Quando
alguém se senta numa esplanada para, alegadamente, estudar, pode acontecer isto
– a criação de uma história que dá origem a um álbum fantástico. Foi assim que
nasceu a história de Dyosun – Between
Two Worlds, disco de estreia dos Onysus,
banda de Braga, cujo nome também tem uma curiosa origem. Confiram tudo nesta
interessante entrevista com a banda que se prepara para revolucionar o prog
rock feito em solo nacional.
Olá
pessoal, tudo bem? Os Onysus são um novo projeto de prog metal nacional.
O que vos motivou a juntarem-se?
Olá! Somos 5 jovens apaixonados
por rock e metal progressivo. Em 2013, andávamos em busca de um projeto
ambicioso e desafiante e, então, surgiram os Onysus. Inicialmente, a banda era composta
pelo Pedro Coelho, André Pacheco, Daniel Rodrigues e João Carlos Pinto (que
viria a sair da banda alguns meses depois). Mais tarde, a poucos meses do verão
de 2014, sentimos a necessidade de completar o conjunto, tendo entrado o
Francisco Petrucci para o baixo e o André Lopes para a voz. Atualmente os
Onysus são: Pedro Coelho (guitarra), André Pacheco (guitarra), Daniel Rodrigues
(bateria e vozes), Francisco Petrucci (baixo) e André Lopes (voz).
Como
foi a escolha deste nome Onysus? O que significa, exatamente?
É uma história caricata!
Um dos nossos membros fundadores, João Carlos Pinto, que acabou por sair ainda
em 2013, ao folhear um livro deparou-se com um erro na legenda de uma figura.
Nesta, encontrava-se o Deus grego do vinho, Dionysus, mas a legenda estava
escrita “Di onysus”. Instantaneamente, a palavra Onysus ficou-lhe na cabeça,
levando-o a sugeri-la como nome para a nossa banda. E assim ficou!
Ouvimos um pouco de tudo,
desde música Clássica ao Metal extremo,
passando pelo Jazz e Funk. Mas claro que as nossas principais
influências assentam no Rock/Metal
Progressivo.
Dyosun: Between Two Worlds é um disco que se desenrola em três atos,
sendo, suponho, um disco conceptual. Qual é a história abordada e como surgiu
essa ideia?
Dyosun aborda a história
de Robert, um simples homem do campo, que vive num mundo liderado por um
governo tirano. Certo dia, depara-se com uma visita inesperada, um
extraterrestre chamado James, com o qual desenvolve uma grande amizade. No
entanto, esta visita não é recebida com agrado por parte do governo mundial,
liderado por Frank, que declara guerra a James. Para proteger o seu novo amigo
e ajudá-lo a regressar são e salvo ao seu planeta, Robert embarca numa batalha
contra os humanos. Esta ideia surgiu em maio de 2015, quando o Daniel
Rodrigues, baterista da banda, estava na esplanada de um café, supostamente
para estudar, mas optou por começar a escrever uma letra. À medida que foi
escrevendo, a história foi-se delineando e, em cerca de uma semana, o enredo já
estava totalmente definido.
O que
se nota neste trabalho de estreia é um extremo cuidado com os pormenores. Foi
um trabalho exaustivo durante o processo de gravação?
Sim. Demoramos cerca de um
ano em estúdio. Foi a nossa primeira vez e, como tal, tivemos de aprender
bastantes coisas. Mesmo assim, tivemos a sorte de optarmos por um produtor
rigoroso que nos encaminhou no caminho certo durante o processo de gravação.
Notável
é o jogo vocal e as harmonias que conseguem. Digamos que é algo não muito visto
no panorama nacional. De onde vem essa inspiração?
É algo que sempre quisemos
fazer e diríamos que é inspirado, sobretudo, por Prog Rock dos 70’s. Neste campo, temos de agradecer bastante ao nosso
produtor, Pedro Mendes do Ultrasound Studios Braga, que colaborou na criação
das diversas harmonias que podemos ouvir no disco.
Esta é uma pergunta com
resposta complexa, pois não há um procedimento específico. Como já deu para
perceber ao longo da entrevista, o nosso ponto de partida foi sempre a letra. A
partir daí, as partes instrumentais e de voz começaram a ganhar forma tendo em
conta o momento da história. Certas músicas foram desenvolvidas em ensaio, com
todos presentes a compor e a dar ideias, enquanto que outras partiram de uma
ideia base desenvolvida por um de nós e, posteriormente, aperfeiçoada por
outros membros.
A
capa do CD é verdadeiramente fantástica. Quem foi o responsável e de que forma
conseguiu captar a vossa ideia e a ideia global da história?
A capa é obra do fantástico
designer Phobos Anomally Design. Um
excelente profissional, que contratamos para tratar de todo o artwork existente na reprodução física
do CD. Simplesmente, enviamos-lhe um documento pdf com a sinopse da história e uma ideia geral para a capa. Muito
rapidamente, ele apresentou-nos um par de soluções, tendo nós optado por esta.
O
álbum ainda não saiu há muito tempo, ainda assim, pergunto-vos como tem sido o feedback?
O feedback tem sido bastante positivo, com o álbum a chegar a
diversos países de diversos continentes. A nossa música já foi transmitida em
rádios de Portugal, EUA e Canadá e recebemos reviews bastante positivas da Rússia, Espanha e Portugal.
De momento, estamos num
processo de promoção do álbum de forma a ganharmos contactos e fama no mundo
musical, tanto a nível nacional como internacional, fazendo alguns concertos
tendo em conta a nossa disponibilidade. No entanto, também pretendemos
continuar a compor música, e já estamos com alguns conceitos para o nosso
próximo disco, mas nada ainda em concreto.
Obrigado!
Querem deixar alguma mensagem?
Acima de tudo, gostaríamos
de agradecer a todos os nossos fãs pelo suporte que nos têm dado e às revistas,
rádios e críticos musicais por nos ajudarem na promoção do nosso trabalho, a
Via Nocturna inclusive. Prometemos manter o nosso elevado nível musical
enquanto transmitimos ideias intrigantes, talvez inovadoras mas, sem dúvida,
progressivas!
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