Playing With Fire (DEEP ENERGY ORCHESTRA)
(2018, 7d Media)
O projeto que junta o virtuoso percussionista indiano Selvaganesh e Trey Gunn (King Crimson), denominado Deep Energy Project tem o seu primeiro álbum captado ao vivo (em
estúdio, numa sessão de apenas dois dias) intitulado Playing With Fire, um disco onde a marcante presença de um ensemble clássico, liderado pela
violinista Radhika Iyer, e o uso de
instrumentos pouco usuais, constitui a sua mais-valia. Playing With Fire apresenta uma viagem exótica de execução das
composições ecléticas do baixista de world-jazz,
Jason Everett. [76%]
No Compromise (NAKED SIX)
(2018, Silver Lining Music)
Talentos insanos e uma das mais excitantes bandas de rock puro que saiu de Yorkshire na última
década, são argumentos utilizados pela Soudsphere Magazine para descrever o
EP de estreia, No Compromise, dos Naked Six. Talvez haja aqui algum
exagero, embora o trio se mostre perfeitamente descomprometido no seu rock essencialmente feito de atitude e
entrega. O som resultante é um misto que vai de Queens Of The Stone Age a Bob
Dylan, passando por Radiohead e Leonard Cohen, que se apresenta cru e
de uma atmosfera sombria. [71%]
Victory (WHITE WIDDOW)
(2018, AOR Heaven)
Victory é o nome do mais recente, já o quinto, disco dos
White Widdow, banda Australiana
formada em 2008 e que dois anos depois assinava com a AOR Heaven editora que lança este registo. Victory celebra a primeira década de existência com um conjunto de
temas, com a habitual pomposidade dos teclados e harmonias vocais, embora pouco
exuberante ao nível dos solos. Influenciados por nomes como Survivor, Foreigner, Journey e
afins, os White Widdow assinam um
disco de rock melódico como manda a
boa tradição, embora sem nunca ultrapassarem a barreira da criação básica. [75%]
Roads Less Travelled (MARTIN BARRE)
(2018, Cleopatra Records)
Martin Barre, conhecido por ter sido guitarrista
dos Jethru Tull, assina o seu mais
recente disco a solo, Roads Less
Travelled. São 11 temas originais, com a traça distintiva de Barre,
navegando entre um rock ligeiramente
pesado e temas melancólicos e com enorme capacidade emotiva, havendo, ainda,
tempo para alguma experimentação. No fundo, Roads
Less Travelled é um disco que reflete os 50 anos de carreira deste músico,
centrando-se fundamentalmente nas cordas – guitarra elétrica, acústica e
bandolim e deixando brilhar a soberba voz feminina de Becca Langsford. [78%]
Sara Correia (SARA CORREIA)
(2018, Universal Music)
Em 2007, então com 12 anos, Sara Correia ganhou a Grande Noite do Fado e, como prémio gravou Destino. Mas, embora esse álbum não
seja, de todo, renegado, Sara Correia
acaba por ser a sua estreia, já como fadista completa. São 11 temas que
assentam fundamentalmente no tradicional, se bem que os melhores momentos sejam
conseguidos nas canções… menos tradicionais, nomeadamente o fado-balada Agora o Tempo com inclusão de percussão,
o tema final Se o Mundo Dá Tantas Voltas
(original de Alfredo Marceneiro),
mas aqui com uma impressionante capa dramática e na espetacular versão de Fado Português (de Amália Rodrigues). [82%]
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