The Plastic People Of The Universe é uma banda checa de rock, conhecida
representante da cultura clandestina de Praga. E bem lisonjeados devem ter
ficado quando souberam que um grupo nacional, os Grand Sun, escolheram para
título do seu EP de estreia precisamente o seu nome. João Simões falou-nos do
projeto e deste seu EP.
Olá Simon, tudo bem? Os Grand Sun são um novo projeto. Podem apresentá-lo?
Hello! Somos de Lisboa (arredores) e começámos
a tocar juntos há cerca de dois anos. Acabámos de lançar o nosso primeiro EP – The Plastic People of The Universe – que
está disponível nas plataformas.
O que vos motivou a criar esta banda e como surgiu o nome Grand
Sun?
Acho que a partir de 2013/14 houve um boom gigante nos projetos musicais que
existiam aqui em Lisboa. Eu ia tendo bandas com amigos, mas foi nessa altura
que despertei um pouco para a ideia de ter uma banda de canções originais, e então
conheci o António numa demanda de encontrar um teclista. Ele mostrou-se bastante
mais que isso e por isso começámos a criar e o processo foi-se desenrolando. Quanto ao nome, acaba sempre por surgir o
momento em que olhamos uns para os outros e pensamos “E nome para isto?”.
Pensámos numa série de coisas que achássemos que identificasse o som, mas o
nome Grand Sun que partiu de uma brincadeira entre nós pareceu-nos o mais
acertado.
Qual é o vosso background musical?
Individualmente, temos alguns anos de
estudo e prática dos nossos instrumentos sempre em busca de melhorar. O António
estudou música clássica, eu e o Ribeiro estudamos guitarra e como não poderia
deixar de ser o Miguel teve aulas de bateria. Juntos, temos estado a tentar
descobrir a nossa sonoridade e arranjar uma voz de todos combinando todas as
nossas diferenças.
Que movimentos ou bandas apontam como sendo as que mais vos influenciam?
Estamos sempre a ouvir coisas novas e
há certas bandas que nos influenciam pela musicalidade, ao passo que outras nos
influenciam pela postura ou contexto. Gostamos imenso da fase tardia dos anos
60, um pouco pelas duas razões, onde há projetos indispensáveis como os Byrds,
Zombies, Velvet Underground ou os Beach Boys.
The Plastic People Of
The Universe foi captado nos Blacksheep
Studios. Como decorreram os trabalhos?
Acho
que correu tudo como tinha de correr. Aprendemos imenso, podíamos ter feito
algumas coisas de outra forma, e houve alguns atrasos, porém tudo isso faz
parte da aprendizagem. O Guilherme Gonçalves e o Bruno Plattier foram uma ajuda
preciosa em direcionar-nos para onde queríamos ir com este disco e acabou por
ser um belo trabalho que estamos muito felizes por chamar nosso.
A banda de rock checa, conhecida representante da cultura clandestina de Praga, teve
alguma influência na escolha do título do EP?
Teve,
completamente. E tivemos a sorte de os chegar a conhecer num concerto em Praga,
onde eles ficaram bastante surpreendidos por um grupo de miúdos portugueses
quererem dar o nome deles a um EP.
Em termos líricos, que temas são abordados neste conjunto de
cinco temas?
Um pouco de tudo. Não temos um tema central que quisemos muito escrever
e fazer um álbum com uma grande história. São apenas histórias que foram vindo
a ser escritas enquanto mudávamos todos os dias, amávamos e brincávamos. O que
não deixa de acontecer!
Estando ainda numa fase inicial da carreira, que objetivos têm
em mente para os próximos tempos?
Por agora, que as pessoas absorvam um
bocado este disco. Conhecer mais pessoas, escrever sobre estas, gravar o que
escrevemos, lançar o que gravámos. Repetir processo. E no meio disto ir tocando.
Obrigado, Simon! Queres deixar alguma mensagem?
Passem pela nossa página e pelos nossos concertos! Damos jolas, finos (lá para cima) e muitos
beijinhos.
Comentários
Enviar um comentário