Scourge Of The Enthroned (KRISIUN)
(2018, Century Media Records)
Há mais de 25 anos a produzir death metal, os Krisiun
atingem o seu décimo primeiro álbum na forma de Scourge Of The Enthroned. Mesmo nunca tendo lançado álbuns fracos,
é certo que os brasileiros também nunca se impuseram no seu género. E volta a
não ser agora, com este novo registo que mantém as suas principais
caraterísticas, nomeadamente os riffs
ao estilo Hanneman. Aliás, sempre foram os riffs
a principal imagem de marca da banda dos irmãos Kolesne e voltam a estar muito
presentes em Scourge Of The Enthroned,
mesmo levando em linha de conta a repetição de fórmulas muito usadas em Southern Storm (2008, Century Media Records). E esse é o
principal problema deste álbum. Apesar de alguns pontos de interesse no seu início,
nomeadamente Demoniac III,
rapidamente entra numa espiral de repetitividade. [75%]
Inner Strength (INNERWISH)
(2018, Ulterium Records)
Na senda das reedições por parte da Ulterium Records dos primeiros álbuns
dos InnerWish, Inner Strength foi o terceiro da banda grega e teve lançamento original
em 2006, pela Limb Music. A
manutenção do mesmo line-up e a
adição de um baterista permanente permitiu que os gregos se superassem e
assinassem um terceiro disco mais consistente. Mais uma vez, com forte ênfase
nas linhas melódicas, os registos variam do metal
clássico ao power metal, em quase uma
hora de grandes hinos e malhas.
Assim, depois de uma estreia auspiciosa e de um segundo trabalho mais próximo
da vulgaridade, os InnerWish
apresentam um Inner Strength de
qualidade. [92%]
Necropolis (SACROSANCT)
(2018, Rock Of Angels Records)
É preciso recuar até 1993 para se encontrar o último
álbum dos Sacrosanct, Tragic Intense. A banda que inclui
membros dos Pestilence e Sphere Of Souls regressa, assim, com Necropolis, um conjunto de oito temas
onde o progressivo e a melancolia caminham juntos, sendo que o segundo consegue
obter melhores resultados que o primeiro. Em Necropolis iremos encontrar as intrincadas estruturas que sempre
caraterizaram os Sacrosanct, mas
agora, com uma abertura maior ao sentido de canção e de musicalidade. Isso
reflete-se em melodias melancólicas, vocais limpos, utilização de harmonias e
variações, nomeadamente ao nível dos tempos. [75%]
Let The Soul Spread Its Wings (MEN IN METAL)
(2018, Inverse Records)
Mesmo levando em linha de conta algumas mudanças em
relação ao EP Victory, os russos Men In Metal mantêm-se fiéis às
tradições de um heavy metal clássico,
com muitos momentos a resultarem de uma influência direta dos Iron Maiden. Mas o trio consegue inovar
em dois aspetos – a riqueza das harmonias vocais que vêm diretamente dos grupos
dos anos 60 e 70, como Yes, Queen ou Sweet e a inclusão de instrumentos acústicos, em particular do ukulele que confere uma traça folk bem distinta. [82%]
Stonger (FLOWERLEAF)
(2018, Independente)
Depois
de abandonarem os seus projetos, Vivs Takahashi (vocais)
e Marcelo Kaczorowsky (baixo) decidiram
investir na criação da sua própria música. Assim surgem os FlowerLeaf e a sua estreia com Stronger,
um disco que nada acrescenta ao género do metal
com vozes femininas. Não fossem os dois temas mais calmos e melancólicos (Desert Winds e The Flower And The Leaf) e o cantado em português (Tupana) que, realmente, trazem alguma
alma, estaríamos aqui a falar de um disco completamente amorfo, sem identidade,
personalidade nem força (contrariando o seu próprio título). Um disco igual a
milhões de outros lançamentos dentro do género. [70%]
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