Reviews: Outubro (IV)


II Dark Season (VANIK)
(2018, Shadow Kingdom Records)
Aquilo que começou como um projeto a solo do músico dos Midnight, evoluiu para uma banda e já vai no segundo álbum. Falamos de Vanik que regressa mesmo a tempo do Helloween! Claramente old school, II The Dark Season traz-nos um misto de heavy metal sujo com thrash metal clássico e com uma sonoridade orgânica. Muito provavelmente efeitos da forma direta de gravação, onde apenas foram usados overdubs para a voz. Barulhento, genuíno e poderoso, II The Dark Season tem, ainda, algumas passagens sinistras que ajudam a criar a atmosfera certa para a época. [77%]


There Goes The Neighbourhood (MIDNITE CITY)
(2018, AOR Heaven)
Afinal o hair metal ainda existe e com capacidade criativa. Os Midnite City são britânicos e recuperam para os dias de hoje esses tempos que pareciam perdidos dos Mötley Crüe, Poison, Ratt e afins. Depois da explosiva estreia, surge o segundo disco, There Goes The Neighbourhood (bem, nos tempos dos nomes citados, ninguém os queria como vizinhos!), um registo enérgico, eletrizante, que carrega algumas melodias e coros, mas nada de surpreendente. Ainda assim, um disco com boas guitarras, agradáveis harmonias e que, fundamentalmente, diverte e entretém. [79%]


Filthy Bastard Culture (WARPATH)
(2018, Massacre Records)
Veteranos de guerra, que é como quem diz, da cena thrash alemã, os Warpath estão de regresso com o seu sexto disco, apenas o segundo no novo século, depois de um final de século passado muito ativo. E se o objetivo, desta vez, era mostrar em disco como são, na sua essência, os Warpath, duros, crus e autênticos, isso foi conseguido. Filthy Bastard Culture tem um som sujo, barulhento e poderoso. A gravação feita na sua própria sala de ensaios e uma produção pouco polida acentuam essa vertente. Musicalmente, a banda surge mais variada com um conjunto de temas mais complexos, com mais harmonias e mais maduro, onde o thrash, o stoner e o doom se fundem. Embora, naturalmente, ameaçadores como sempre! [73%]


House 21 (SILVER DUST)
(2018, FastBall Music)
Depois do sucesso do álbum anterior, The Age Of Decadence, e da sua tour por toda a Europa, os Silver Dust apresentam a sua nova proposta, House 21. E é neste novo trabalho onde fica vincada, de forma ainda mais evidente, a sua costela esquizofrénica de misturar diversos estilos, mostrando-se uma banda que tanto está numa zona de suavidade, como no momento seguinte, evolui para o mais extremo metal, sempre enriquecido por outros apontamentos como elementos corais e operáticos. Por isso, cada tema cria o seu próprio universo e conduz o ouvinte a uma experiência individualizada. [77%]


Slavery Of Steel (DUNGEON WOLF)
(2018, Iron Shield Records)
Já foram Stormlurker, com o qual lançaram A Dark Formation, em 2015, mas, entretanto, alteraram o nome para Dungeon Wolf, assinando agora Slavery Of Steel. O power trio de Cleveland apresenta um multifacetado conjunto de oito temas que variam entre o progressivo, o épico, o speed e o tradicional metal. Aliás, muito mais tradicional e melódico que o anterior trabalho ainda sob a antiga designação. E também com mais influências neoclássicas, essencialmente ao nível do super-criativo trabalho de guitarra que, infelizmente, não é acompanhado, em termos vocais – sempre assente na repetição dos clichés do género, numa altura em que se exige bastante mais rigor. [79%]

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