Z-Sides Vol. 1 (TSUNAMIZ)
(2018, Independente)
Fiel a ética DIY, Tsunamiz (alter-ego de Bruno Sobral, músico e produtor
português de indie-rock eletrónico)
conta para já com dois álbuns de originais, Evil
Live (2015) e Whoreporate Censorshit
(2017), ambos lançados de forma independente. Nesta altura encontra-se a
preparar o terceiro álbum de originais, mas enquanto o seu lançamento não
acontece, o músico lança o álbum Z-Sides
Vol. 1, uma compilação de lados-b
e versões que foi acumulando ao longo dos anos. Este trabalho inclui versões de
Nirvana, Leonard Cohen, Dramarama,
Zeca Afonso e António Variações, contando, ainda no alinhamento do álbum com as
participações de Rodrigo Velez,
vocalista da banda de punk-rock
portuguesa Clockwork Boys, e de Obamma Project, projeto de música
eletrónica oriundo de Almada. No total, são doze temas que vão desde o punk ao eletrónico, que estão
disponíveis para download gratuito na
plataforma digital Bandcamp e para
escuta na íntegra no canal de Youtube
do artista. [77%]
Life Size (JOHN GREAVES)
(2018, Manticore Records)
Life Size é o novo trabalho do baixista
britânico John Greaves, conhecido
como membro dos Henry Cow e sucede a
álbuns como Accident (1982), Parrot Fashion (1984), The Caretaker (2001) e Greaves Verlaine (2008). John Greaves é um dos nomes mais
conceituados na música avant-garde
europeia e isso volta a ficar demonstrado em Life
Size, um disco com uma coleção de temas em francês, inglês e italiano que
desafiam todas as regras da composição. Três vocalistas desfilam a qualidade
das suas vozes em faixas que variam do pop
ao spoken word, passando por
experiência sónicas bastante estranhas. [69%]
Origins (DAN REED NETWORK)
(2018, AOR Heaven)
Depois do aclamado regresso em 2016 (pondo fim a um
hiato de mais de 20 anos), com Fight
Another Day, os Dan Reed Network
voltam a mostrar a sua boa forma com o lançamento de Origins, o seu mais recente disco de estúdio. São oito temas,
quatro dos quais serão reconhecíveis pelos fãs, onde o rock, o funk e o pop se fundem de uma maneira consistente
e criativa. Para este disco, a banda decidiu abrir as portas do estúdio aos
seus fãs que assim, de uma forma plenamente inclusiva, puderam, não só ver os
seus ídolos a gravar, como participar nos coros de alguns temas. Uma banda
única, com uma inovadora abordagem ao processo de gravação e com uma criativa
ligação aos fãs, junta, assim, alguns clássicos a originais que espelham o bom
momento dos americanos. [80%]
Baywatch Drive (DAVID FROM SCOTLAND)
(2018, Independente)
David From Scotland é o altar-ego de David Félix, músico e produtor do
Porto, conhecido pelas participações em coletivos como O Abominável e os Malibu Gas
Station. O nome do seu mais recente projeto nasce quando David vive em
Edimburgo (em 2016) e aí se começam a dar os primeiros passos desta nova aventura
musical. Assim surge Baywatch Drive,
primeiro trabalho composto por quatro temas onde a eletrónica marca forte
presença, com as influências a surgirem, fundamentalmente, da banda sonora do
filme Drive e de todo o universo synthpop, synthwave ou new retro wave.
As vozes são de David Félix e Pedro Rafael, as letras de David Félix, a mistura e masterização
estão a cargo de Miguel Moura e a
produção a cargo de um quarteto composto, para além dos três nomes já
referidos, por Diogo Barbosa. [75%]
Tempest (BAND OF RASCALS)
(2018, Independente)
Os Band Of
Rascals representam a nova geração de bandas do rock norte americano, tendo começado com o EP homónimo em 2014 e
não tendo mais parado a partir daí. Este novo conjunto de sete temas
classificado como Tempest é a sua
mais recente proposta e mostra o quarteto a atuar no seu campo de ação
preferido – southern blues old-school,
guitarras elétricas e eletrizantes e uma bateria ribombante. O resultado é,
então, esse rock a maioria das vezes
barulhento, selvagem e com atitude, mas aonde ainda falta melhorar o aspeto de
composição por forma a se criarem verdadeiros hinos.
Que, pelo menos em Tempest, ainda não
existem. [78%]
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