e profissional. Portanto, não houve nenhum processo de aceleração,
já que os vídeos foram feitos para o lançamento em março e foi por isso que
tivemos 6 vídeos antes do lançamento mundial
Este é um projeto com continuação e com mais
álbuns no futuro?
Isto não é um projeto, é uma banda e não vamos
desaparecer, haverá muitos novos álbuns nos próximos anos.
A tour que têm agendada para dezembro será apenas
na Alemanha e Espanha?
Tivemos muitas ofertas, mas decidimos ir para estúdio,
escrever mais material. Assim temos mais a oferecer na tournée. As gravações de Never
Say Never foram finalizadas no final de 2016/início de 2017 e chegou a hora
de escrever novas músicas e mostrar às pessoas mais das nossas ideias.
Obrigado, Alex! Queres deixar alguma mensagem
ou adicionar mais qualquer coisa?
Obrigado pela entrevista, diverti-me muito. Para todas
as pessoas em Portugal e em todo o mundo, permaneçam fieis ao rock n 'roll e à música artesanal ou um
dia todas as bandas que vocês gostam poderão não existir. Espero que possamos fazer
alguns shows em Portugal no próximo
ano.
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