Reviews: Novembro (II)


Annihilation (UNANIMATED)
(2018, Century Media Records)
Este EP de 4 temas, intitulado Annihilation, é o primeiro material que se ouve dos Unanimated desde 2009. A banda foi uma das percursoras do movimento black/death metal sueco e estes quatro temas servem de aperitivo para um novo longo-duração que deverá surgir no final deste ano ou princípio do próximo. Genericamente o que se pode antever, pelo menos a partir da audição deste EP, é um incremento da vertente black metal – uma secção rítmica frenética e harmonias de guitarra maleficamente geladas, nas quais cresce uma voz pecaminosa. [83%]


The Galloping Hordes (CORNERS OF SANCTUARY)
(2018, Killer Metal Records)
Os Corners Of Sanctuary têm vindo a desenvolver, ao longo dos quatro álbuns anteriores a este The Galloping Hordes, o que eles chamam de New Wave Of Traditional American Heavy Metal. Ou seja, uma mistura entre o metal tradicional – Judas Priest, Dio, Accept, Savatage – ao qual se adiciona uma vertente de modernidade. Mais que copiar o passado, o que coletivo de Filadélfia propõe é a construção de uma ponte entre essas duas margens. The Galloping Hordes segue o mesmo caminho, soando fresco e original, embora pouco fluente e ainda menos sólido. Porque não basta ter boas ideias. É necessário saber como as concretizar. E isso ainda falta aos Corners Of Sanctuary. [72%]


Post Mortem (SPLENDIDULA)
(2018, Inverse Records)
O segundo álbum da banda belga Splendidula, sucessor do álbum homónimo lançado, de forma independente, em 2013, chama-se Post Mortem e traz-nos um conjunto de oito temas de post/sludge/doom metal. As paisagens criadas são intensas e desoladoras onde os fortes riffs alternam com passagens atmosféricas. Também em termos vocais se verifica um contraste entre a voz clara e cândida, embora perfeitamente vulgar, de Kristien Cools e os vocais de Pieter Houben, às vezes agressivos, outras vezes em dueto limpo (neste aspeto destaque para Aturienoto, o melhor tema do disco). Apesar de tudo, Post Mortem apresenta, ainda, uma banda à procura da sua identidade e longe das exigências mínimas de uma liga de elite no género. [73%]


Seven Devils Moonshine (VIRGIN STEELE)
(2018, Steamhammer/SPV)
Na sequência das reedições que têm sido levadas a cabo do catálogo dos Virgin Steele surge mais um capítulo, Seven Devils Moonshine. Embora neste caso, esta obra seja um pouco diferente, porque se trata de uma caixa com cinco CD’s, onde, na realidade, apenas os CD’s 4 e 5 são as reedições – respetivamente de Hymns To Victory (originalmente lançado em 2001, pela T & T Records) e The Book Of Burning (um ano depois e já pela Steamhammer/SPV). Os três primeiros são, basicamente, novos álbuns, sendo que os dois primeiros compõem as duas partes de Ghost Harvest (The Spectral Vintage Session): Vintage 1 – Black Wine For Mourning (o primeiro CD e primeira parte) e Vintage 2 – Red Wine For Warning (o segundo). O terceiro CD intitula-se Gothic Voodoo Anthems. Apesar de serem três lançamentos novos, eles não contêm apenas material original. Há, de facto, canções que foram escritas durante os últimos meses e há regravações e/ou novas versões de temas mais antigos da banda de David DeFeis. Uma obra de colecionador, portanto. [80%]


Vengeance Is… Live (REVERENCE)
(2018, Rock Of Angels Records)
Quase a completar duas décadas de existência, mas apenas com dois álbuns lançados, os Reverence são um dos bons nomes da atual cena heavy/power metal. O seu metal está cheio de grandes cavalgadas, longos riffs, vocais altos, ritmos esmagadores e um baixo sempre presente. Ou seja, é metal verdadeiro, genuíno, puro. E Vengeance Is… Live é o mais puro testemunho da energia da banda em palco, da qualidade das suas canções e da mestria dos seus músicos. São 15 temas onde se inclui o clássico Revolution Rising e as covers de Wasted Years (Iron Maiden) e Power Of The Night (Savatage). Aumentem o volume…  [85%]

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